Capítulo 11

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Eu preciso entregar o cordão com a concha para o Sam, vou para meu quarto faço um envelope com pétalas de rosas avelã. Então escrevo uma carta e coloco dentro do envelope. Amarro meus cabelos em um coque, visto um vestido azul. Estou deitada na minha cama pensando em como mandar essa carta para o mundo de Sam, sem atravessar o véu. Caroline está lendo um livro de instruções, o conselho deu para ela, quem diria minha irmã mais nova sendo a queridinha dos governantes de Arandell, se continuar assim logo logo Faragunda será substituída e terá que vender sementes para ganhar dracmas, é engraçado como a qualidade de vida de um individuo pode mudar do dia para a noite. 

 — Você descobriu mais algum poder? — Care pergunta sem ao menos tirar o livro de seu rosto.

  —  Ah, como você sabe? —  posso ouvi sua risada baixa.

—  Você é muito previsível. —  ela me olha sobre o livro. —  é tão fácil ler você. 

— O que você quer dizer? —  me sento.

— Você por acaso só usa 3% do seu cérebro? —  ela joga o livro na cama. —  eu te observo Eleven, você está muito estranha, cabelos brancos, poderes incríveis, tudo assim do nada, de mão beijada? só aviso não tente roubar o que é meu. —  ela aponta para o seu peito.

— Que? —  pergunto espantada com a petulância dela.

—  Samuel Adams. —  ela afirma com vigor.

— Meu  humano? —  ela morde o lábio para se controlar.

— Não quero seu humano idiota, eu quero que você saiba que eu sei de tudo. Ou você acha que eu tenho sono tão pesado assim? —  ela sorri com maldade.

— Não entendo. — eu me levanto. —  o que eu fiz para você?

— Nada. Você nunca fez nada, até agora, você está finalmente pondo suas asinhas frágeis e ridículas para fora, descobrindo poderes, ganhando notas boas, achando sua ligaçãozinha medíocre. —  ela diz com desdém. —  você está roubando toda a atenção que deveria ser minha. —  ela grita.

— Você por acaso é louca?  — grito. — você sempre teve toda a atenção do mundo. Desde que você nasceu eu não existo para nossos pais, muito menos agora que você será treinada para um cargo no governo. Minha mãe nem nota mais a hora que chego em casa. — minha voz vacila.

  — E que tudo continue assim, ou sua vidinha dupla será exposta.

— Quando isso aconteceu? quando você se tornou uma criatura tão vil? —  seu rosto se transfigura.

— Você não sabe com quem está falando. —  sua voz é puro rancor.

— Você não percebe o quão patética é? —  ela me olha enfurecida. —  apenas uma criancinha implorando pela atenção dos pais. É você quem não tem ideia de com quem está falando. 

Caroline voa em minha direção e esbofeteia meu rosto com tanta força que perco o equilíbrio e bato minha cabeça na quina da escrivaninha que fica entre nossas camas caio desacordada. Não sei quanto tempo depois acordo deitada na minha cama e Caroline está sentada na cama dela lendo o mesmo livro de agora a pouco.

— Como você pode ser tão falsa? —  ela abaixa o livro.

— Preciso que você esqueça disso. —  seu rosto está vermelho.—  você tem razão eu sou muito patética. Mas eu nunca —  ela se ajoelha —  te machucaria, eu amo você Eleven, você é minha família, eu perdi a cabeça, por favor me perdoe Eleven. —  lágrimas descem uma atrás da outra.

— Você está falando a verdade? —  ela aperta minha mão.

— Eleven. —  ela me olha com medo. —  você precisa tomar cuidado. —  ela olha pros lados. —  tem gente querendo machucar você. —  ela diz baixo, seus olhos estão vermelhos. 

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