capitulo 1

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Era um dia como todos os outros. Estava deitada no chão frio e duro daquela escura cave. Esperava por algo tal como todos os dias que ali passara, esperava a liberdade… Lembrava-me da morte do meu irmãozinho, do meu único apoio no meio daquele mundo cruel. Tinha sido à uns 4 anos se tanto, foi horrível… Os meus pa...is venderem o meu irmão a um casal devido à falta de dinheiro e depois de um ano sem saber nada do meu maninho cheguei a descobrir que tinha sido morto pelo casal para lhe venderem os órgãos… eu sei, é horrível! Ele tinha sido sempre um apoio para mim, era o meu melhor e único amigo. Ainda me lembro de ele dizer: “Tem calma mana, ninguém te vai levar daqui… eu protejo-te” ainda me lembro daqueles abraços e das nossas brincadeiras, eu amava-o e ainda o amo com todas as minhas forças restantes… Todos os dias, ao adormecer dizia e digo: Boa noite meu anjo. – eu sei que ele me ouve.

Olhava para o teto manchado sem expressão no rosto, uma lágrima percorria a minha bochecha, já não tinha forças para viver. Não me restava nada no mundo. De repente ouvi algo, parecia um sussurro. Olhei em volta à procura de um sinal mas nada! Ouvi outra vez e reparei numas pequenas grades. Aproximei-me lentamente rastejando pelo chão e ao chegar perto das grades vi uma mão que se apoiava firmemente numa grade.

- Não chores… por favor… - era um sussurro fraco vindo de uma voz doce de rapaz.

- Quem és tu? – a minha voz tremeu dada a falta de força.

- Sou um amigo. Vai ficar tudo bem, confia em mi-mim… - mas eu ouvi-o chorar e sabia que não estava tudo bem, não ia ficar tudo bem. A morte aproximava-se lentamente e eu sentia-o.

Agarrei uma grade e a olhar para a mão dele sussurrei: Não está tudo bem… é impossível escapar desta… - já uma lágrima me escorria pelo rosto. Tinha um medo imenso da morte mas naquele momento não tinha razões para lutar contra ela, nunca me tinha sentido tão fraca na vida.

- N-não digas isso… Não desistas. – e de repente agarrou-me a mão e um calor invadiu-a. Ao ouvir um estrondo vindo de umas escadas depressa me afastei das grades soltando-me da mão do rapaz.

Sentem-me encostada à parede rugosa e olhei para o chão. De repente uma porta à minha frente abriu-se de rompante. De lá saiu um homem alto, de mau aspeto, com uma expressão gananciosa no rosto. Depressa rastejei pelo chão da cave para me afastar do homem (era o meu marido). Estava encolhida contra um canto daquela sala esperando que ele não reparasse em mim no entanto comecei a ouvir passos lentos e pronunciados na minha direção. Fechei os olhos à espera de dor. O homem pegou-me nos pulsos com brutidão e arrastou-me para o meio da cave, eu não o contrariei, não queria piorar as coisas.

De repente começou a despir-se com o rosto repleto de desejo e com isto eu engoli a seco e disse:

O que é que v-vai fazer?

- Não te parece óbvio? – disse e ao soltar uma gargalhada agarrou em mim e despiu-me as calças com uma violência incalculável. Eu tentei-me soltar, esbracejei, dei pontapés mas nada resultava, nada! Eu não queria que aquilo acontece-se! Perder a minha virgindade com aquele nojo? Continuei a lutar mas ele já me tinha tirado as cuecas.

- Epá, dás luta rapariga! É assim que eu gosto!! – e com uma cara maliciosa pôs-se em cima de mim. Eu nem consigo descrever o que senti naquele momento… Comecei a chorar ainda a lutar, ele segurava-me os braços e as pernas que estavam abertas. Mordeu-me dolorosamente a perna e senti que sangue me escorria pela pele. O meu desespero era inexpressivo, contorcia-me mas o homem controlava-me, tomava posse do meu corpo com uma brutalidade incalculável! Arranhava-me os braços, mordia-me vezes sem conta, eu sentia-o dentro de mim… Ele estava em cima de mim mas eu estava de cara virada e de olhos fechados com as lágrimas a escorrerem-me pelo rosto. Sentia tanto nojo que acabei por vomitar… As forças faltavam-me por isso parei de lutar e fechei os olhos rezando para que acabasse rápido.

Ao que parecia, uma hora depois o monstro acabou por se ir embora já satisfeito. Eu abri os olhos lentamente, tremia por todo o lado, o meu corpo estava cheio de marcas, as mãos dele marcadas com o meu sangue no meu corpo, estava nua, desprotegida…

Rastejei ainda mais lentamente que antes, a tremer descontroladamente e encostei-me nua à parede. Pousei a mão ainda a tremer no chão e fechei os olhos ainda sentido uma lágrima percorrendo o meu rosto.

De repente….

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O que sera que aconteceu :o

Enough of Happy Endings, This is Reality...(Zayn Malik)Where stories live. Discover now