Capítulo 6 - Bêbados.

505 68 13
                                    

Provavelmente alguns de vocês estão se perguntando o que Dan fez de tão grave, e provavelmente alguns de vocês já sabem. Canalhas não sabem gostar de alguém. Lembrem-se disso.

8 de fevereiro.

A festa era uma daquelas tipicas de adolescentes rebeldes, e era na casa de uma das vadiazinhas da fraternidade.

Você chegou e todas elas olharam pra você, e pra mim. Eu te acompanhava, e obviamente, era isso que elas queriam.

— Por favor, me responda, o que eu tô fazendo aqui?

Eu sussurrei no seu ouvido, o mais baixo possível.

— Me acompanhando. Ficou acanhada?

— Me poupe.

Você me pediu pra esperar um pouco, e foi pegar as bebidas. Eu sentei perto de uma piscina, e vi uma loira mega (mega mesmo) peituda quase jogando os peitos no seu rosto.

O cabelo dela ia até a bunda, era um aplique muito bem feito e ela era muito desses seus tipinhos. Eu ri daquela situação, fala sério. Eu não esperava algo diferente de você, e você sabia muito bem disso.

Acho que foi exatamente por isso que você empurrou a loira pro lado, e caminhou sorrindo pro meu lado. Me entregou a bebida e coçou a nuca.

— Algum problema?

— Tem algum pra você?

— Claro que não, Dan.

— Isso é um problema.

Eu não entendi, e franzi a testa. Era estranho o modo como você se comportava às vezes, quando estava perto de mim, acho que foi por isso que eu perdi tanto a cabeça.

— Você viu aquela menina chegando em mim?

— Vi, eu não sou cega.

— Você ficou com ciúmes?

— O QUE?

Eu gritei, e comecei a rir. Você se manteve sério, sua boca se fechou e você fez uma cara de decepção. Eu sei, era tudo parte do seu planinho ridículo.

Um planinho que você já tinha feito com tantas outras, e eu não era diferente. E não adianta você me ligar agora e me dizer que eu era. Você teve 15 chances de fazer isso. E, bom, você não fez.

— Quer um cigarro?

— Eu não fumo, Dan.

— Mas eu fumo.

Você saiu rápido, coçando a cabeça e balançando ela negativamente.

1:00 AM.

Você sumiu por umas meia hora, e eu fui dar uma volta. Um moreno, alto, mais forte do que eu estava acostumada a trombar, me parou.

— Ei... Você é a nova namorada do Dan?

— Não.

— Logo suspeitei.

— Por que?

— Você é diferente... Enfim, eu sou Marcos.

— Eu sou Juliet.

— Eu sei. Quer pegar um ar?

— Claro.

Eu caminhei com o tal de Marcos até o jardim, e ele ia me jogando aqueles papinhos qualquer de um garoto qualquer quando quer pegar uma garota que ele achou interessante. O que eu não era, de jeito nenhum.

Você chegou e me puxou.

— O que você tá fazendo?

— O que VOCÊ tá fazendo?

— Conversando, e olha só, não estou gostando do seu tom.

— Juliet, eu tenho que te falar uma coisa.

Você pausou. Fechou os olhos. Respirou fundo, contou até três baixinho.

Um, dois... dois... três.

— Eu acho que tô meio, sei lá... Acho que eu tipo, sabe?

— Não, não sei.

— Eu gosto de você.

Você travou, eu recuei. Eu não aceitava a ideia de que você podia gostar de mim, eu nunca aceitei.

— Eu preciso... Ir pra casa.

— Só isso que você quer me dizer?

— É.

Você me deu as costas, e eu sentei no gramado, acho que fiquei pensando na merda que eu fiz. Eu levantei dez minutos depois, e sai te procurando pra tentar consertar as coisas.

1:30 AM.

Eu te achei, e achei aquela loira peituda também. Você beijava ela com todo ar que você tirava, você estava sem fôlego e ela também. Mas ela gostava, e aposto que você, no fundo, também.

Você me viu. Levantou correndo e deu um meio sorriso.

Eu sorri de volta. É, isso mesmo. Eu sorri porque não podia deixar você saber que havia acabado de destruir qualquer esperança que eu tivesse que você pudesse mudar um pouquinho.

Eu te deixei lá. Eu te larguei pra trás, sem pensar em como seria ir pra casa sozinha na segunda-feira.

Peguei um táxi e a única coisa que eu queria era esquecer a porra dessa noite que você destruiu todas as porras de planos que eu já tinha pra você.

Seu filho da puta.

4:30 AM.

Eu não consegui dormir naquela noite. Os meus pais estavam viajando, então a casa era minha o final de semana inteiro.

Você ligou 5 vezes pro meu celular e eu agi como se nunca tivesse nem anotado seu número nele. Era só mais um número desconhecido ligando.

Você me mandou uma sms no whats app.

Até que eu ouvi três batidas na porta e duas tocadas na campainha

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Até que eu ouvi três batidas na porta e duas tocadas na campainha.

Você teve a coragem de aparecer bêbado na minha porta, Dan, e eu e você nunca poderíamos ter dado certo por isso.

Porque eu nunca poderia te perdoar e te deixar entrar.

E eu perdoei.

Aí vai o 6 motivo pelo qual não demos certo: Eu gostava muito de você.

15 Motivos Pelos Quais Não Demos CertoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora