capítulo 12

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Como ele ousa me comparar com sua turma de idiotas? Olho para Matt ainda sem acreditar nas palavras que ouvi.

- Está se ouvindo?  Pode ter sido errado eu ter escondido isso de você, mas e tudo que vocês já fizeram comigo? 

Matt nem parece ter prestado atenção no que falei, pois seu olhar está distante, seus olhos estão cerrados e sua testa franzida.

- Você não escutou nada do que eu disse né?

- Shiuuu- Ele levantou um dedo em frente ao meu rosto.

- Não ouse mandar eu ficar quieta Matt.

Mas ele continuou me ignorando e foi em direção a porta. O que está acontecendo? Desliguei o computador e o segui.

- Está fazendo o que?

- Tem mais alguém aqui.

- O que?  Como sabe disso?

- Estou ouvindo barulho de passos.

Ótimo, tudo o que eu queria, depois de quase ter sido pega invadido a delegacia, serei presa por invadir a escola, ou pior, serei expulsa, minha mãe vai me matar.

- Eu irei ver, fique aí.

- Eu quero ir com você Matt.

- Dakota é mais fácil eu ir, ou esqueceu que só você pode me ver?

- Tudo bem, mas tome cuidado.

Ele sumiu pela porta e eu me peguei desejando que realmente só eu possa vê-lo. O tic tac do relógio gigante de madeira só deixava o ambiente mais sinistro, um clarão iluminou o ambiente me fazendo estremecer, olho pela janela e está tudo nublado e árvores balançam como se fossem de papel.

Ótimo está vindo uma tempestade.

Ainda estou olhando pela janela quando Matt surge.

- Dakota? 

- Ai que susto.

Digo tentando conter minha respiração acelerada.

- O professor Davis está aqui.

Uma confusão surge em meu rosto, o que o professor de literatura estaria fazendo na escola essa hora da noite, talvez ele tenha esquecido algum material ou precisava usar algo da escola, é pode ser isso.

- Ele deve ter esquecido algo.

- Não acho que seja isso.

- Então o que é?

- Ele entrou em uma sala que não me lembro de ter visto antes e quando tentei seguí-lo não consegui passar da porta. Igual aconteceu no seu quarto.

Agora estava tudo confuso demais, Matt é um fantasma ele deveria poder entrar e sair dos lugares, mas estranhamente ele não conseguiu no meu quarto.

- Você só conseguiu entrar no meu quarto quando te convidei, pode ser que ele tenha que te convidar.

Matt pensou no que falei e concordou com a cabeça.

- É pode ser, mas é melhor sairmos daqui.

                             ***

Atravessamos correndo o campo de futebol, antes que a chuva que ameaça desabar sobre nós caísse.  No céu as luzes dos raios iluminavam a noite escura. Cada vez que vinha um som de trovão eu apertava as mãos no ouvido e me encolhia.

- Não sabia que tinha medo de trovões.

- Eu não tenho.

- Aham sei.

Eu iria responder, mas então uma gota começou a cair.

Por favor que seja só uma gotinha e mais nada.

E então veio outra e mais outra, até que o céu literalmente desabou. Minha casa ainda estava longe e eu já estava ensopada, minha mochila teria molhado menos se caísse em uma piscina. Olhei para Matt e ele estava intacto, claro ele é um fastama/espírito sei lá.

- É melhor esperarmos a chuva passar em baixo de algum lugar. -Sugeriu ele.

- Péssima ideia, minha mãe se já não chegou em casa, não vai demorar.

- Vamos Dakota, você está toda molhada, vai acabar pegando uma pneumonia.

- Não sabia que se preocupava com minha saúde.

- Você não sabe muitas coisas sobre mim.

Revirei  os olhos, mas ele estava certo, uma  chuva torrencial caia e eu não  enxergarva nada na rua. Andamos até uma marquise para esperar que a chuva pelo menos diminua. Meus cabelos estavam agarrados em minha pele, tentei ajeita-los o máximo que pude.

- Por que você acha que a gravação parou?

Olho para Matt e fico surpresa com  sua pergunta, mas ele não está olhando para mim.

- Não sei, talvez tenha dado defeito ou algo do tipo.

- Precisamos descobrir o que aconteceu.

- Matt acho melhor a polícia lidar com isso, já fomos longe demais e nem sabemos se Priscilla e Jacob estão envolvidos nisso, o fato de eles estarem lá não significa que fizeram algo.

- Então é isso? 

Seu tom de voz é ressentido e ele praticamente cospe as palavras.

- Seus pais tem muito dinheiro e eles provavelmente vão até o fim disso.

Matt não diz nada, apenas observa a chuva cair inerte, mas o que ele queria? Que dois jovens resolvessem um crime? Sendo que um deles está em coma.
A chuva finalmente cessa depois de um tempo, e andamos em silêncio até minha casa, isso já estava se tornando rotineiro e de alguma forma esse silêncio me incomodava.

Quando chego na porta estou pedindo a todos os deuses do universo para que minha mãe não tenha chegado em casa. E felizmente ao abrir a porta me deparo com a casa vazia. Vou na cozinha e pego um copo d'água, a luz da caixa de mensagens no telefone da cozinha chama minha atenção.

Dakota estou ligando para o seu celular e você não atende, espero que esteja em casa, uma árvore caiu na estrada então está tudo parado, não sei a hora que irei chegar,mas tem comida na geladeira, mamãe te ama.

Outra coisa que estava virando rotineira, minha mãe chegar tarde logo nos dias que estou brigada com o Matt, isso está parecendo aqueles seriados norte-americanos, mas no nosso caso não somos namorados.

Abro o refrigerador e vejo os potes de comida, antes preciso tirar essa roupa molhada, Matt está jogado no sofá alheio a mim, então subo e troco de roupa.

O que eu devo fazer? 

Não sei se pensei ou se falei isso, mas ouço uma voz familiar.

Ajude ele.

Eu sei que conheço essa voz, busco em minha memória alguma lembrança e petrifico.

- Pai?

Oiiii amores o texto vai ser longo mas leiam por favor.

Nossa será que é o pai de Dakota? E por qual motivo ele falaria para ajudar Matt ?

Amores estamos na posição de número 39 no Ranking e estou muito feliz, isso tudo devo a vocês 😍😍😍

Também estou concorrendo ao prêmio Wattys2017 então me ajudem comentando 💬 e votando na estrelinha 🌟🌟🌟  Isso é muito importante para mim, bejussssssss 💋💋💋💋

Ps: Capítulos de segunda à sexta :) 😘

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