Capítulo 13 - Alícia

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A cidade era linda,e pelo visto tudo tranquilo por aqui.

Minha mãe me esperava ansiosa na porta da casa da minha tia.

__Alicia,que bom que bom que já chegou,estava ansiosa pra te ver.

Os abraço forte de minha mãe me deixa dolorida,que abraço.

__Eu também sentir muitas saudades mamãe.

Ela me beija no rosto e aperta minha buchecha.

__Deixa eu ver esse rostinho -fico corada por que os vizinhos nos olhavam curiosos.-tudo ok,não mudou muita coisa.

__Mãe ,foram apenas alguns meses -sorriu dela.

__Sonhei que você tinha trazido uma enorme mala,mais acabo de ver que só foi um sonho.-noto o tom de decepção em seu olhar.

__Dona Maria Alicia,essa mala pequena é típico de uma viagem de dois dias apenas.

__Eu estou brincando filha -diz deixando a alegria voltar.-eu sei bem que tem o seu trabalho.

__Acabei de chegar aqui e estou com saudades daquela casa.Tomare que fique tudo bem.

__Venha,deixamos pra pensar em sua partida depois.Quero que veja sua tia.Eu estava indo dar a papinha dela.

Mamãe me arrasta pra dentro da casa que mesmo simples era super confortável,quando eu era pequena,corria pra lá e pra cá por aqui,as férias eram ótimas.

__Tia -Sussuro ao ver ela.Ela até resmunga em respostas e eu posso entender que ela queria sorrir pra mim.

Apertei suas fracas mãos,ela me olhava e seus olhos brilhavam.

Não me contive e chorei muito.

Pude notar durante o dia todo o esforço que minha mae tinha.

Dava banho,comida e tudo que fosse preciso,sentir vontade de ficar aqui e ajudar-lá.

Mais tenho a certeza de que dona Maria Alicia jamais aceitaria isso.

Chegou a noite e sai na porta pra ver como estava o movimento.

Via crianças correndo e brincando,pessoas escutando música e dançando em suas portas.

Todos de bem com a vida.

Preferir entrar e ver tv,antes peguei o telefone e fiz o que eu queria a horas.

Bernard atendeu a ligação e percebi no tom de sua voz que algo não ia bem,logo descobrir do que se tratava.Sentir uma dor no peito de imaginar a pequena com o braço engessado e proibida de movimentar o pescoço.

Pedir pra falar com ela,

garantir a maggie que iria resolver o problema dela na escola na segunda de manhã,

ela duvidou e voltou a me ameaçar caso nada saísse

como combinamos.

Ela realmente é uma figura,é uma criança que precisa ser entendida para que esses atos dela não piore com o tempo,agora ela só tem 6 anos,mais os anos passam tão rápidos e pode ser tarde.

Depois de ficar pensando no estado de maggie,comecei a prestar atenção no filme que a tv exibia.Minha mãe resolveu assistir comigo enquanto minha tia dormia profundamente.

Depois de ter acabado,sair novamente na porta da casa.

Agora tarde,a rua era um silêncio puro,nenhum animal ao menos andava na rua.

Me perdir nos meus pensamentos,pensei em minha vida,eu tenho problemas?Quais pessoas eu amo?O que faço além de trabalhar de baba?Tenho sonhos?

Foram as perguntas que fiz a mim mesma.E eu tinha as respostas.

Curando CoraçõesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora