Abriram as portas do Inferno?

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Minha nossa senhora! Eu estou vendo um monte de gente com larvas, buracos no corpo passando por mim.

Parece até que abriram as portas do Inferno. Caminho devagar, muitos que passam por mim fedem, uma senhora com os cabelos desgrenhados e o rosto todo sangrando olha para mim e corre em minha direção. Saiu correndo desesperada.

Meu Deus eu estou correndo de um fantasma e por incrível que pareça eu ainda conseguir tropeçar em algo e caiu. Fecho os meus olhos, mas os abro novamente quando ouço alguém falar:

- Deixe a garota em paz. - uma senhora fala e me ajuda a levantar.

- Obrigada. - sorriu.

Gente eu não fazia a mínima ideia que fantasmas / espíritos perdiam o fôlego. Eu estou agora com a garganta seca.

A senhora me encaminha até um banco que tem ali perto e nos sentamos.

- Eu não entendo! - falo com as mãos na cabeça.

- O que você não etende ? - ela pergunta passando as mãos em meus cabelos e eu consigo sentir. E isso me conforta, acalma.

- Por que do nada eu comecei a ver gente morta? Ou melhor outros espíritos? - pergunto.

- Porque você aceitou que está morta. - ela fala e segura as minhas mãos, noto que seus pulsos tem marcas de cortes.

- Não sei se aceitei. - falo triste.

- Claro que aceitou, se não você não estaria enxergando as almas que ficam vagando aqui na terra.

- Eu não sei o que eu fiz para ficar aqui vagando! - falo com raiva.

- Calma menina, para tudo se tem uma explicação e você é especial. - fala sorrindo.

- Especial? - falo dando um sorriso irônico.

- Você saberá tudo em seu tempo. - fala. Dou um longo suspiro e olho ao meu redor e avisto o David em pé, em frente a sua casa, me despeço da senhora e vou até ele.

- Você está vendo? - pergunto assim que me aproximo.

- Vendo o que? - pergunta confuso.

- Os outros espíritos que estão rondando aqui. - falo.

- Não.

- Não entendo. - falo pensando - Mas se você tem "dons" também deveria ver os outros espíritos.

- Fica cada vez mais confuso! - ele fala botando as mãos na cabeça. - Vamos entrar.

Entramos em sua casa e vamos para o seu quarto, me sento em sua cama.

- Eu não sei realmente o que fazer. - falo apoiando meus cotovelos em meus joelhos e apoio minha cabeça entre as minhas mãos.

- Eu também não. - David fala.

- Sabe que eu não sei para que você me ver. - olho para ele que me olha confuso. - Você não tem como me ajudar, não consegue nem resolver os seus problemas imagina os dos outros. - falo irritada.

- Eu estou tentando sabe, mas não é fácil você se deparar com uma pessoa morta do nada e ter que ajudá - la. - fala com raiva.

- Vou procurar alguém que vá me ajudar de verdade. - grito irritada e saiu de sua casa.

Imagino um lugar escuro, onde não tem ninguém para me irritar e fecho os meus olhos e quando os abro me assusto.

Morri ? - Livro 1Where stories live. Discover now