- Ela disse que me deixou no orfanato por que não tinha condições de me criar e que também foi muito difícil me abandonar.

- Você acredita nela?

- Não sei, isso é tão complicado.

- Ela deve ser louca, como uma pessoa chega assim falando que é mãe de alguém sem ao menos ter prova, ainda mais depois de tanto tempo.

- Ela me propôs um exame de DNA, é pra mim encontrar ela depois da escola.

- Você não está pensando em ir né? - parou o cafuné e olhou pra mim.

Me levantei e sentei escorada na cabeceira da cama.

- Eu preciso ir, e se ela estiver falando a verdade?

- Não, você não vai Eliza.

- Vovó por favor, eu tenho que saber se ela é minha mãe. Não posso ficar com essa dúvida pra sempe, não vou aguentar. - minha voz soou desespero.

- Tudo bem, mas você não vai sozinha, eu vou com você.

- Obrigada. - sorri.

Conversamos mais um pouco e ela saiu do meu quarto. Como eu estava cansada de tanto pensar acabei dormindo. Mais tarde minha mãe me acordou para o jantar, eu disse que estava sem fome e ela quase que aceitou numa boa, quase...

Tive que responder algumas perguntas sobre mim, era visível sua preocupação. Mas a convenci que eram só coisas da escola e ela me deixou quieta. Enquanto eu dava um descanso pra minha mente lendo um livro, escuto o notebook apitar avisando uma chamada de vídeo, eu já sabia de quem se tratava, mas eu não queria conversar com ninguém. Então desliguei o notebook e fui escutar música, o tempo passou até que consegui pegar no sono novamente.

Na manhã seguinte fui acordada com o despertador, fui tomar um banho e assim que terminei coloquei minhas roupas. Sequei o cabelo com o secador e desci pra tomar café. Minha vó me lançava alguns olhares sobre nosso compromisso mais tarde, tentei manter meu disfarce pelo que estava acontecendo.

- Hoje eu e a Eliza não vamos almoçar em casa. - ela disse.

- Onde vocês vão? - minha mãe perguntou.

- Fazer compras no shopping. - sorriu.

- Mas você não gosta de fazer compras. - minha mãe me olhou.

-É... mas eu quero ir, acho que vai ser bom. - digo e tomo um gole de suco.

Terminamos o café da manhã e fui pegar minha bolsa, quando eu ia sair de casa minha vó me parou.

- No final da aula estarei lá. - avisou e eu assenti.

Fui pra escola andando, mas não demorei muito pra chegar.

Assim que entro no corredor principal vou até o meu armário pegar meus livros pra aula de historia, quando fecho a porta me deparo com Griffin a minha frente encostado no armário. Tomo um susto daqueles.

- Desculpa eu não queria te assustar. - riu.

- Por que está rindo? - pergunto irritada com a mão no peito.

- Você tinha que ver sua cara. - riu mais ainda.

Bufo e saio, mas ele me alcança.

- Me desculpa, não quero que fique brava comigo.

- Só não estou num dia bom.

- Posso saber o que aconteceu?

- Não. - digo e entro na sala.

A Nova VampiraWhere stories live. Discover now