2° Parte

1.1K 87 58
                                    

Agora restavam apenas três embrulhos, e eles decidiam qual iriam abrir primeiro.

- Hum, o que acha deste aqui? - Sirius pegou uma caixa media e quadrada. - Olhe só, este é do Rabicho!

- O tio Pedro não vem?

Harry olhou para o pai preocupado. A maioria das pessoas que não poderiam vir haviam mandado os presentes antes do jantar.

- Não sei Harry - Tiago franziu as sombrancelhas. - É estranho porque da última vez que falei com Rabicho ele disse que não perderia por nada seu aniversário.

- Olhe só o que ele mandou - disse Sirius que sem cerimônia havia aberto o presente que Pedro mandara - feijõezinhos de todos os sabores.

Os três se olharam com sorrisos travessos idênticos.

- O que acham? - ele olhou para Harry. - Topa o desafio?

Eles ouviram um pigarro a porta da sala, e se depararam com Lílian que lançava um olhar severo a eles, mas sem muito efeito por causa do sorriso que tentava lhe escapar no canto da boca.

Mesmo assim o marido se apressou a dizer:

- Depois do café, é claro.

Harry que os observava com um sorriso pegou outro presente. Este era pequeno, o menor de todos, e por isso ele não o havia visto antes. Era uma caixinha de madeira escura, quase um pequeno baú, e quando Harry pegou o bilhete que tinha na tampa, seus olhos se arregalaram.

- Este é bem diferente dos outros - comentou Lílian se aproximando, e se agachando junto aos três que estavam sentados no chão. - O que diz no bilhete filho?

Harry engoliu em seco e entregou o bilhete para a mãe.

Prezado Harry,

Sei que ainda não nos conhecemos pessoalmente, mas fiquei sabendo sobre suas habilidades, e devo admitir que não esperava menos do filho de Tiago e Lílian Potter. Um bom ano letivo, e espero que goste desta pequena lembrancinha.

Alvo Dumbledore.

Harry pegou o pequeno baú, e o destravou, levantando a tampa lentamente. Seus olhos se arregalaram quando mirou o conteúdo: um pequeno pomo de ouro que batia loucamente as asinhas tentando se libertar das correias que o prendiam.

- Uau - foi só o que conseguiu dizer. Nunca havia visto um pomo de perto, senão nos jogos de quadribol que assistia com o pai.

Agora sim Harry estava seriamente em duvida quanto ao seu presente favorito. E o mais espetacular: havia ganhado um pomo, e de Alvo Dumbledore! Um dos bruxos mais incríveis de todos os tempos.

- Como ele... como... - Harry tentou recuperar a voz que parecia ter fugido desabalada diante do susto e surpresa por causa do presente. - Com certeza ele sabe que o senhor foi apanhador pai, mas como sabe que eu gosto de jogar nessa posição?

Ele olhou para os pais que sorriam para ele, e Sirius que observava o pomo com uma expressão reflexiva, mal acreditando que não tinha pensado em comprar um presente daqueles ao afilhado.

- Vai ver ele supôs que você quisesse seguir os passos do seu pai - Lílian sorriu carinhosamente para o marido. - Seu pai foi um apanhador incrível.

- Foi? - Tiago a olhou com uma expressão de aborrecimento fingida. - Eu ainda sou um excelente apanhador. Poderia estar jogando na seleção inglesa.

Enquanto Lílian ria de Tiago, e Sirius debochava dele, Harry continua a admirar o pomo e a ler e reler a carta, tentando absorver as palavras e a caligrafia inclinada do professor.

Harry Potter - 31 de JulhoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora