Margot é uma adolescente de 17 anos, acabou de se mudar para Florianópolis, mas as mudanças só estão começando, na escola nova além de aprender um novo idioma ela também aprende um pouco sobre o amor, Margot se Apaixona por seu professor de Espan...
...meu querubim abre o portão e eu cai desequilibrada dentro de sua garagem, foi o tombo mais feio da minha vida, tinha que terminar nos pés da única pessoa no mundo que me deixa sem graça a ponto de pagar todo o INSS dos macaquinhos com meus micos intermináveis, fiquei imóvel por uns segundos o que eu ia dizer a ele depois dessa, no mínimo ele iria me perguntar se eu tinha tomado minha dose de remédios do dia, ou me confundi e tomei a dose da semana toda.
Quando muito gentilmente ele estende sua mão forte que por sinal é bem quente e me levanta do chão eu fiquei olhando para ele enquanto ele me levantava ele me ergueu como se eu fosse uma folhinha seca.
- Me desculpe professor eu estava bisbilhotando, digo, é claro que eu não estava bisbilhotando, eu jamais faria isso eu...
Não parava de tagarelar, e como ele não disse nada eu continuei tagarelando...
- Fiquei um pouco curiosa para saber quem morava aqui por que eu estava passando um dia desses e...
E eu fui interrompida por ele. Graças e Deus!
- Sim eu sei, vi vocês passando aqui na frente um dia desses, eu ia te dizer isso na sala de aula, mas você ficou tão vermelha que eu pensei que você ia explodir e eu não queria me sentir responsável pela sua explosão, por isso eu não falei nada, mas não se preocupe, eu não fiquei chateado de te pegar no pulo, ou na queda...
Nessa hora eu dei uma olhadinha para trás e vi os melhores irmãos do mundo, eles estavam gargalhando tão alto que eu poderia ouvir até da escola, o Rafa simplesmente estava segurando a barriga, pois ele ria tanto que sentia dor, eu comecei a ficar vermelha de novo, meu rosto queimava, como eu odiava isso, um homem feito na minha frente e eu me comportando como uma menina de oito anos ... Ah! Eu quero morrer.
Eu nem ri da piadinha do professor que estava tentando descontrair, eu ainda estava muito sem jeito, enquanto limpava os joelhos e batia na minha roupa o Professor acrescentou...
- Margot, não precisa ficar sem graça você é curiosa e isso é bom, quer dizer que você quer saber de tudo, e isso também é sinal de inteligência, não fique preocupada eu não me incomodei só assim consegui falar com você de onde te conhecia, somos vizinhos isso não é bom?
A pior coisa que alguém pode dizer a uma pessoa que está sem graça é pedir para ela não ficar sem graça.
Quer dizer que ele é meu vizinho? Ideias não param de surgir eu acho que vou pedir para a Mamãe um telescópio quem sabe consigo vê-lo saindo do banho só de toalha, e a partir de hoje lavar o quintal de camiseta e moletom com o cabelo sem pentear, nunca mais!
- Ah sim sem dúvidas Professor eu adoraria ter você aqui perto de mim, quer dizer é bom saber que você mora perto de mim, assim posso saber minhas notas com antecedência é só espiar você corrigindo as provas.
Dei um risinho que saiu do fundo da garganta e que saiu tão fino que quando eu ouvi eu parei na hora será que ele percebeu? Bom de todo jeito eu preciso treinar umas risadas melhores para ocasiões como essa.
- Sim claro - ele riu, não sei se foi da minha risada horrorosa - ou então se você tiver alguma dúvida você pode me procurar para esclarecer e não precisa bisbilhotar pode apertar a campainha que eu atendo você com o maior prazer.
E o prazer é todo meu!
- Poxa Professor obrigado, mas não tenho dúvidas pelo menos por enquanto.
Sim eu quis impressiona-lo.
- Ah não me diga, Tú hablas Español?
- Claro que não Professor, eu arranho no português que dirá espanhol.
Dessa vez eu mandei bem e ganhei um sorriso lindo com direito a uma quase gargalhada, com jogadinha de cabelo para traz é a risadinha mais linda que eu já vi, por que ele tem que ser tão perfeito!!
- Sem dúvidas nenhuma cara Margot, vai ser uma honra ter você e seus irmãos - ele deu uma olhadinha por cima dos meus ombros e acenou para os melhores irmão do mundo, que ainda riam de mim - aqui em casa um dia desses me presenteando com sua companhia.
- Professor já que vamos ser melhores amigos de infância, eu tenho que te dizer uma coisa muito séria.
Tham, tham, tham...
- Pode dizer Margot.
Senti uma pontada de curiosidade em suas palavras.
- Professor eu odeio esse nome e todos os meus amigos me chamam de Má, só Má, você poderia se juntar a esse grupo? Claro que na hora da chamada eu não me importo, mas no restante pode ser só Má?
- Claro Má, sem problemas nenhum, que susto você me deu era só isso?
- Sim, claro Professor, eu acho que já vou não quero mais incomoda-lo.
- Má, vamos agora? Já estou com fome. - Disse o Rafa -
O Rafa é realmente um meninão.
- Já vou Rafinha.
- Nossa que garota responsável, é você que cuida de seus irmãos, que bonito Má.
- É uma longa história, explico depois Professor, nos vemos por aí.
Ai Meu Deus! Como assim?
Ele me chamou de Má, Nem consigo acreditar nisso.
Fomos para casa e depois de fazer tudo que eu tinha que fazer inclusive paparicar minha Mamãe cansadinha eu fui dormir.
***
Que lugar é esse? É tudo tão branco e tão claro que roupas são essas? Parece que eu estou vestida apenas com véus de seda branco, e essa névoa que dá um ar de mistério, cadê a minha Mãe e meus irmãos estamos sempre juntos que quando estou sem eles parece que estou sozinha no mundo e eu odeio me sentir assim.
- Olá! Tem Alguém aí?
- Tem sim.
Conheço esse sotaque, será que ele está aqui? Não pode ser possível.
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