capitulo 4:)

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Os raios de sol invadiram o meu quarto acordando-me.

-boa Lexie és mesmo inteligente!-resmunguei.

Levantei-me e reparei no estado do chão. Uma garrafa aqui, um copo mais a frente, lenços e mais lenços a formar um monte e uma dor de cabeça milhentas vezes maior que o London eye. Tinha passado a noite a beber. Embrulhei o meu corpo frágil numa manta e preparei um chocolate quente. Caminhei até a varanda e abri-a, tal como fazia todos os dias. Senti alguém a estalar as costas e resmungar. Olhei para baixo e...

-que fazes ai?

Liam Olhou-me com um olho fechado e o outro meio aberto.

-Bom dia.-sorriu e levantou-se caminhando em direcção a sua mota.

Ia embora sem me responder... Até era justo porque ainda a 3 dias eu fiz o mesmo.

-Payne volta aqui!-ordenei.

Voltou-se sorrindo.

-Queres a minha companhia?

-não sejas ridículo!-Ele caminhou até mim.-porque e que dormiste a porta da minha casa?

-fácil!-torceu a cara- deixavas-me entrar?

-claro que não!

-Então...

-Sabes bem que não foi isso que perguntei!-dei um sorriso cínico.

-queria certificar-me de que nada de mal te acontecia. Quis ter a certeza que deixavas as lâminas longe... Parece que deu resultado.-Falou da forma doce que ultimamente utilizava com alguma frequência.-Quantas garrafas foram? Duas? Três?

Afirmei com a cabeça aos três. Tinha despejado três garrafas de vodca... E tudo por culpa de uma porcaria de passado! Tinha sido tao feliz. Tinha sonhado tanto. Mas tudo isso tinha começado a acabar no dia em que o meu irmão nasceu. A minha mãe tinha 36 Anos quando ficou gravida do 2 filho. William. Estava prestes a fazer anos de casada quando teve de ir de urgência para a maternidade... William estava a sufocar devido ao cordão umbilical preso no seu pescoço. Nessa noite, depois de repetidas horas e operações a minha mãe acabou por morrer. Eu tinha 10 anos e perceber que nunca mais a ia ouvir chamar-me para o seu colo, foi uma das piores coisas do mundo. Nesse dia, ao partir levou também o meu pai ou pelo menos parte dele, a parte que eu e William mais precisávamos. Nos quatro anos seguintes tive a confirmação de que o meu pai tinha mesmo ido com a minha mãe. Com a ajuda dos meus avos mantive William vivo. Ficara seriamente afectado devido ao parto e apenas conseguiu viver 4 aninhos, o seu cabelo loiro e os olhos azuis eram a marca de como a minha mãe ainda estava a nosso lado. E talvez fosse essa a razão de o meu pai se ter entregado ao álcool. E cinco anos depois ter posto fim a família.

-ouvi-te cantar oasis...era uma das minhas músicas favoritas!

Continuei calada. Aquela música era definitivamente a música da minha vida. A minha mãe costumava acordar-me cantando-a. William pedia-me que a cantasse. Era o toque do telemóvel de Zayn quando nos conhecemos e passou a ser exclusivamente para as minhas chamadas.

-Já vi que estas bem, por isso vou andando!-falou e apenas ouviu um ok da minha parte.

***

-Já te disse para me largares!-tentava soltar os meus braços das mãos de Richi.

-Richi não ouvis-te? Larga-a!- Liam atirou a sua mochila contra Chão e puxou as mangas do casaco preto de pele.

-Ahahah. Puto não te metas!

-senão?

Ao ouvir a pergunta de Liam, Richi deu-me uma chapada atirando-me contra o chão.

-Eu avisei!-liam falou e quando os olhei Richi levava um soco. E outro. Mais um. Novamente um soco.

Paranormal LoveWhere stories live. Discover now