Eu não consigo acreditar! Como isso pode ser possível? Estou completamente atordoada. Ouço o barulho da ambulância e minutos depois tem várias pessoas colocando meu corpo em uma maca.
- Os batimentos cardíacos dela estão fracos, temos que levá - la urgentemente para o hospital. - fala uma mulher, que creio eu seja a enfermeira.
Saiu do porão e vou para a sala onde está a família que mora na casa e alguns policiais. Eu estou em choque, nem consigo acreditar que eu possa estar viva, aliás que estou viva.
VIVA! Meu Deus.
- Vocês conhecem a menina? - pergunta um policial, anotando algo em uma pequena caderneta.
- Não, nunca a vimos. - responde o homem.
- Faz algum tempo que ela está no porão de vocês, o doutor disse que o sangue está seco, irão fazer um exame para saber por quanto tempo ela ficou no porão. Como vocês nunca viram ela? - pergunta novamente.
- Nós não costumamos ir ao porão, só tem coisas velhas lá. - responde a mulher e o policial apenas acena com a cabeça.
Os enfermeiros saem da casa segurando meu corpo na maca e me colocam dentro da ambulância e eu vou com eles. Assim que chegamos no hospital, eles empurram a maca rapidamente decretando meu estado como de urgência e me levam para uma sala. Eu não entro, apenas caiu no chão do corredor sentada e choro. Cada dia tudo fica mais complicado e confuso.
👻👻👻
Horas se passam e eu continuo sentada, olhando os médicos passarem para lá e para cá inúmeras vezes. Já é de tarde quando um policial para no corredor e um médico vem até ele.
- Doutor, descobrimos quem é a garota que encontraram no porão ontem a noite. O nome dela é Clarissa Fagundes, ela estava desparecida desde o dia do seu aniversário, a quase seis meses. Já contatamos os pais dela e eles estão esperando na recepção para falar com o senhor.
- Ótimo, pode mandar eles virem até a minha sala. - fala e sai.
Levanto - me rapidamente e vejo os meus pais. Mamãe está chorando copiosamente e papai está com o braço nos ombros dela, em uma tentativa de acalmá - la, vou atrás deles e entramos na sala do médico.
- Boa tarde, eu sou o Dr. Guilherme. - O doutor fala e aperta a mão do papai -Sentem - se por favor. Então, nós fizemos alguns exames na Clarissa e o estado de saúde dela está normal, tudo conforme. Ela estava com alguns cortes que foram feito por faca e com algumas manchas rochas, mas já cuidamos disso. Apesar dela ter ficado muito tempo no porão, sangrando e sem ajuda, ela está perfeitamente bem.
- Então ela está acordada? - pergunta mamãe.
- Esse é o problema, apesar de tudo está bem com a filha de vocês, estranhamente nós não conseguimos acordá - la, ela está em algum tipo de coma, mas ainda não sabemos o motivo dele.
- Vocês nem desconfiam do que possa ser? - papai pergunta, ele parece está calmo, mas sei que no fundo ele está triste como a mamãe, ele apenas está agindo assim para não desesperá - la ainda mais.
- Não, mas não desistimos. Eu pedi para uma enfermeira fazer um raio x e alguns outros exames para levarmos ao laboratório e vermos se descobrimos o que está causando o coma. - responde o doutor.
- Nós... podemos vê - la? - pergunta mamãe tentando parar de chorar.
- Sim. - O doutor levanta e os leva até um quarto onde está o meu corpo, estou com uma camisola fria de hospital, meu cabelo está espalhado pelo travesseiro, meu rosto está branco feito papel e estou com uma agulha enfiada em minha mão esquerda, tomando soro.
- Ah minha filha! - mamãe exclama desesperada assim que me vê, segura a minha mãe e a beija , deixando toda molhada de lágrimas. Papai passa a mão nos meu rosto e vejo uma lágrima descendo pelo seu rosto.
Me parte o coração vê - los sofrendo desse jeito, queria gritar, ao menos poder dar uma pista, uma chance ao menos de dizer que estou bem, para vê - los mais tranquilos.
Fico ao lado da minha mãe e fecho os meus olhos e então eu sinto. Sinto mamãe passando os dedos levemente em minha mão e então uma pequena parte de mim se acende, de esperança.
- Vai ficar tudo bem! Vai dar tudo certo mamãe. - falo como um mantra, querendo acreditar que no fim tudo vai ficar bem.
JE LEEST
Morri ? - Livro 1
AvontuurLivro 1 - Duologia Morta Cassie sempre foi uma pessoa alegre, engraçada, super amiga e que adora ajudar as pessoas. Mas no dia do seu aniversário ela acorda em um porão totalmente desconhecido e com seu vestido sujo de sangue. Ela tenta entender o...