You Changed Everything

Change routine

Desperto sentindo alguém alisando minhas pernas, quando vi quem era me assustei e saltei da cama.

- O que você tá fazendo? Como entrou aqui? - Falei olhando pra porta que me lembrava muito bem de trancar.

- Vim conversar com você sobrinha, achei que tivesse sido muito estúpido ao falar daquele jeito. Sem você merecer.

- Tudo bem, tá desculpado. Agora pode sair do meu quarto, por favor. Tenho algumas tarefas pra fazer. - o jeito que ele estava me olhando era assustador, olhar escuro e intenso sobre meu corpo me fazendo ficar imóvel.

- Tá bom já estou de saída, vem dar um abraço no seu tio. - ele chegou mais perto e eu dei um passo pra traz. - Não seja assim Camila. - ele me puxou pelo braço e me agarrou, me abraçando forte.

- Pronto. - tentei me soltar mas ele estava me agarrando.

- Tão linda mas também tão selvagem. - ele falou cheirando meu pescoço e cabelo enquanto, acariciando minhas costas. Enquanto eu tentava o empurrar.

- Me solta, por favor. - falei em um fio de voz.

- Ainda não pequena. - a mão dele desceu até minha bunda e ele a apertou, logo a primeira lágrima escorreu pelo meu rosto. Eu estava sendo abusada, e por quem deveria cuidar de mim.

- Por favor, não faz isso. - Eu já chorava e ele me soltou um pouco olhando pro meu rosto e limpando minhas lágrimas.

- Eu sei que você também quer isso, desde que você chegou aqui vive me atiçando, eu aguentei muito, mas agora você já tem 15 anos, já podemos se aventurar.

- Para com isso, eu nunca te aticei. Sempre evitei até de te olhar, você e a minha tia são a única família que eu tenho. - Falei rápido e com medo. - Você é nojento, quando cheguei aqui eu era uma menina.

- Menina, Camilinha? Gostosa desse jeito, você ainda se acha uma menina? - ele me olhou de cima a baixo e eu senti meu rosto queimar de raiva. - Você está maravilhosa! Vem cá. - ele pegou minha mão e me arrastou até a cama, me jogando nela e segurando meus braços juntos com umas das mãos, com a outra, ele começou a acariciar meu corpo enquanto eu me debatia tentando me soltar.

- Fique parada Camilinha, deixa eu sentir cada parte desse seu corpo lindo.

- Não faz isso, por favor. - Gemi baixo em meio ao choro.

- Calma Camilinha, se você cooperar vai ser muito rápido. Só aproveita o momento, eu sei que você quer. - falando isso, ele rasgou minha regata com um puxão e subiu meu sutiã, deixando meus seios a mostra e começou a passar a mão neles. - Sua pele é tão macia Camilinha, parece seda. - ele deitou por cima de mim e começou a se esfregar, eu já sabia que ele não ia parar. Não podia deixar de lutar. Me debati mais, até ele parar por um momento e me olhar de um jeito que me fez estremecer.- Não adianta você lutar, se precisar eu te amarro, hoje você vai ser minha Cabello. - Ele sugou meu seio com força e mais lágrimas rolaram pelo meu rosto, eu não conseguia acreditar que ele estava fazendo aquilo.

- Eu não quero isso, por favor me deixa sair daqui. Eu vou contar pra minha tia. - Quando falei isso ele parou com o que estava fazendo e soltou uma risada irônica.

- Você acha mesmo que ela vai acreditar em você? - Ele gargalhou alto e continuou a falar. - Claro que não! Ela vai acreditar no marido dela, e ainda vai te colocar na rua. Sua destruidora de lares.

- Você é nojento, eu vou na delegacia.

- Tá bom, vai ser sua palavra contra a minha. O delegado é meu amigo, vou deixá-lo ciente que você está me ameaçando!

- Eu não sou assim.

- E quem pode provar? Que eu saiba você não tem amigos, sua vagabunda. Me deixe logo terminar com isso e depois você pode fingir que não aconteceu. - Ele me levantou ainda segurando meus braços e abaixou meu short. - Sua bunda é perfeita, eu poderia ficar olhando pra esse seu corpão o dia todo. Pena que não temos o dia todo. - Ele me jogou na cama de novo, e agora soltou meus braços pra abrir o botão e zíper da calça que usava, eu tentei me levantar e correr mas ele me jogou na cama de novo. - Se você sair daqui eu te mato, Camila. - abaixou as calças colocando seu membro pra fora que já estava ereto e eu fechei os olhos pra não ter que olhar para aquilo.

- Por favor. - Pedi pela última vez.

- Cala a boca e aproveita. - Ele puxou minha calcinha pro lado e eu gritei pra que ele parece, mas ele tapou a minha boca e começou a forçar o membro na entrada da minha vagina. - Você é virgem sua puta? Que beleza! - Eu sentia muita dor e ele forçava cada vez mais forte, as lágrimas já não paravam mais de escorrer pelo meu rosto. A dor aumentou e eu senti ele dentro de mim. Na hora ele soltou um gemido. - Entrou safada, tirei seu cabaço. - eu só chorava enquanto ele estava com a mão na minha boca e fazendo um vai-vem doloroso, só queria que aquilo acabasse. - Pronto, Camilinha, eu falei que seria rápido. Você está sangrando um pouco mas isso passa logo. Vou comprar remédio pra você, você me deixou com tanto tesão me seduzindo que esqueci da camisinha. Vou sair do seu quarto pra você tomar um banho, e troque esses lençóis. - ele me soltou e saiu do quarto com a calça na mão.

Me levantei devagar sentindo dores por todo o meu corpo, olhei pra cama que estava suja com o meu sangue e mais lágrimas caiam. Tranquei a porta do quarto e andei devagar até o banheiro, coloquei o chuveiro no mais quente possível, tirei as peças que me sobravam e entrei naquela água fervente sobe a minha pele, mas eu não sentia dor. O que doía era a minha alma e eu me sentia suja pelo o que ele fez comigo.

Sai do banho e me vesti com um pijama, abri a janela e peguei as peças do banheiro e o short que estava jogado ali no chão do quarto e o lençol sujo de sangue da cama, coloquei tudo dentro da minha lixeira de alumínio, coloquei álcool e acendi o fósforo colocando fogo em tudo enquanto a fumaça saía pela janela.

Me deitei na cama com os cabelos molhados e chorei a tarde toda, aquilo nunca seria apagado da minha mente, eu me sentia suja e sempre me sentiria. Tinha que achar um jeito de sair dali, mas pra onde eu posso ir? Eles são meus únicos parentes vivos...

Depois de pensar muito Camila tomou uma decisão, e aquela seria a melhor escolha da dua vida...