- Tine.- apelido da minha mãe. - acho que essa mudança tem a ver com o que o conselho disse, talvez isso seja uma prova de que nossa pobre filha não é uma protetora. - sinto meu coração se partindo.

Eu voo em disparada para a saída, vejo Alberto com uma cenoura na boca pulando no jardim e o agarro pelas orelhas, ele como sempre resmunga então o ponho em cima do meu pescoço e ele agarra meus cabelos para não cair. Algumas lágrimas bobas caem dos meus olhos, posso ver ao longe as fadas entrando na AFP (Academia das Fadas Protetoras) eu seco as lágrimas e aterrisso atrás de uma árvore de laranjas. O ar aqui tem cheiro de rosas, rosas brancas. A grama é cortada, e aqui podemos ver pó de fada pelo lugar inteiro o portão do AFP é dourado, e as suas paredes estão cobertas de musgo. E várias flores enfeitam o musgo transformando ele em um ótimo enfeite. Todos estão cochichando coisas sobre meus cabelos louros. Meus cabelos vão até minha cintura, eu pego uma mexa de cabelo e confiro para ver se ainda são louros e céus, ainda são. Nas paredes dos corredores há vários quadros de fadas. Mas não são quaisquer fadas, são as originais. As primeiras. Uma fada me chama atenção, ela é parecida comigo, deve ter minha altura, ela está vestida de branco, seu vestido cobre todo seu corpo, seus cabelos são longos, ainda maiores do que os meus. Mas com toda certeza o louro dela é branquelo. O meu não chega a tanto, ela deve ser uns 2 anos mais nova do que eu, seus olhos são negros como a noite. Apesar de ser uma bela jovem e de sua cor ser pura, ser branco, há escuridão em seu olhar, ela usa batom preto. É uma escolha peculiar. Eu estou observando a familiaridade entre mim e ela. E me perguntando há algum parentesco? se eu ao menos soubesse o seu nome. Um fada tromba em mim. É Denis, ele é um fada do fogo.

- Desculpas. -ele diz afobado. De repente ele repara melhor em mim- ei, você está na minha turma de magia de luz. Você é a Eleven não é? uma Onze. Eu sou o Denis, sou um Nove. - ele estende sua mão para mim. Se um fada lhe oferecer a mão é porque ele quer saber se a ligação dele é você. Eu aceito. E não, não há choque algum, ele sorri.

- Estamos atrasados. - ele mostra o caminho, Alberto está me olhando curioso e sei o que ele quer me perguntar, ele sai pulando atrás da gente em quanto entramos na sala.

Entramos em uma sala onde as paredes são feitas de tijolos, todos me olham estranho e sei que é porque todos já sabem que meu caso foi parar no Ministério. A fada instrutora, se chama Débora. Ela aponta o lugar de Denis ao lado de Tiffane. Todos na sala estão trazendo seus animais. Alguns corujas, outros falcões, tem uns que trazem ratinhos. E assim vai, no dia de escolher animais, eu escolhi Alberto, pois ele era o animal mais inteligente que tinha por lá. Conversei com alguns e eles não tinham um bom papo. Eu continuo parada na porta olho em volta da sala e vejo que minha mesa foi tirada. Débora se aproxima de mim.

- Querida, a diretora Faragunda, quer falar com você. - posso ouvi alguns cochichos. Alberto pula para fora e eu o sigo. Andamos em silêncio até que ele finalmente diz.

- Desculpe pela minha reação. - ele continua pulando.

- Tudo bem, o que você acha que vai acontecer?- Amanda passa com seu grupo de amigos e eles riem de mim, deixando claro sua maldade. Alberto rosna.

- Não se importe. - Alberto se refere a Amanda- mas voltando a Faragunda, acho que ela não te tirará o título de protetora, mas mesmo se ela tirar, Sam é apenas um humano, você pode consegui alguma função no Ministério, seria muito bom para sua família. - chegamos a diretoria Alberto fica do lado de fora.

A sala da Diretora Faragunda é totalmente branca, os móveis são brancos, as paredes, absolutamente tudo. Faragunda tem pele escura e cachos castanhos, seus olhos são verdes. Faragunda é a tão bonita que fico sem jeito perto dela. Ela usa um vestido justo na cintura e solto em sua parte saia. Ele chega até acima de joelho. Ao me ver ela sorri candidamente como geralmente sorrimos para crianças. Ela aponta para uma cadeira branca e eu me sento.

