C A P Í T U L O D O I S

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Romeu

oOo


Futebol. Essa sempre a palavra que me defini. Mais parece que algumas pessoas não acreditavam muito nisso, afinal eu não parecia me importar com nada no mundo, pra ser justo, eu nunca neguei. Não preciso.

Meu comprometimento eu mostro em campo.

No vestiário do time de futebol americano da universidade - que eu era capitão desde que havia pisado na universidade - recebi a notícia que mais me assombrava na vida.
Se eu não conseguisse melhorar minhas notas eu seria cortado do time, merda.

Eu não só queria jogar, mas também queria me formar e cuidar da minha carreira.

Eu só conseguia me perguntar, como aquilo havia acontecido, será que a merda do mundo estava de cabeça para baixo?!

Por que eu não havia percebido?

Minha meta no meu segundo ano de vida universitária era continuar como capitão e quaterbek do time e em seguir alguns projetos como novo presidente da Casa Ômega. Mas como havia dito, a porcaria do mundo não sabia disso.

Me perguntava se acontecesse de minha mão escorregar em punho - acidentalmente, é claro - na cara do treinado Hanks, se eu seria cortado por isso també.

Ele não entendia que a situação não era culpa minha.

Afinal, o homem não parava de falar, falava desde que eu havia acabado de tomar meu banho depois do treino, e continuou a falar, falar e fazia - revirei os olhos - trinta minutos que eu coloquei meus pés em sua sala.

Será que o treinador Hanks não conseguia entender que isso não me deixava nada feliz?! Que merda! Eu não podia ser cortado do futebol, eu respirava e vivei para o time dos buldogues!

Mas ele, parecia convencido de que eu havia baixado a porcaria da minha média, por pura estupidez e petulância - para com ele, é claro.

Eu era o real prejudicado, droga!!

Só podia ser brincadeira mesmo, pensei sentado à frente dele que estava de pé no outro lado da mesa, e eu sentado com uma incrível pré-disposição a revirar de olhos a cada frase que ele dizia.

Ótimo! Minha noite seria gloriosa! Só que não!

- Você não toma jeito, West! Eu te avisei que o reitor não te deixaria ficar no time se você não mantesse suas notas na média, mesmo você sendo a droga do melhor jogador! - disse alterado andando de um lado para o outro, apontanfo o dedo indicador na minha cara.

Eu queria - não eu anciava - por manda-lo ir à merda, ou quem sabe talvez a puta que pariu.

Mas não fiz isso. Eu respeitava meu treinador.

Princípios, eu sempre os tive.

Como bom quaterbek, permaneci calado escutando todas as bostas que ele estava dizendo - gritando, mesmo não querendo. Me sentei em sua frente pronto para receber a descarga de toda sua indignação e raiva.

A contra gosto, mas escutei.

Não vou mentir dizendo que era o melhor aluno, mas, droga, eu sempre me esforcei para manter minhas notas. Mesmo querendo seguir uma carreira no futebol, eu também queria uma profissão fora dos campos. Por isso havia me decidido por administração, queria poder cuidar de todas as minhas futuras necessidades, afinal de contas eu já era um homem.

- Vou dar um jeito nisso - afirmei levantando e o interrompendo no meio de uma frase.

- Vai? - ironizou com um sorriso de escárnio, que logo se transformou em uma carranca ainda maior - Você vai? - pós as mãos na cintura - Espero que saiba como West, não posso perder meu quaterbek no meio da temporada, se você vacilar comigo... - se aproximou, mas eu não movi um músculo, o treinador Hanks era grande, porém eu, era maior, mais jovem e mais forte, eu não faria nada contra ele. Ele tinha lá suas razões - Se valiciar, te corto de vez, entendeu?!

Enquanto te Espero • PROPOSIÇÕES DO AMORWhere stories live. Discover now