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-Você não se lembra filha? - ela pergunta triste, nego com a cabeça. -Eu havia pedido para você ir até a casa da dona Rose mas, quando você estava voltando um carro atropelou você. - ela diz e algumas lágrimas escorrem pelas suas bochechas.

-Eu não me lembro disso. - digo pensativa. -A quanto tempo estou aqui?

-Fazem dois meses e sete dias, você estava em coma induzindo, a batida foi muito forte e machucou seriamente alguns ossos. Os médicos acharam melhor assim até você estar mais disposta. - ela sorri e aperta minha mão onde tem uns fios na parte de cima.

-Q-quem me atropelou? - pergunto com medo da resposta, e se for aquele homem/demônio? Espero realmente que tudo aquilo não tenha passado de um pesadelo terrível, apesar de ter sido tão real.

-Os policiais ainda não sabem, encontraram somente o carro, e quando os policiais procuraram por mais pistas descobriram que o carro havia sido roubado de um senhor por dois garotos que foram identificados, os policiais acham que eles perderam o controle do veículo com a fuga e acabou com você aqui. - ela diz e se debruça em cima de mim me abraçando e chorando. -É tudo culpa minha, não devíamos ter saído de Nashville. - minha mãe diz e me aperta mais o que faz eu reclamar baixinho e ela se afasta pedindo desculpa.

-Quem me encontrou?

-Um rapaz, ele é novo lá no bairro igual a nós e tem me ajudado bastante nesse último mês, apesar de eu ter dito que não era necessário. - ela diz enquanto tenta limpar as lagrimas com os dedos.

Um rapaz, e se for o do meu suposto pesadelo? Não pode ser não é? Isso é impossível, se ele estava ajudando a minha mãe significa que ele não teria tempo e nem "poderes" para fazer isso, por que aquele do meu sonho era um demônio, apesar de eu não acreditar que essas coisas existam.

-As vezes quando eu estava cansada - minha mãe começa a falar me tirando dos meus pensamentos estúpidos. -ele vinha e ficava com você, ele sabia que eu não queria te deixar sozinha e se oferecia para passar a noite. Ele esta sendo como um filho para mim - ela sorri. -Harold passa bastante tempo lá em casa, quando eu venho para cá ele vai para a casa dele mas, assim que volto ele vai lá pra casa e ficamos conversando, acho que você gostaria dele. - ela diz animada e pelo jeito que fala parece que está pensando em algo.

-Fico feliz em saber que você não está sozinha enquanto eu estou aqui mãe mas, como assim ele vinha e ficava comigo? - pergunto um pouco confusa.

-Sim, teve vezes que eu passei três noites seguidas aqui com você Sam e quando eu ia para casa para tomar banho e voltar ele me perguntava se eu não queria que ele viesse, para eu puder descansar, no começo achei um pouco estranho por que nós nem o conhecíamos mas, depois achei legal da parte dele. - ela explica.

-Hum.. como é o nome dele mesmo? - pergunto curiosa.

-Harold.

É, não é aquele demônio, eu sabia, demônios não existem. Com o impacto do carro eu devo ter batido a cabeça e mais os remédios devem ter me dado alucinações.
O nome daquele demônio é Harry, não Harold.






Oioioi tudo bem com vocês?

@Litllebabymoon esse capítulo também é dedicado à você, muito obrigada por ter me dado motivação a continuar com a fic, você é uma querida. Obrigada com todo o coração.

Beijos

Ed. X

The Neighbor |H.S|Where stories live. Discover now