Eu me chamo Alex

Esquecer

Eu me chamo Alex, tenho 17 anos, moro na Califórnia em Los Angeles, estudo na Abraham Lincoln senior e esta é minha vida até agora.
Adolescência para mim não me parece um conceito fácil, até o ponto em que você não está apaixonado tudo está bem, mas aí alguém chega e tudo que você sabia sobre amor parece dissimuladamente errado.
Foi assim que eu me apaixonei pela Lindsay, sem querer e tão rápido quanto o vento no inverno.
Estava no ensino médio, tinha duas melhores amigas: Lindsay e Grace. Lindsay era bonita, seus cabelos eram castanhos e sua boca carnuda e vermelha, seus olhos eram da mesma cor que seus cabelos mas nada nela era tão lindo quanto seu sorriso, a Grace era mais baixa, tinha cabelos pretos, pele delicada e parecia estar sempre triste guardando tudo no seu interior.
Mais uma semana veio, uma segunda-feira ensolarada, quando cheguei parei no estacionamento para fumar um cigarro então olhei pra trás e vi que Lindsay estava vindo linda como sempre só sendo ela mesma.
Tivemos as três primeiras aulas então o sinal tocou, nos sentamos com nossas bandejas então começamos a conversar sobre a faculdade, como queríamos nosso futuro e essas coisas.
Na saída vi Lindsay indo embora no carro do Damon, nosso colega enquanto Grace saia rápido com um cigarro entre os dedos olhando para seu livro.
Agora eu sabia, lembrei do período de literatura quando um professor se atrasou e como sempre todos se levantaram pra conversar, eu apenas fiquei mexendo no celular, quando olhei para o lado esquerdo vi que Lindsay estava conversando com Damon, eles sorriam e se olhavam de uma forma diferente, naquele momento me senti estranho como se alguém tivesse me socado ou algo assim, mas ignorei, ela era apenas minha amiga... era isso que eu costumava pensar ou preferia acreditar que sim, a verdade era que eu a amava mas eu não podia, e era melhor esquecer isso.
Nas manhãs seguintes apenas ignorei os dois, não ligava se estavam juntos ou não, Grace me ajudou nisto, ela percebe tudo mas mesmo assim algo gritava dentro de mim, algo sobre como ela andava ou sorria mas a verdade era uma: ela não sentia nada por mim, eu precisava esquecê-la.