30 Dias (Em pausa)

✿Dia 6✿

- O que você disse mãe? - falo surpresa.

- Os cientistas disseram que está bem perto, eles já fizeram os testes no ratos e o tumor está diminuindo, mas depois de um tempo o remédio para de agir e o tumor volta a crescer.

- Isso já é uma ótima noticia, filha! Estão bem perto agora - disse meu pai com uma cara alegre.

- Nunca imaginei que eles realmente chegaria perto - falo ainda surpresa com a notícia.

- Bom dia Kataryne! Vim te visi... tar... - disse Thomas aparecendo na porta e sendo surpreso por meus pais estarem ali, principalmente pelo meu pai estar junto. - Desculpe... acho que não vim em uma boa hora.

- Não, tudo bem Thomas, pode entrar. Quero que você conheça uma pessoa - disse minha mãe. - Thomas, esse é o meu marido Carlos, pai da Katy.

- Bem, é uma honra conhece-lo senhor - diz Thomas estendendo a mão.

- Prazer em conhece-lo, Thomas - disse meu pai pegando em sua mão. - Então... é você o amigo da minha filha, eu queria mesmo conhecer você. Que bom que veio, eu adoraria conversar com você agora mas preciso ir, tenho que voltar para o meu trabalho. Nos encontramos em uma outra hora.

- Claro! Adoraria revê-lo outra vez, senhor.

Meu pai se despede de mim com um beijo na testa e vai embora, começo a rir da cara de assustado do Thomas e logo em seguida falo - Você precisava ver a sua cara, Thomas.

- Pois é, me pegou de surpresa - disse Thomas após respirar fundo. - E ele é bem grande, não?!

- Não se preocupe, Carlos é uma boa pessoa. Agora que ele viu você ele vai ficar mais tranquilo por ter conhecido o amigo da Katy. Bem... eu vou indo também, tenho algumas coisas para fazer em casa, até logo minha filha - disse minha mãe.

- Até logo mãe!

- Tchau Thomas! - disse minha mãe dando tapinhas em seu ombro.

- Tchau, senhora Müller. - diz Thomas. - Então... parece que estava acontecendo algo bom aqui, o que é?

- Bem, uns cientistas contratados pelo meu pai estão perto de achar uma possível cura para mim.

- Isso é bom! Mas esperai... cientistas contratados? - disse Thomas se sentando na cama.

- Bem... pode-se dizer que a minha família é bem sucedida na vida. Você não conheceu a minha mãe nem por um instante?

- Sua... sua mãe? Ela é famosa?

- Bem, sim! Ela é uma Cantora. Uma cantora já aposentada, ela á Belatriz Müller. 

- Belatriz Müller? Não acredito! Sou fã das músicas dela, nossa... como eu não pude reconhecer ela?!

- Talvez por causa que ela está sem maquiagem e com os cabelos presos? - falo me aproximando da janela.

- É, talvez seja isso - disse Thomas também se aproximando da janela. - E... seu pai?

- Ele... ele é o CEO da agencia Corporacion Star - falo coçando a cabeça.

- Nossa... A melhor agencia de modelos da cidade! Uau... tenho uma amiga rica.

- Não gosto muito desse título, sempre era chamada de garotinha mimada e riquinha. Nunca consegui ter amigos na escola por causa disso.

- Desculpe, não vou mais tocar nesse assunto - disse Thomas com a sua mão em meu ombro.

- Tudo bem, sei que você é diferente das outras pessoas. Você tem a minha confiança.

- Fico feliz em saber! Bem, tenho que ir, prometi para a minha mãe que iria fazer compras com ela, e já que o hospital era no caminho eu vim dar uma passadinha. Então te vejo amanhã - disse Thomas indo em direção a porta e acenando.

- Okay, até amanhã - falo acenando de volta.

Fiquei o resto do dia lendo aquele livro, as horas passavam tão devagar quando Thomas não estava comigo. "O que? Por que ele veio em minha mente?", penso, balanço a minha cabeça e continuo prestando atenção ao meu livro, mas acaba sendo em vão. Chamo a minha enfermeira e peço para ela me ajudar a me deitar na cama, depois de feito eu pego o urso que o Thomas me deu e o abraço.

Tirar o Thomas da minha cabeça tem sido muito difícil para mim, eu estava começando a sentir coisas que eu não sabia o que eram. Isso fazia a minha cabeça doer de tanto pensar. Talvez eu apenas o admirava e gostava da sua compania. Era apenas um amigo que eu gostava de passar o tempo.

A noite chegou e as náuseas também, mal consegui jantar sem ter a vontade de por tudo para fora. Por causa disso mal consegui dormir, mas no fim eu acabei me rendendo, mas não por estar com sono e sim por estar fraca demais. Parece que a manhã não seria tão agradável.

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