30. Tudo o que mais temia

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- A vida é efêmera. Tudo é passageiro. Quando você menos espera as coisas acontecem. E você deve viver intensamente todos os dias como se fosse a última vez. Já dizia a minha vó. - mamãe falava aos cotovelos desde a última vez em que viu Gael ficar me esperando do lado de fora de casa porque eu simplesmente não queria deixar que ele entrasse em nossa casa e conversasse comigo.

A partir daquele dia ela vive falando as frases que minha bisavó Lucinda falava. Já faz duas semanas que tudo aconteceu e que não o vejo. Não ouço a sua voz e nem sequer sonho com ele. Ou ele não quer mais falar comigo ou ele está me deixando respirar. Prefiro não escolher o porque. Fico com meus pensamentos pra colocar no lugar.

Estou deitada no colo de mamãe e ela passando a mão em meus cabelos. Estou quase dormindo e perdida em pensamentos por que desde o dia em que aconteceu tudo aquilo com Gael, eu tento não falar do assunto e não vou à faculdade.

- Filha eu sei que está doendo, mas você deveria vê-lo e conversar com ele. Mais do que você ele está muito pior. Perdeu o emprego e a noiva no mesmo dia. Isso não é bom. E você no fundo sabe que ele não faria isso com você.

- Eu só sei que amo o Gael mãe, mas estou chateada e magoada e não quero vê-lo até eu tentar colocar as minhas ideias e sentimentos no lugar deles. Eu vou procurá-lo pra gente se entender. Só espero que não seja tarde demais.

Algumas horas depois eu acordo ouvindo meu celular tocar.

- Alô? - ouço a voz e percebo que é dele.

- Por favor não desliga. Eu preciso falar com você.

- Só me diz a hora e o lugar. - falo sem nem pensar.

- Pode ser na minha casa? Eu estarei te esperando às 19:00 horas.

Desligo o telefone e caio no choro. Eu sou apenas a mulher que o ama e que acima de tudo acredita nele mas por meu orgulho não dou o braço a torcer.

A noite chega e vou em direção à casa de Gael. Estou me tremendo e muitas coisas passam pela mimha cabeça.
Como fui burra e imatura. Como não soube que era mentira ou como eu deixei chegar a esse ponto?

A porta estava destrancada.
Ele estava no sofá de cabeça baixa.
Apenas me esperando.

Ele se levanta rapidamente e vem até mim.

- Por favor, não fala nada. Eu só estou tentando não te machucar mais. Só me deixa falar. - falo e ele não diz nada.

Ele se segura para não falar nada mas me beija e eu retribuo porque estava com saudade do beijo dele, do corpo quente e de suas mãos macias em mim. Eu só o abracei e fiquei ali em seus braços por uns minutos.

- Espera. Por favor, me deixa falar.

Nos sentamos no sofá eu de frente à ele. Percebi que usava a aliança de noivado em sua mão ainda. E eu não. Eu havia retirado a minha no mesmo dia.

- Eu não estou com a aliança porque no mesmo dia em que tudo aconteceu, eu retirei.

- Eu entendo. - ele rebate. Mas peço que me deixe falar.

- Gael, desde quando nos conhecemos fomos sinceros um com o outro e eu realmente sei que me ama. Eu sei tudo o que você enfrentou para estarmos juntos, sei o quanto você passou até chegar aqui. E sei também que você não teve culpa.
Me desculpe por ter deixado você plantado fora de casa, mas eu estava magoada e não conseguia pensar em nada a não ser em você todo sujo de batom daquela vadia.
Eu entenderei caso não queira mais falar comigo. Eu peço que me desculpe por tudo o que eu causei a você. Eu entenderei caso não me queira mais na sua vida.

Começo a chorar porque nessas últimas semanas a única coisa que fiz foi isso. Chorar. E chorar alivia.

- Ei. - Gael se aproxima de mim. - Eu sabia que você precisaria de espaço, por isso te deixei ir. Por isso te deixei livre. Eu pensava que talvez você precisasse de um pouco de espaço, e eu também precisava.
Se você realmente sabia que não tive culpa ia querer se encontrar comigo depois, eu entendi mesmo sem você me dizer.
E eu fui na sua casa para conversar com sua mãe sobre o assunto. Perguntei por você e ela me disse que você não queria me ver. E eu entendi.
Eu não posso simplesmente te deixar sair da minha vida porque eu te escolhi Alana. Eu escolhi viver com você e eu sabia que não ia ser fácil. Tudo o que eu mais temia era de você nunca mais querer me ver.

Eu começo a chorar e meus olhos se enchem de lágrimas. E ele sabe que agora as lágrimas não são de tristeza.

- Alana, por favor não chore, estou quase chorando por vê-la assim.

- Eu não estou chorando de tristeza. É de felicidade por saber que eu não perdi você.

- Você nunca vai me perder porque eu me achei em você. Porque eu te amo e porque você me fez ser quem eu sou hoje. Por você eu mudei e quero sempre mudar pra melhor.

- Você me perdoa? - pergunto.

Gael me abraça forte e minhas lágrimas caem em sua camiseta.

- Só se você parar de chorar. - limpo suas lágrimas.

Sorrio.

- Nossa como eu estava com saudades desse sorriso. Aliás, eu estava com saudades de seus beijos. - Gael beija a minha boca.
- Estava com saudades de seu perfume. - cheira o meu pescoço que me arrepia dos pés à cabeça.
- Eu estava com saudades do seu corpo colado no meu. - ele me puxa para mais perto dele.

Nossos corpos sentem o que a distância de dois corpos fazem quando se estão longe um do outro por algum tempo.

Começamos a nos tremer e nos beijar sem parar. Eu não sentia mais minhas pernas. Meu coração estava à mil e nossas respirações confusas. Por hoje era só.

Por hoje nossos corpos falavam entre si de uma maneira mais bela e pura. De uma maneira que nada além importava e que não haveria distância do mundo que separasse duas pessoas que se amavam.

Eu estava feliz. Ele estava feliz.
E era somente isso que nos tornava o casal mais apaixonado dessa noite.

Nossa noite não podia ter sido a melhor. Ele foi perfeito em tudo. Me deixou satisfeita. Estávamos apagados quando ele me acordou com mais uma dose de amor.

- Eu estava com tanta saudades de você minha menina.

Estávamos nus e nossos corpos não podiam estar perto sem estarem conectados. Toda vez que nossos corpos ocupavam o mesmo espaço era difícil de controlar a vontade de estarmos fazendo amor.

Gael me beija os pés, me beija as pernas, beija seu lugar favorito. Me faz ficar quente de novo.

Ele fica de joelhos no chão com o rosto enfiado ali entre minhas pernas. Eu sei o que está para acontecer e por isso já fecho os olhos porque estarei apreciando os momentos de tesão e prazer que começarão quando ele se posicionar ali com sua língua entre minhas pernas.

Abro as pernas um pouco mais e ele com suas mãos alisando-as me deixa sem ar. Tento não abrir os olhos mas é quase impossível sentindo cócegas por estar ali naquele lugarzinho tão sensível. Prendo a respiração.
Solto o ar quando ele libera a língua. Mais uma vez volto a prendee o ar. Ele passa a mão como quem não quer nada. Só alisando o lugar favorito dele.

Tento não abrir e nem piscar os olhos.
Ele coloca a língua mais uma vez e começa os movimentos me fazendo gemer na mesma hora. Gael na cama é 100% maravilhoso, mas isso o que faz com a língua é perfeito. Eu sinto minhas pernas começarem a tremer, sinto meu coração quase sair pela boca.

Seguro o colchão com minhas mãos com a únicas forças que me restaram, porque o prazer chega a ser doloroso de tão prazeroso que é e eu amo isso.
Gael sabe fazer isso como ninguém, seu jeito suave e que às vezes agressivo me deixa molhada.
E ele disse que de todas as mulheres que ele saiu na vida eu sou a mais completa.

Gemo e gemo alto. Não consigo controlar porque o som sai sem nem avisar. Eu não consigo controlar meu corpo e minhas pernas tremem muito. E sinto que estou quase chegando lá. Gael vai mais rápido e isso me deixa mais louca.

Agora entra em mim com paixão e rapidez mas inda assim deixa sua mão ao invés da língua. E só bastou isso para que eu explodisse pela quinta vez.

Quero Te Fazer Minha COMPLETOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora