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Domingo de manhã. A preguiça e a vontade de ficar em casa é maior, mas a minha mãe, como sempre, inventou que nós precisamos urgentemente ir para o supermercado. Não sei qual é o problema de só ter comida congelada na geladeira, que mal faz uma lasanha congelada, um hambúrguer pronto? Mas não, eu tive que ter uma mãe médica, que garante que não é saudável comermos todos os dias comidas processadas.

Me arrumo, coloco uma blusinha básica branca, uma calça jeans e um all star. Passo um rímel e um brilho labial, só para não sair de casa com cara de morta e prendo os meus cabelos em um rabo de cavalo alto.

Como cereal junto ao meu irmão e a minha mãe logo nos chama para irmos. Entro no carro e fico no banco da frente e o meu irmão no banco de trás. Saímos da garagem e vamos em direção ao mercado, ao som da Beyoncé.

                                           ***

Chegamos no supermercado e minha mãe logo estaciona o carro. Entramos no marcado e vou pegando logo um carrinho, meu irmão – intrometido como sempre – já vai se jogando dentro do carrinho para pegar carona.

Minha mãe vai á frente pelos corredores, enquanto eu arrasto o carrinho atrás. Estamos no corredor de biscoitos e enquanto eu e o Lucas colocamos os biscoitos no carro, minha mãe vai tirando. Na hora em que ela faz isso um homem esbarra nela, ele é alto, louro – com alguns fios brancos – uma barba curta por fazer e olhos azuis. Ele logo pede desculpas e passa por nós.

- Que lindo! Acho que ele é o meu crush – diz a minha mãe e eu solto uma gargalhada. Jesus, minha mãe é terrível ainda mais usando gírias.

- Limpa a baba! – eu falo e pego no queixo dela rindo.

Nós continuamos com a saga incessável de pegar alimentos e depois de tudo que estava na lista estar dentro do carrinho, nós vamos em direção ao caixa. Chegando lá tem só uma pessoa na nossa frente, quando eu olho para a pessoa que chegou atrás de nós vejo que é o crush da minha mãe, solto uma risadinha enquanto minha mãe tagarela sobre alguma coisa que eu não presto atenção.

- Luna, você viu que lindo! – diz minha mãe empolgada falando do cara do corredor, mas ela nem imagina que ele está atrás de nós! O cara como se soubesse que estávamos falando dele, solta uma risadinha.

- Mãe, ele está atrás da gente – eu falo em português e no mesmo momento ela e o meu irmão olham para trás e avistam o cara.

- Que lindo o BOLO! Parece tão gostoso – minha mãe da ênfase na palavra bolo e depois que ela fala a palavra gostoso não sei mais se ela fala do bolo ou do cara.

Depois disso nós passamos no caixa, minha mãe paga e vamos em direção ao carro para voltar para casa. No caminho a minha mãe me avisa que eu e o Lucas vamos passar a noite na casa da tia Lucyelle – Mãe do Corey – já que ela vai ter que fazer plantão hoje no hospital de noite.

                             ***

Depois de almoçarmos lasanha – essa não foi congelada – minha mãe nos deixa na casa do Corey e depois vai em direção ao hospital. Chego lá e a tia Lucy nos recebe com um abraço e logo nos avisa que vamos ter que ficar sozinhos, já que ela vai para o escritório.

Nós subimos as escadas e vamos em direção ao quarto do Corey, ele está na cama deitado com um curativo gigante e dá um sorriso bem grande quando nos vê. Acho que ele ainda não sabe que o namorado morreu.

- Oi gente! Vocês vão ficar aqui comigo? – diz o Corey muito animado. Ás vezes eu acho que a tia Lucy não dá a devida atenção ao Corey.

- Sim! Como você está? – eu respondo enquanto o meu irmão já está abraçando o Corey.

Flirting With The Dark Side - Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora