capítulo 2

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Meu futuro assassino para o carro em um prédio numa rua deserta, as condições do edifício são boas, e isso me surpreende.
Ele sai do carro, dá a volta e depois de abrir a porta, praticamente me arranca de dentro do automóvel. Ainda estou tremendo e chorando.

- dá pra calar essa boca - me repreende me arrastando pela garagem.

- você não precisa mais de mim, me deixa ir - imploro.

- claro que ainda preciso de você, e deve rezar para que seja por muito tempo, costumo descartar coisas inúteis. - diz enquanto me obrigava a subir por uma escada de cor escarlate.

- eu não fiz nada eu juro, eu só quero voltar pra minha casa.

- sua casa é aqui comigo pelo menos por enquanto, depois vai ser no céu princesinha, ou no inferno - ele ri.

- não! Não, por favor - choramingo desesperada.

- shiii... - sela meus labios com a arma.

O prédio inteiro estava vazio. Entramos em um quarto no último andar. Brian tranca a porta atrás de nós e me atira no chão, como um lixo, ou algo sem importância.

- me deixa ir embora,eu imploro, não vou te denunciar, não vou fazer nada...

- cala.Essa.Boca - repete com força nas palavras.

Me calo, apenas soluço tentando conter as lágrimas.

- se tentar alguma gracinha, faço você em pedaços - ameaça.

Ele vai até uma mesa e começa a procurar algo nas gavetas, em seguida abaixa-se pegando uma corrente grossa que estava jogada num canto.

- o que vai fazer? - pergunto com medo.

Sua mão segura meu braço me obrigando a levantar. Ele prende a corrente em uma barra de ferro na parede, do lado de uma cama de casal. Com rapidez me joga no chão outra vez e puxa minha perna acorrentando-a.O ferro duro e um pouco cortante arranha minha pele.

- está me machucando - reclamo.
Seu olhos obscuros me encaram.

- e daí - diz em desdém sentando na cama enquanto observa o revólver em sua mão.

- por que você precisa de mim? - interrogo ainda em meio a lágrimas. Não é possível que isto esteja acontecendo.

- não é da sua conta e para de chorar.

Ele se levanta e vai até o banheiro.

Enquanto isso aproveito e tento encontrar alguma solução, sei que pareço não ter chances, mas vou lutar por minha vida até o último segundo. O quarto é pequeno, algumas paredes estão desgastadas e há uma pequena janela de vidro do outro lado da cama, protegida por uma grade de ferro.

Corro os olhos por todo o local e mesmo com a pouca iluminação, vejo uma pedaço de madeira solto em baixo da cama. Me arrasto até lá, esticando meu braço o máximo possível, assim que sinto o atrito da madeira, puxo em minha direção e escondo entre a parede e eu.

Vou dar um jeito de faze-lo se aproximar de mim, e então bato forte na cabeça dele com isso e pego as chaves do cadeado e do carro, penso. Nunca matei ninguém mas não quero morrer, então não vejo outra saída.

- tá quietinha - Brian comenta saindo nu do banheiro, isso mesmo totalmente nu.

Viro a face bruscamente, para não olha-lo.

- seu nojento - comento.

- Se olhar melhor, vai ver que não sou nojento - ele ri.

Fico com muito medo que ele me estupre ou algo do tipo, mas felizmente quando senta novamente no colchão está de shorts. Graças a Deus!

Continuou muito nervosa, mas tento fazer o mínimo de barulho possível. Brian está deitado mexendo em seu celular.

Tenho que pensar em alguma coisa.

- pode me fazer um favor? - pergunto, enquanto posiciono meus dedos de maneira firme, no pedaço de madeira escondido em minhas costas.

- te matar logo? - diz irônico.

Não respondo, baixo a cabeça.

- o quê? - pergunta depois de poucos segundos.

- preciso usar o banheiro - minto.

Ele finge não ouvir.

- quer que eu faça nas calças? - digo tentando faze-lo imaginar o desastre que seria o chão do quarto sujo de urina.

Ele suspira impaciente e levanta-se vindo até mim.

- tudo bem. - abaixa-se perto das minhas pernas, pega a chave no bolso encaixando-a no cadeado.

Penso que é a hora de agir, mas assim que tento acerta-lo na cabeça, ele segura meu pulso e me dá um soco na cara. Sou jogada para o lado pelo impulso,  começo a chorar impulsivamente, a dor que sinto é insuportável.

Depois de me fazer sentar novamente me empurra contra a parede com as mãos em meu pescoço

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Depois de me fazer sentar novamente me empurra contra a parede com as mãos em meu pescoço.

Miserável.

-isso é pra você aprender a não bancar a espertinha comigo, sua vadia. - cospe entredentes.

As lágrimas descem por minhas bochecas molhando sua mão.

- por favor, não me mata - imploro.

- é isso que vai acontecer se tentar outra gracinha.

- não, não - prometo.

Me solta, e sai do quarto levando consigo a pedaço de madeira.




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