Cap58

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Não Revisado.

L.F

Sombras

Lembro-me dos caminhos que ninguém pisou.
Ouço as vozes longínquas.
Dos homens que não cantaram.
Recordo dias felizes que não vivi.
Existem-me vidas que nunca foram.
Vejo luz onde só trevas.

Sou um dia em noite escura.
Sou uma expressão de saudade.
[...]

D.A{ amo esse poema, reflete a cristesa de um homem que viveu a colonização na pele}.

Não sei que dia é hoje, quanto tempo estou neste quarto, não tem janela ou relogio, estou parada no tempo, o mundo me esqueceu, a minha barriga esta bem grande e eu tenho medo que ela vem para esse mundo cruel, eu horo para deus para que o dia dela sair nunca chege, talvez estou a ser egoìsta, talvez ela tem que sair e descobrir como as pessoas são de verdade.

Mais eu não quero.

Estou a fitar o teto com a mão direta na barriga, o tempo não existe neste quarto, parece que eu estou a 3horas neste quarto, mais eu tenho a plena certeza que não.

A porta é aberta, mais não me dou ao trabalho de ver quem é, deve ser um daqueles homens de branco.

- Com saudades amor - diz aquela voz que me arrepia.

Não respondo e continuo a fitar o teto, ouço o seus passos firme no chão.

Ele deita na cama e fita o teto, tento levantar mais ele não deixa.

- Tenho um presente - diz e me entrega um envelope castanho.

Olho para o envelope e a curiosidade me mata pouco a pouco. Sento na cama e abro o envelope.

- O que é? - pergunto com a voz fraca.

Caleb levanta e abre um sorriso.

- Um presente - diz e caminha até a porta - Ham não surta pode fazer mal ao bebé - diz e gargalha.

Fecha a porta.

Abro o envelope e tem fotos, umas 15 fotos. Olho com atenção e meu coração se aperta, sinto a minha garganta seca, e o meu estomago revira.

Como ele pode fazer isso comigo? Ele disse que me ama, ele...ele OH PORRA.

Josh porquê? O que eu fiz de errado para merecer isso? Sera que nunca vou ter paz mesmo estando nesse quarto branco?

A essa altura as lagrimas já estão a molhar o meu rosto.

As fotos do Josh em uma boate de prostitutas, com spriter e rodeado de mulheres parte o meu coração, como ele pode fazer isso comigo logo comigo, ele não pensa como estou onde estou? Ele não se importa com a filha? Comigo? Deus sabe o que estou a sentir, nunca sente algo tão forte e arrasador, não desejo essa dor a nenhuma mulher.

Já não há esperança em mim.
A vida matou em mim esta mìstica esperança, o meu rosto esta marcado e amarfanhada pelo sofrimento.

Não tenho forças para lutar só, ele me matou ele mato qualquer força ou esperança qur existia no meu corpo. Cansei de lutar pela vida vou deixar o destino me levar para a margem da morte.

[...]

Os dias ou horas ou minutos se arrastaram sem cor ou esperança de dias melhores.

O Caleb veio me avisar que o dia do parto esta a chegar, tenho tanto medo que me sufoca, ele vai tirar ela de mim.

A porta é aberta e entra um dos homens me avisando que é a hora do banho, levanto da cama e vou até a porta, passamos por um corredor branco, com varios quadros sem fotos, ele me leva para o grande banheiro e me tranca no mesmo, tiro a bata branca e ligo o chuveiro.

A água gelada me relaxa, passo a mão pela barriga e ela chuta, um sorrido bobo preenche o meus labios, ela fica agitada com a água gelada.

- Vai ficar tudo bem meu amor - falo fazendo carinho na minha barriga.

Ela chuta novamente como resposta.

- Ainda vamos ser muito felizes longe deles - falo e sinto os meus olhos arder por causa das lagrimas.

Desligo o chuveiro e me enchugo, olho o meu reflexo no espelho e estou horrivel, olheiras cara abatida e cansada, olhos vermelhos por conta dos choros constantes.

Resumindo estou um trapo.

Volto a vistir a bata e faço um coque no cabelo, olho em volta e vejo uma porta que nunca tinha visto no banheiro, vou até a poeta e jiro a massaneta, pelo bom deus a porta não esta trancada, entro é uma dispença de material de limpesa, mais tem uma janela bem grande, olho para fora e por baixo da janela tem uma lixeira.

Sera que pulo?- penso.

Me apoio no carrinho da limpesa e ganho balanço e pulo a janela.

- Ahhh - grito quando o meu corpo vai de encontro com um sacos que estão na lixeira.

Graças a deus não tem nenhum caco ou garrafa.

Levanto e olho para ao meu redor e tem uma floresta a minha frente, sem pensar duad vezes começo a correr que nem uma loca.

Olho para traz e vejo uma grande casa branca com letras grandes Hospicio Santa Maravilha aquele desgraçado me enterno em um hospicio? DESGRAÇADO.

Corro sem rumo ou direção não sei aonde estou e tenho muito medo desta floresta, corro sem olhar para traz.

O ceu está a ficar em um tom alaranjado, isso significa que já é final da tarde, já estou cansada de correr, os meus pés estão me metando.

Paro de correr e me apoio em uma arvor, estou suada e ofegante, acho que já estou bem longe do hospicio, fico um tempo parada mais depois volto a correr, depois de 1hora (acho) ouço barulho de carro.

Sera que é uma estrada ou são eles que estão atrás de mim? Caminho em passos lentos até ao barulho e vejo uma estrada GRAÇAS A DEUS.

Corro para a estrada e vejo um carro bem distante, o seu já esta escuro, a unica solução e caminhar, mais para que direção? Uma pode me levar para longe do hospicio, mais outra pode me levar para o hospicio.

- Deus me de uma pista senhor - peço com lagrimas nos olhos e desesperada.

Olho para o céu estrelado e uma estrela cadente passa.

Sera?.

Vou na direção que a estrela foi, caminho tanto que não sinto as minhas pernas, sento em uma pedra e olho para o ceu, estou com sede e fome.

Barulho de carros me faz levantar da pedra e algo me diz para me esconder entro na floresta e me escondo por traz de uma arvor.

- ELA NÃO ESTA LONGE PROCUREM TODA ESSA ARIA ATÉ A ACHAREM - diz um voz ronca e grave.

Ouço latrir de cães e luzes de lanterna, corro para a direcão oposta a da deles e....

*****

Corre Clenirah.

Esse é o nosso Capìtulo de hoje.
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@Lady_Forlanye.

OBCECADO - Desconhecido [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora