Desejo Arrebatador - Trilogia Homens Apaixonados - Livro 2

Capítulo 4

Beatriz Lobo

Eu estou muito feliz com o que está acontecendo, mas também estou apreensiva. Marcelo é uma pessoal de pavio curto e bipolar. Tenho medo dele me tratar bem hoje e amanhã nem olhar na minha cara direito.

Eu não queria tratar Yuri mal, mas ele nem me conhece direito e acha que pode me controlar? Tá enganado! Depois de entrarmos no seu carro Marcelo liga o som onde está tocando Seu Jorge.

Temos rotas a seguir
Podemos ir daqui pro mundo
Mas quero ficar
Porque
Quero mergulhar mais fundo

Só de me encontrar
Com seu olhar
Já muda tudo
Posso respirar você
Eu posso te enxergar
No escuro

Tem muito tempo na estrada
Muito tem
E como quem não quer nada
Você vem
Depois da onda pesada
A onda zen
É namorar na almofada
E dormir bem

Foi o seu olhar
O que me encantou
Quero um pouco mais
Desse seu amor.

Eu noto que ele fica incomodado com a música, mas não troca.

-Se quiser mudar pode mudar. - digo a ele.

-Não se quiser pode continuar ouvindo, eu só... Só não gosto dessa música. - sussurra. - Só não me trás boas recordações.

-Eu sei... Eu entendo você! - olho pra ele. - Sempre tem uma música na nossa vida, que lembra situações ruins... É natural Marcelo.

-Sabe o que é engraçado? Que ela não se torna tão insuportável, com você ouvindo comigo. - ri. - Se eu tivesse sozinho já teria tirado.

-Eu não vou perguntar pra você, mas quando quiser contar o que te atormenta... Eu estou aqui. Como eu disse não sou e nem nunca fui sua inimiga.

-Eu sei, Bia.

Assim que chegamos na sua casa eu fico espantada só com o lado de fora.

-Uau!

-Gostou? Eu dei uma festa aqui no meu aniversário mas você não veio.

-Claro! Nós não estávamos bem, eu iria vir pra que? Pra ver você cheio de puta ao seu redor? Não, obrigada! - digo com acidez.

-Eu sei... Vamos entrar!

Até agora eu não faço a ideia do porque estou aqui.

Nós entramos e ele nós leva pra uma sala grande e espaçosa.

O que o dinheiro não faz...

-Muito lindo... - volto a olhar pra ele, depois de analisar a sala.

-Quer beber alguma coisa?

-Um suco, pode ser?

-Vou pedir.

Ele sai e me deixa naquela sala enorme, que é maior que meu apartamento se duvidar. Ele volta bufando.

-Que foi?  -pergunto vendo sua cara amarrada.

-A filha da minha empregada tá aqui hoje, menina irritante.

-Já transou com ela? - pergunto friamente.

Ele me olha assustado.

-Beatriz ela tem dezesseis anos, não sou louco. - diz a mim. - Ela dá em cima de mim, como a mãe também.

-Nossa! A filha deve ter a quem puxar... E a mãe? Você não pegou?

-Aquela velha? Que nojo, Bia. - diz fazendo careta. - Você não tem boa impressão de mim né?