Capítulo 37 - Dois Meses Depois

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(Marina)
Ganhei alta logo após quatro dias depois do transplante, mas já se passou dois meses e até agora nada de Davi voltar para mim. Todos os dias desde o dia que eu fiquei sabendo estou indo lá esperar por ele, e eu espero o tempo que for por ele. Os médicos disseram que ele pode acordar de uma hora para a outra e eu quero estar presente quando os olhos dele se abrirem. Ele parou de ser medicado para ver se ele reagia, e até agora Davi esta reagindo bem, eu acredito que ele voltar. Quando eu paro para pensar na minha vida, lembro quando a gente passou aquela noite juntos e logo depois aquele maldito acidente e naquele hospital eu recebi a noticia, foi o pior dia da minha vida, me senti sem chão, a verdade é que minha família e Davi são tudo para mim, eu sei que não vai acontecer porém se um dia eu perder o Davi eu não sei o que será de mim.

Meu pai tinha me dito sobre a famosa tatuagem e é verdade agora eu tenho uma linda tatuagem, tatuagem de amor, tatuagem, cicatriz que quero levar comigo até o meu ultimo suspiro. Se Davi quiser tirar essa cicatriz, não vou me importar, mas eu a levarei comigo para sempre. A cicatriz é grande, é na região da minha costela e puxando um pouco mais para baixo, mas não me importo com isso o importante é a vida dele. - Termino de calçar a meu tênis. Estou vestida com uma calça jeans de cor escura e uma blusa branca de mangas curtas, cabelos soltos, estou pronta para ver meu amor hoje.

Eu vou todos os dias ver o Davi, saio da escola e venho correndo para casa para depois ir ver ele no hospital. Meus pais falaram que mesmo ele de olhos fechados, no estado que ele esta, ele pode me ouvir, acho que não é verdade isso, contudo eu não ligo e fico conversando com ele todos os dias, dou caricias nas mãos dele, arrumo o cabelo dele, e faço planos para a nossa vida quando ele acordar. Quando eu o vejo, imagino que ele está dormindo, com aquele rosto lindo que só ele tem, porque mais lindo que o Davi não existe. - Sento na cama e fico olhando para o espelho em minha frente.

Amigos do Davi não o abandonam de forma alguma, a família dele também não abandona, alias a família do Davi tem sido um amor comigo. A barriga da mãe do Davi já esta grande e a da Alicia também está grande. Surpreendi-me com a capacidade de meus pais eu sabia que eles eram ótimos médicos, mas não sabia o quanto são bons de verdade, deram toda assistência necessária para o Davi, eu sempre vou agradecer por tudo que meus pais são para mim. - Alicia e Gustavo aparecem na porta, entram no meu quarto, Alicia está chorando e Gustavo sorrindo.

Marina: - O que quê é isso gente? - Me levanto, me aproximo deles dois, e começo a passar a mão no rosto da Alicia.

Gustavo: - Davi. - Gustavo sorriu. - Sem o deixar completar a frase, o interrompo.

Marina: - Ele esta bem? Ainda está reagindo? - Me viro de costas, vou até a cama e pego minha bolsa. Meu coração parece uma metralhadora nesse momento, esta mais disparado que metralhadora na verdade. Eu não sei nem o que pensar, mas deve ser bom. Gustavo sorrindo, Alicia chorando.

Gustavo: - Hora de você ver aqueles olhos novamente não acha? - Segurando minha bolsa, me viro para eles e me aproximo.

Marina: - O que você disse Gustavo? - Começo a tremer e minhas lagrimas se libertam de meus olhos. - Gustavo me explica isso.

Alicia: - Ele acordou amiga. Sua mãe me ligou agora avisando que Davi acordou nessa madrugada e esta querendo ver você. - Alicia enxuga as lagrimas e fica me olhando junto com o Gustavo.

Marina: - Gustavo me leva agora para aquele hospital. - Saio correndo pela porta do quarto, e desço as escadas em velocidade.

Meu Deus do céu porque demoram em me avisar? Será que é alguma brincadeira? Isso não é coisa para se fazer. Deve ser verdade, ele deve ter reagido após a retirada dos medicamentos, meu pai do céu. - Abro a porta da entrada e vejo Pierre no carro do lado de fora dos portões buzinando para mim, começo a correr até o carro dele.

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