Capitulo 24

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-Foi uma longa história... - eu disse.

-Temos tempo - o pai da Lee disse.

-Sabe, eu não quero ser desagradável, mas não quero falar disso, se não se importar - eu disse, para que o pai da Lee se "cala-se", pois as lágrimas já se começavam a formar nos meus olhos e não ia aguentar a humilhação de chorar em frente aos pais dela.

-Foi uma coisa assim tão má para não poderes falar? - ele perguntou.

-Pai, não achas que eles terem falecido já é mau demais? - ela disse-lhe irritada.

-Eu acho que não tem mal nenhum ele contar-nos a razão da morte dos seus pais... Se morreram é porque alguma coisa fizeram, de doença não foi de certeza pois não teriam morrido os dois ao mesmo tempo...

Mas quem é que ele pensa que é para falar assim dos meus pais?

-Desculpe, mas você não me conhece nem à duas horas para estar a falar assim da minha familia - as lá grimas já teimavam em cair, boa...

-Um homem não chora, por muito que queira... Tu não tens atitudes de homem rapaz - ele continuou.

-Para mim chega - disse levantando-me.

-Sabes pai, para mim acabou... Pensei que desta vez ia ser diferente. Passas-te dos limites. - ela levantou-se e veio atrás de mim. Nunca devia ter vindo a este jantar, nunca devia ter concordado com isto.

-Jason, ela tem razão, passas-te das marcas com o rapaz - ouvi a mãe da Lee dizer, quando já estava prestes a sair da grande sala.

Dirigi-me até ao jardim e sentei-me. Finelmente pude descarregar toda a tristeza que sentia dentro de mim. Senti alguém sentar-se ao meu lado e só podia ser a Lee. Olhei para ela com os olhos vermelhos.

-Estás bem? - ela perguntou-me.

-Claro que estou Lee, o teu pai insultou os meus pais, julgou-os sem os conhecer e continuou a falar deles mesmo depois de eu ter dito que não queria falar do assunto e ainda me insultou também, mas eu estou ótimo - disse irónico.

-Desculpa, eu nunca pensei que ele fosse dizer aquilo...

-Eu nunca devia ter concordado em vir.

-Fui eu que insisti.

-Eu quero ir embora, vou de táxi...

-Eu vou contigo - eu interrompia.

-Não, tu vais ficar aqui com a tua familia, vais almoçar calmamente com eles e vais fingir que eu nunca estive aqui.

-Mas...

-Não Lee, eu quero ficar sozinho. - levantei-me e comecei a caminhar até ao portão.

-Niall?

Olhei para trás. A Lee correu até mim e deu-me um abraço sussurando um "desculpa". Eu assenti e abracei-a de volta. Saindo daquela casa a que espero nunca mais voltar.

#Lee P.O.V#

Depois do Niall sair voltei para dentro e fiz o que o Niall me pediu, fingir que ele não tinha lá estado, o que foi impossivel porque toda a gente começou a perguntar por ele.

-Onde está o Niall, querida? - a minha mãe perguntou.

-Foi para casa...

-Que rapaz mais insulente e mal educado - ouvi o meu pai murmurar.

-Não pai, se há alguém mal educado aqui és tu - gritei.

-Não falas assim para mim - gritou também.

-Falo sim, tu és mal educado e mal agradecido. Nunca devia ter trasido o Niall aqui. Só o trouxe para vocês o conhecerem pois não queria esconder-vos nada. Mas como sempre é impossivel.

-Não tenho culpa que tu só escolhas rapazes que pensam que são os maiores, sem cultura nenhuma e que não sabem o que é ser uma pessoa civilizada.

-Ele é que não sabe? Ou será que és tu que não sabes?

Por esta altura, já tinhamos a familia toda a olhar para nós incrédula.

-Já chega de discussões - a minha mãe repreendeu.

-Não, não chega. O pai tem que perceber que não é o centro do universo. O Niall é um rapaz espetacular e eu nunca gostei de ninguém assim, ele mudou-me muito e eu amo-o acima de tudo, mas pelos vistos o pai não percebe isso e só se interessa se eu tenho namorados ricos ou pobres. Para ele até podia ser o maior terrorista do mundo, mas se tivesse dinheiro que o pai pudesse usar para comprar os seus carros de luxo e os fatos carissimos, não se importava.

Mal acabei de dizer isto, o meu pai levantou-se e deu-me uma estalada. Nunca me tinha batido, nunca me tinha desiludido tanto na minha vida. Em frente à minha familia toda que agora olhava estupefacta para nós. 

-Isto é para tu aprenderes a ter mais respeito por mim que sou teu pai. - ele disse entre dentes.

-Ai é? Eu ODEIO-TE - grite-lhe e saí dali.

Fui para a casa de banho e sentei-me no chão a chorar. O meu pai nunca tinha sido assim comigo, nunca me tinha tocado com a ponta do dedo sequer. Nem para um abraço. A verdade é que eu creci sem carinho. O meu pai só pensava em dinheiro, e eu sei que ele batia à minha mãe. Ela não o contrariava porque tinha medo dele, mas espero que ela agora perceba que ele é um monstro. Nunca pensei vir a pensar isto do meu pai por causa de um rapaz, principalmente do Niall. Pode parecer exagerado, mas eu não me arrependo de nada do que lhe disse, pois descarreguei tudo o que já guardava à muito tempo.

Sempre foi assim, o meu pai nunca gostou que eu tivesse namorados e arranjava sempre maneira de me afastar deles. Criticava-os como fez com o Niall e eles afastavam-se de mim. Muitos deles nunca mais os cheguei a ver.

Estava nos meus pensamentos, quando batem à porta.

-Dexem-me em paz - eu disse com a voz trémula.

-Fala comigo Lee, deia-me entrar... - conheci logo a voz. Era a minha avó. Ela podia ter quase 90 anos, mas é um poço de sabedoria. Ela tem sempre conselhos para tudo e não é nada comparada com os meus avós paternos, que são iguais ao meu pai. Deixei-a entrar, pois sei que posso confiar nela e que ela me irá ajudar muito.

Capitulo violento :ooo Como acham que vai correr a conversa com a avó?

Eu sei que disse que no capitulo 25 ia haver uma surpresa, mas não vai poder ser, porque esta parte da história demorou mais do que eu estava à espera e então vão ter que esperar mais um bocadinho :s Votem e comentem please *-* Conseguimos 15 votos neste capitulo?

#Lúú

She love me... But she hate me (Niall Horan Fanfiction Português)Where stories live. Discover now