Capítulo 10

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  Ele não precisou me empurrar para que eu subisse as escadas, estava silencioso, estranho. Entro e coloco tudo que compramos sobre a mesa.

Brian arranca a blusa e joga sobre a poltrona.

- então, não pretende fugir? Aceitou sua sentença de morte. - sorriu de lado.

- eu não acho que queira me matar. - me encosto na ponta da mesa e fico a desafia-lo.

- por que? por que te dei um beijinho? - ele ri e se aproxima - escuta, eu não era nojento? 

- você que me beijou - resmungo.

- ah, e você odiou. - cruza os braços, o sorriso arrogante me irrita.

- acha mesmo que eu queria te beijar? - inclino uma sobrancelha.

- eu não pude controlar, você atirou por mim - á medida que se aproxima, fala mais baixo. -  estava tremendo, eu quis te acalmar - sussurra, me fazendo estremecer por dentro, ao colar o corpo no meu.

- ele te mataria. - quase não consigo falar, ele passa os lábios sutilmente sobre meu rosto. Fecho os olhos, por desejar que me toque mais. Fecho as mãos com força ao redor da madeira da mesa.

- você é mesmo muito ingrata, O policial só queria te ajudar, e olha só o que você fez - sussurrou no meu ouvido, enquanto subia os dedos sobre minha coxa, levantando o vestido.

- você é um desgraçado, idiota e...

- sou é?  - aproxima os lábios dos meus, mas só o suficiente para me provocar, suas mãos seguram minha bunda com força,e  me pressiona sobre sua ereção. - você exige uma recompensa, por se comportar como uma princesinha ? 

- ah! - solto, quando ele me aperta mais, quase me faz sentar na mesa.

- está disposta a pedir? É só pedir, eu dou o que você quer. - diz, e mordisca meu pescoço.

- eu quero que você se exploda - respondo,tentando conter minhas mãos, para não toca-lo.

Mordo o lábio quando ele me levanta com impulso e me faz sentar, ficando entre minhas pernas. Estou fervilhando. Estou apenas de vestido, e Brian fez questão de levanta-lo pela a metade. O sensato seria empurra-lo e manda-lo para o inferno, mas não estou sensata, eu quero tanto, e tenho raiva por isso.

- por acaso não lembra do que falei? - pergunta, sua mão desliza por minha coxa até minha virilha.

- não. - respondo. - não lembro.

Fico tensa, estou esquecendo de respirar. Brian me toca por cima da calcinha, sem perceber estendo a mão e seguro sua nuca.

Ele aproveita e morde o lóbulo da minha orelha.

- você está molhada. Ah! Alicia, quero muito fazer isso...

Insanamente empurro-me contra sua mão. Arrasto minhas unhas em seu peito.

- mas sou um homem de palavra, prometi que não faria nada e não vou fazer. - ele se afasta me deixando, sentada, descabelada, com o vestido levantado, igual uma idiota.

Inclina o canto do lábio, num sorriso triunfante.

 - A menos que me peça. - disse, acedendo um cigarro,enquanto observa minha imagem patética, com as  pernas abertas para ele. Tenho dúvida, sobre a quem estou odiando mais no momento, a mim por seu trouxa, ou a Brian por ser um cretino, eu quero muito arremessar uma montanha inteira na cabeça dele e esmaga-lo.

- vai se ferrar! - berro.

O idiota faz que não.

- assim não chegaremos um acordo, e será uma pena, porque você é muito boa. - Comenta fitando entre minhas pernas.

Desço o vestido rapidamente.

- você me paga Brian. - cuspo, descendo para o chão.

- deveria deixar de ser orgulhosa, estaríamos nos divertindo muito agora. - comenta, como se realmente lamentasse.

- faça-me o favor - sento no canto da parede, onde costumo ficar.

- levanta daí, dorme um pouco na cama. - sugere.

- estou bem aqui, você pode querer terminar o que começou, enquanto durmo. - joguei, sentindo um ar de vitória quando ele fechou a cara. 

- e aposto que está louca para  que eu faça isso.  - apaga o cigarro e vem até mim, antes que eu tente raciocinar o que ele pretende, seu braço me agarra e me joga em seu ombro.

- me solta imbecil ! - grito, soco suas costas, o chão parece está distante, já que estou a aproximadamente um metro e noventa dele.

Simplesmente me atira sobre o colchão, me atira mesmo, de verdade, sem dó.

- quanto cavalheirismo. - digo sarcástica.

- admita, sou o melhor cara que já conheceu.- senta na poltrona.

Me apoio com um braço para sentar e mostro a língua.

- hum, que mal educada. Melhor guardar essa língua, você precisa dela, ou melhor, nós precisamos dela. - pronuncia com seu sorriso irritante.

Grito de raiva.


Refém Por 72 HorasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora