Capítulo 2: Hall

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Violet acima ^^ boa leitura

Tento voltar  a dormir, mas esses barulhos estão me perturbando. Levanto devagar para não acordar André que está roncando e babando, calço meus chinelos da bela e a fera e meu sobretudo preto. Pego meu celular de cima da escrivaninha e giro a maçaneta fazendo o mínimo de barulho possível.

O corredor se encontra em um enorme bréu, ligo a lanterna do celular e sinto um vento gélido e aperto meu sobretudo.

- Passei cinco anos em Nova York e ainda não acostumei com o frio... Mas é estranho já que aqui no Brasil é verão.

– So soft, so gentle this rose is kind and still 

(Tão suave, tão delicada, esta rosa é amável ainda)

With change comes hatred now time to kill 

(Com a mudança vem o ódio, agora é tempo para matar)...

Escuto uma voz rouca e baixa cantar parecendo uma voz de alguém idoso, aponto a luz para o final do corredor, mas não vejo nada.

- Estou ficando louca só pode - balanço a cabeça suspirando

Sinto alguma coisa em minha bochecha e encosto meus dedos sentindo-os grudar e ficarem pegajosos.

– O que é isso?... - olho para cima.

Meu coração dispara quase saltando pela boca ao ver dois enormes olhos ou melhor buracos  me encarando

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Meu coração dispara quase saltando pela boca ao ver dois enormes olhos ou melhor buracos  me encarando. Corro gritando tentando abrir as portas, mas todas estão trancadas  incusive a minha, eu não tranquei essa porcaria.

– Socorro! – grito bem alto fazendo minha garganta doer.

Olho para coisa que estava grudada no teto e que agora está no chão em uma posição não humana. Seu corpo pálido dá para ver mesmo na escuridão e está totalmente retorcido, seus pés virados para trás junto com suas mãos e sua cabeça torta para o lado. O sangue escorre pelos buracos de seus olhos provavelmente arrancados, sua boca abre em um enorme sorriso macabro mostrando apenas alguns dentes, rapidamente ela começa a vir em minha direção, grito mais sentindo as lágrimas escorrerem por minhas bochechas.

Volto a correr quase chegando as escadas, tropeço em meus próprios pés e bato a boca fazendo o aparelho cortar minha boca e meu celular voar longe apontando a lanterna para a coisa que já está quase em cima de mim. Escuto o ser gritar escandalosamente fazendo com que automaticamente minhas mãos tampassem meus ouvidos e que meus olhos se fechassem.

– O que era aquilo? – Erick pergunta e olho para ele.

Vejo que todos saíram dos quartos.

- Eu não sei - sinto um nó se formar em minha garganta e tento controlar o choro.

– Mamãe era aquela moça do teto – Anne diz puxando a manga da blusa de Lucy.

– Que moça? – Victor pergunta e estende a mão para me ajudar a levantar, ignoro e levanto sozina.

O Mistério da Floresta NegraOn viuen les histories. Descobreix ara