- Senhorita Eleven da casa dos Onzes, não é mesmo?- confirmo com a cabeça. - eu sei que você deve está pensando o porquê de ter sido chamada aqui, e eu direi, só peço que mantenha a calma.

- Eu não prometo nada. - ela sorri.

- Bom, já é um começo. Eleven, minha função é te comunicar sobre a decisão do Ministério, eles sabem da sua incapacitação, que você não tem nenhuma habilidade especial. E por isso você foi tirada das aulas de magia de luz, pois os alunos de lá treinam suas especialidades. Você a parti de hoje será treinada individualmente. - eu suspiro de alivio.

- Pensei que me tiraram o meu humano. - ela segura minha mão.

- Confie em mim, estamos fazendo o possível para eles não chegarem nesse extremo.- eu dou um sorriso forçado. - Emília será sua instrutora. E você começa agora, vá ande, ela está te esperando na sala de treinamento.

- Obrigada. - ela acena com a cabeça.

Eu saio da sala da Faragunda sorridente. Alberto me olha e sei que não preciso explicar nada para ele, com essas orelhonas ele deve ter escutado tudinho. Eu voo a poucos centímetros de distância do chão em direção a sala de treinamento. Alberto vem pulando rapidamente atrás de mim. Quando finalmente chego em uma sala vazia, seu chão é de tijolos e as paredes estão cobertas de musgo. Emília está de costas para mim. E ainda de costas começa a dizer.

- Espero que amanhã a senhorita comece a ser pontual. - diz rigidamente.

- Sim senhora,- para evitar o silêncio eu me apresento.- sou Eleven. - ela estreita os olhos.

- Oh, você é uma Onze não é? - ela põe seus óculos.

- Obviamente.- ela tira um livro da bolsa. E o abre folheia até encontrar a página.

Então ela abre o livro e me mostra uma foto. É a mesma mulher do corredor. A do quadro. Ela está vestida de branco com o corpo totalmente coberto seus cabelos estão brancos e estão espalhados sobre a raiz de uma arvore negra, como de costume está de batom preto, mas há algo muito mais sombrio nela. Seus olhos são tristes.

" Essa é a Black Fairy" Emília diz.

- Ela foi a primeira Onze. Você é da geração dela. Em todos meus anos de vida, eu nunca antes havia visto uma Onze tão parecida com ela. E agora seus cabelos estão ficando brancos como os dela. A diferença entre você duas, é que ela era graciosa e habilidosa, encantava a todos. Todos se maravilhavam com seu jeito. Mas você é tão sem habilidades. E além do mais seus olhos mostram luz. Mas eu sei que algum dia os olhos de Lúcia também transmitiram luz.- Black Fairy se chama Lúcia... - ela era ótima, muitos dos nossos morreram em batalha. Ela devastou Arandell, ela queria que nós fadas dominássemos o mundo dos humanos. Ela queria que nossos humanos virassem escravos, ela alegou que éramos superiores. Frederico então criou a resistência. - eu a corto.

- Resistência? - ela finalmente se dá conta de que não deveria está me contando isso. Então ela balança a cabeça e diz.

- Vá para casa, não teremos aulas hoje. - antes que eu possa insistir ela sai voando pela janela em sua forma miniatura.


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Estou voando para casa, Alberto não fala nada desde que saímos da AFP, estou conturbada e tudo que consigo pensar é no livro, será que o livro está realmente disponível nas Bibliotecas Públicas de Arandell? acho que não. Nem mesmo Care, viu este livro por lá. Paro no mesmo campo de ontem. Alberto pula em cima de um galho e em seguida cai da árvore com um fruto na boca, eu rio. Está na hora de contar sobre Sam para Alberto. Mas não agora. Deixo Alberto delicia-se com os frutos da árvore em quanto me distancio e abro véu. Sam está lendo um livro. Mas eu o chamo e ele ver. Ele se levanta sorridente.

- Fada! - ele exclama.- eu confesso ter pensando que fosse uma alucinação. Mas não pense que me esqueci, você me deve explicações.

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