Capítulo 10

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Este capítulo contém cenas de violência explicita!!! 

- Helen

Não sei como fui capaz de o fazer, mas eu contei ao Joe tudo o que sabia, aquela cabra irritante merecia, eu passei muito na vida para chegar até onde cheguei e não interessa quem ficou pelo meio. O Daniel, a Lily e agora a Ginni.

O quê? Julgavam que a Lily se foi embora só porque sim? Digamos que me apetecia ter por perto o Daniel sem ter de ver se a Lily estava no local, pois eles gostavam-se. Foi tão fácil!

E com a Ginni está a ser igualmente fácil, e como eu conheço o Joe isto não vai passar só de uma discussão.

- Ginni

- Posso saber o que fazes no colo desse merdas? – Olhamos para a entrada e vimos o Joe mais furioso do que nunca. Senti um arrepio pela minha coluna pois sabia que isto não ia ficar por aqui.

- Joe, não é nada do que parece. – Eu e Calum levantamos-nos, mas ele manteve-se perto de mim. Eu nem queria imaginar no que Joe é capaz de fazer.

- A mim parece-me que tenho um par de cornos. - Ele atirou-se para cima de Calum desatando ao soco, apanhando-o desprevenido. Eu gritava e puxava o Joe numa tentativa de os separar, puxava o cabelo e batia nas suas costas para que ele deixasse Calum, mas era impossível, ele estava cego de maldade.

Quando finalmente deixou de bater em Calum, que já estava zonzo o suficiente para não se conseguir levantar com o rosto inchado cheio de cortes, pegou em mim pelo braço e arrastou-me até casa.

- Estás a magoar-me, larga-me. – Gritei-lhe assim que entramos em casa. Eu estava desesperada, não fazia ideia do ele me iria fazer a seguir, mas temia o pior. Entre lágrimas e gritos ele arrastou-me até ao meu quarto, no meio do corredor passamos pela Helen.

- Ajuda-me, Len! – Supliquei-lhe aos prantos do meu desespero. Mas ela apenas se riu na minha cara, foi aí que fiquei a perceber o que me rodeava, durante este tempo todo foi a Helen que me levou ao fundo, com os seus conselhos derrotistas, com as sabotagens discretas, foi ela que me trouxe até aqui!

Senti as minhas costas baterem contra o colchão da minha cama, olhei para Joe que tinha um olhar negro numa mistura de raiva e desejo de vingança, foi a partir desse momento que fiquei a saber o que vinha a seguir.

Ele debruçou-se sobre o meu corpo e agarrou no meu rosto com brutalidade, as lágrimas não paravam de cair e uma dor enorme crescia no meu peito.

- Se te tivesses portado bem eu não teria de te castigar! – Deu-me um estalo na cara, fazendo com que a mesma chocasse contra o colchão, soltei um berro que o fez ficar mais irritado. – Está caladinha se não as coisas pioram.

Ele abriu o botão das minhas Jeans e colocou a mão no interior das minhas cuecas, colocou dois dedos na minha intimidade e eu gritei por ajuda. Remexi-me na cama numa tentativa de o fazer para.

- É assim que fazes quando pensas nele, sua burra? – Não lhe respondi, limitei-me à minha insignificância enquanto mulher que permite que um homem a trate desta forma. Ele agarrou nos meus cabelos e puxou-os sem dó, mantendo a outra mão no meu interior. – É? Responde, cabra.

No momento em que ele ia para desapertar as calças, a porta abre-se num estrondo revelando Luke e Calum com a cara completamente desfeita. Luke agarrou em Joe e atirou-o contra o roupeiro fazendo com que ele caísse no chão e pontapeou a barriga dele.

- Nunca mais ouses tocar na minha irmã, ouviste? – Luke gritou-lhe ele apenas gemeu de dor. Calum apressou-se a vir até mim e sentou-se ao meu lado na cama.

Eu apenas me mantive encolhida abraçada aos meus joelhos, ele abraçou os meus ombros e puxou-me com calma para o seu peito, lá chorei toda a minha dor.

- Desculpa, Gin. A culpa disto é toda minha! – Sussurrou Calum para que só eu pudesse ouvir. Agarrei-me com mais força à sua t-shirt, cada gemido de dor que o Joe soltava era como se me dessem uma facada na alma, não porque ele não merecia a surra que estava a levar, mas sim porque cada som que ele emitia dava-me raiva por saber que ele ainda respira.

- Leva-me daqui, por favor. – Pedi entre soluços. Ele agarrou em mim ao colo e levou-me até ao carro. Deitou-me no banco de trás, colocando a minha cabeça no seu colo. Ele passava as mãos pelo meu cabelo, acariciando-o.

A última coisa de que me lembro antes de adormecer, foi de ver Luke a arrastar uma mala provavelmente com algumas coisas minhas no seu interior.

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Young Spirit | C.H.Where stories live. Discover now