Capítulo 13

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A procura foi rápida, o nome de Emilda McMguigan Rickman, não tem filhos, mas tem um enteado. Amanda arregalou as sobrancelhas e continuou sua pesquisa, demorou, mas achou uma foto e me mostrou, e chorei mais ainda, pois era ele mesmo, Amanda puxou o endereço e os bens e onde ficava a empresa que tinham, e me entregou tudo e disse que iria comigo para falar com ele, foi até uma gaveta e pegou um teste de gravidez e me entregou.

_ Entre no banheiro e faça, vamos tirar a duvida e por esse homem na parede... Onde já se viu te enganar desta maneira.

_ Eu achei que ele era um anjo! _ me levantei e fui até o banheiro e fiz o teste, saí e ficamos nos duas esperando o palito ficar azul.

Abri o berreiro assim que ficou azul, parecia uma louca chorando escandalosamente, Amanda me abraçou e me acalmou, conversamos o que era bom fazer no momento, voltei para o meu apartamento e me arrumei e quando saí, Amanda estava vestida com uma calça preta social, camisa branca e sapatos confortáveis se caso precisasse correr, distintivo e arma, fiquei calada, e seguimos para o escritório do tal Rickman e McGuigan.

Entrar na Wall Street em carro autorizado em um local onde não circulavam carros é para poucos, mas Amanda estava tão chateada quanto eu pela mentira que o rapaz disse, papel de moleque praticamente achando que sairia em pune e entramos no maior prédio financeiro daquela rua, era até proibido entrar de carro ali, passamos com facilidade assim que fomos anunciadas a recepcionista da Rickman & McGuigan, junto de mim levava os desenhos que fiz do tal Rupert enquanto dormia na minha cama, com detalhes para provar que chegamos a dormir juntos.

A porta do elevador se abre, Amanda parecia minha mãe, louca para pegar alguém pelo pescoço, já foi logo levantando o distintivo, a moça morena de olhos azuis já se pôs em pé não entendendo nada.

_ Sr. Rupert Rickman. _ disse Amanda sem rodeios, à moça morena me olhou e depois voltou a olhar para Amanda.

_ Está em Reunião, em que posso ajudar?

_ Você não pode ajudar em nada, mas pode tirar seu chefe da reunião e dizer que é um assunto grave e de seu interesse e do enteado dele.

Estava morrendo de vergonha, eu deveria ter ficado quieta e me acabado de chorar em casa e não envolver ninguém, mas também se não tivesse feito isso, jamais ficaria sabendo que fui enganada.

A moça engoliu em seco e puxou o telefone e falou baixo, mas tão baixo que não pudemos ouvir, logo se levanta e sorri e pede que a siga, atravessamos um corredor enorme e entramos numa sala de escritório, chique e muito bem organizada e limpa, nos acomodamos no sofá, eu tinha escolhido a roupa certa, um vestido branco e florido com flores delicadas de pessegueiro, e um sapatinho de saltinho baixo, o único que tinha, vi que sobre a mesa tinha dois porta retratos, me levantei e fui até a mesa puxei um dos porta retrato, era o tal Rupert velho e uma senhora que reconheci pela foto da internet, era sua esposa e mãe do pai do meu filho, engoli em seco e peguei o outro porta retrato, era Rupert velho e o pai do meu filho mais novo, provavelmente adolescente, fiquei olhando tentando imaginar por que ele mentiu para mim, não existia explicação, sei que todos nós um dia desejou que fossemos uma pessoa diferente, passei a mão pela foto e a porta e abre rapidamente e o Sr. Rupert entra e para ao me ver ali, não sei se é por que segurava o porta retrato ou se tinha me reconhecido.

_ Minha secretária disse que são da policia? _ Ele nos olhou, eu olhei para Amanda que se pôs em pé.

_ Eu sim sou da policia! _ Os dois apertaram as mãos.

_ Em que posso ser útil? _ Ele indicou para que todos nós nos sentássemos.

Fiz o que mandou, mas levei o porta retrato comigo, nós dois nos olhamos, ele parecia não entender, olhou o porta retrato em minhas mãos.

_ O Senhor conhece Evanna Herdman? _ Amanda é direta.

_ Não!... Deveria conhecer?

_ Claro!... Pois é esse nome que ela conhece e nos deu como o possível pai do filho que ela espera.

Eu fiquei vermelha e o homem a nossa frente ficou pálido, abaixei a cabeça, o homem começou a rir.

_ Que loucura é essa?... Eu não conheço essa maluca e muito menos a engravidei. _ Ele continuou a rir. _ Eu nem posso ter filhos!

_ Ele é o pai do meu filho... Deu o seu nome para me enganar... Entrou no meu apartamento sem ser convidado, me seduziu. _ Engoli em seco, virei o porta retrato e apontei para o jovem da foto, o Sr. Rupert me olhou, minhas lágrimas desceram. _ Por quase dois meses acreditei que ele era Rupert Rickman, mas não é... Ele usou o seu nome para me enganar achando que nunca o acharia.

O homem pigarreou e apontou para a foto.

_ Como o conheceu?

_ Entrou na loja onde trabalho, uma mulher derramou Milk shake em seu terno, ele estava todo sujo... Vendi um terno a ele e mandei o que vestia para a lavanderia, no dia seguinte ele estava dentro do meu apartamento, me seduziu como tinha dito antes, passamos a noite juntos e pela manhã ele foi embora sem se despedir ou dizer se voltaria e nunca mais o vi, muito menos o seu motorista, Julius.

Rupert suspirou várias vezes e me olhou desconfiado, enfiei a mão no bolo e tirei o palito do teste de gravidez e o entreguei, abri minha pasta de desenho e tirei a folha de Benedict dormindo na minha cama.

_ Fique!... Essa é uma cópia, tenho o original.

Rupert ficou olhando o desenho, era tão real que parecia uma foto branca e preta, ele me olhou.

_ Quer que eu acredite no que diz? _ Ele franziu o cenho. _ Você pode muito bem ter pegado uma foto na internet e feito isso?! _ ele bateu com os dedos no desenho irritado.

_ Não precisa acreditar... Vamos sair daqui e fazer uma denuncia de invasão de domicilio, coação a vitima e falsificação ideológica e vamos entrar com o pedido de reconhecimento de paternidade quando o bebê nascer, vamos ver quem é que esta mentindo, até lá seu enteado ficará preso e eu mesmo vou fazer de tudo para mantê-lo a traz das grades.

O Homem riu debochado.

_ Acha mesmo que vale a pena só por coisa de uma noite de trepada?

Me senti enojada da forma como falou, me coloquei em pé, o encarei, puxei meu desenho de suas mãos chagando a rasgar, ele ficou com metade do desenho e saí sem me despedir, Amanda sorriu e me seguiu, Rupert veio a traz de nós, eu atravessei aquele corredor louca para buscar ar, aquilo estava me sufocando, apertei o botão do elevador várias vezes, Rupert falava com Amanda em voz baixa a uma distancia de todos, a discussão entre os dois era séria, ele me olhava em fúria, e a porta do elevador se abriu e me virei para entrar, mas paro no meio do caminho, Julius estava saltando e também me encarou, comecei a socar seu peito com raiva.

_ Seu porco... Porque levou aquele monstro a minha casa?... Deveria ter deixado ele bem longe de mim e da minha vida! _ Julius me segurou, eu puxei meus braços e o empurrei e entrei no elevador.

_ Senhorita Evanna... O que está acontecendo? _ A Porta se fechou, mas deu para perceber seu rosto preocupado, ainda tentou segurar o elevador, mas o Sr. Rupert mandou que deixasse descer.


Bendito AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora