Capítulo 04

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- Ginni

O resto da semana foi passado na paz e no sossego.  Sábado também passou depressa, fui ao cinema com o Joe e depois fui ao Centro Comercial com a Helen.

{...}

Acordei com a boca seca às 4h da manhã, desci até à cozinha bebi água e quando ia a voltar para o quarto ouço baterem à porta.

Agarro no taco de baseball, estamos em NY nunca se sabe. E abri a porta. Fiquei chocada, era Calum com uma garrafa de Vodka na mão, vê-lo naquele estado era deplorável.

- O que fazes aqui? - Perguntei-lhe e segurei-lhe os ombros para ele não cair.

- N-não sei... - Ele tentava levar a garrafa à boca mas eu não deixei. - Tenho tantas saudades tuas!

- Não!

- Posso entrar tenho sono. - Ajudei-o a subir o pequeno degrau e levei-o para o meu quarto deitei-o na cama e tirei-lhe as botas.

Deitei fora a garrafa de Vodka.

Fui para o quarto do Joe com intenção de dormir lá mas este tinha a porta trancada, fui então para o sofá da sala.

Mandei mensagem ao Luke:

Eu: Estão NY? Porque não me avisas-te?

Luke: Desculpa queria fazer-te uma surpresa amanhã, mas como sabes?

Eu: O Calum apareceu bêbado à porta de minha casa.

Luke: Queres que o vá buscar?

Eu: Amanhã de manhã, ele agora tá a dormir.

Luke: Sê forte mana!

Bloqueio o telemóvel e fui até ao quarto de Helen. Ela dormia em coxinha com o Daniel até tive pena de a acordar.

- Len! Acorda! - Sussurrei no seu ouvido. Ela franziu a resta e abriu os olhos.

- Passa-se alguma coisa para me tares a acordar a estas horas? - Perguntou esfregando os olhos.

- O Calum está no meu quarto a dormir, apareceu aqui bêbado. O que eu faço agora? - Perguntei aflita.

- O quê? - Perguntou incrédula.

- Preferes que te faça um desenho?! - Ela levantou-se e eu puxei-a até ao meu quarto. Entramos as duas com cuidado para não o acordar.

- Aí o Joe! - Levou as mãos à cabeça.

- Ajuda-me! - Supliquei.

- Okay! Amanhã quando o Joe acordar eu digo que não te sentes bem e que não queres ver
NINGUÉM, provavelmente ele vai trabalhar e só volta depois da hora de almoço, e tu aproveitas esse tempo para tratar do Calum. - Assenti.

- Parece-me bem. - Concordei.

- Como te sentes? - Passou a mão pelo meu braço e abraçou-me.

- Se queres que te diga nem sei, foi tudo tão rápido. - Abracei-a com mais força.

- Anda vamos. - Fomos até à cozinha, parti duas fatias de bolo que fiz para o lanche e coloquei em dois pratinhos entreguei-lhe um e começamos a comer e a conversar, contei tudo mas mesmo tudo o que eu e o Calum vivemos juntos.

O relógio dava as 6h da manhã e eu e a Helen estávamos no sofá a ver um filme qualquer, que sinceramente não prestei muita atenção só conseguia pensar no Ser que está deitado no meu quarto, Ser esse que ainda amo passado estes anos todos.

- Gin. - Virei-me para trás, o Calum estava a uns metros atrás do sofá. - Podemos falar.

Olhei para a Helen ela assentiu e sussurrou um força.

- Claro. - Levantei-me, passei por ele e fui em direção à cozinha, ele seguiu.

- Desculpa por ontem, eu sei que fui um idiota, sinto-me tão mal. - Confessou.

- Não tens que pedir desculpa, estavas bêbedo. - Tentei sorrir, mas era quase impossível.

- Às vezes gostava que fosse tudo como d'antes. - Rodeou o meu rosto com as mãos e encostou as nossas testas.

- Pois, mas as coisas mudaram. - Uma lágrima escorreu pela minha bochecha.

- Isso não quer dizer que eu não vá lutar por nós? - Questionou. 

- Por favor Calum, eu chorei meses a fio quando me fui embora e se realmente voltarmos a ser o que era, tinhas de te de ir embora. - Fechei os olhos numa tentativa de recolher forças.

- E se desta vez fosses comigo? - Perguntou quase suplicou.

- Posso saber o que fazes agarrado à minha namorada? - Ouvi-se o Joe.

Aí aí! O senhor Calum foi apanhado! 

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Young Spirit | C.H.Where stories live. Discover now