Sweet | Matze Ginter

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- Cadê a receita?

Ela apontou para o celular. Ginter rapidamente desbloqueou o aparelho e passou o olho no pequeno texto. É claro que Carol não poderia ter escolhido uma receita mais fácil.

- Já derreteu o chocolate?

- Tem que derreter? Achei que era apenas colocar por cima!

- Acho que a melhor perguntar vai ser o que você já fez.

Carol amarrou o seu cabelo em coque solto, fazendo com que a farinha e o resto de massa se espalhasse mais ainda pelo seu corpo.

- Coloquei a farinha, o açúcar e o leite.

- Acho que achei o problema.

- O que? - Ela olhou assustada, com a certeza que sua ideia de fazer biscoitos estava fracassada.

- A receita manda separar os ingredientes primeiro. Os secos dos molhados. Mas não tem problema, conheço uma receita que fará o seu erro em um excelente cookie de natal.

Matze arregaçou as mangas do moletom amarelo. Ele nem se quer havia trocado de roupa. Apenas lavou as mãos na torneira da cozinha e rapidamente foi ao socorro de sua namorada.

- Mas ele vai ter como fazer desenhos?

- Desenhos?

- É. Árvores de Natal, Papais Noéis. - Carol abriu o celular novamente, mostrando para o namorado o que estava em sua mente.

Ginter sabia que para fazer aquele formato desejado seria necessário algumas formas de corte. Por sorte, ele havia herdado algumas de sua avó. Talvez não ficasse como a namorada queria, mas com certeza era melhor do que os biscoitos redondos sem graça.

- Vai no meu quarto e busca uma caixa verde que está na parte de cima do armário por favor.

Carol simplesmente obedeceu o namorado, sem questionar o objetivo daquilo.

Enquanto isso Matze acrescentou mais farinha a mistura, assim como os ovos demais ingredientes. Pelo menos Carol havia sido inteligente o suficiente de pegar o chocolate branco e não o preto.

A garota voltou a cozinha com curiosidade sobre o que havia na caixa, mas a massa já estava pronta e era olha de esticar.

- Agora vou deixar você brincar porque se eu fazia isso com quatro anos não é possível que você não de conta.

- Você está me subestimando Matthias Ginter.

- Não. Apenas te conheço.

Eles trocaram um beijo.

Ele pegou a massa e explicou para ela como abrir e a espessura correta para cortar os biscoitos.

- Não pode ficar muito fino se não o biscoito fica quebradiço.

- Estou fazendo certo? - Ela pegou no rolo insegura do que fazer.

Ele a abraçou por trás e juntos abriram a massa.

- É só não pressionar a massa. Ela se molda sozinha.

- E como vamos fazer os formatos?

Ginter riu. Sua namorada era ansiosa para que as coisas saíssem exatamente como ela imaginara. Com o tempo ele havia se acostumado com esse imediatismo dela, e era algo que ele não conseguiria mais viver sem.

- É para isso que te pedi para pegar a caixa. - Lentamente ele abriu a embalagem exibindo diversos cortes para os biscoitos. - Minha avó me deixou essa caixa como parte da sua herança. Cada neto recebeu um pedacinho dela, e, como eu sempre era o companheiro de cozinha, fiquei com os cortes de biscoito.

Havia os mais diversos formatos com as mais diversas temáticas. Natal, páscoa, aniversários e até ursinhos que pareciam personagens de desenho animado.

Carol ficou encantada. Ela jamais imaginaria que era assim que seus biscoitos favoritos eram feitos. Talvez ela realmente estivesse perdendo algumas coisas com a sua mania de evitar a cozinha.

Eles escolheram temas natalinos e logo a primeira fornada estava saindo.

- Você vai querer fazer a cobertura?

- Claro!

Matze pegou uma pequena panela e colocou o chocolate branco.

- Derrete ele em banho maria, sempre mexendo tomando cuidado para não queimar.

- Mas e as cores?

- Você está muito ansiosa Carol Bömmer.

- Eu sou ansiosa Matthias Ginter.

- Você vai derreter o chocolate e depois iremos colorir separadamente.

Ele foi indicando a ela todo o processo, tendo a maior paciência com o passo a passo.

O chocolate derretido, os potinhos separados, as cores misturadas. Os saquinhos para confeitar, o bico específico, e até mesmo deixou que ela determinasse qual a hora certa de tirar os biscoitos do forno, apesar de ter quase queimado a primeira formada.

Carol descobriu que cozinhar não era tão difícil assim, principalmente quando era algo que estava com tanta vontade de comer.

E ela sabia, que sempre que tivesse em dificuldades, teria Ginter ao seu lado. Um sempre apoiando o crescimento do outro.

A noite terminou no sofá, a Netflix ligada, alguns farelos de biscoitos e as roupas jogadas no chão.

Era assim que Carol Bömmer e Matze Ginter funcionavam. A dinâmica dos jovens que ainda teriam muito o que aprender, mas tinham um no outro a certeza que não estariam a sós.

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Nota da Autora: Estava a um bom tempo querendo escrever algo com o Ginter. Eu adoro ele, acho tão fofinho. Espero que vocês tenham gostado.

Home está com quase 30K, e quando chegar a essa marca, farei um pequeno concurso. Quem quiser participar, já estra no grupo do meu facebook e fique atento. (link da bio)

Beijos e até a próxima!

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