(Capítulo 23) Jogue com minhas regras, não o meu jogo.

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_Por que demoraram tanto?_Pergunta o motorista intrometido.

_Elas estão resolvendo uns problemas._Diz a loirinha.

_Sério!? Cara, qual é a sua?_Pergunto._Por que faz tantas perguntas homem? Tenho vontade de arrancar sua cabeça sempre que abre a boca.

_JAMILY!

_Tá bom, parei minha filha._Digo indignada.

_Fiquem aqui, vou voltar lá e saber o motivo dessa demora._Afirmo.

_Claro que não vai!

Viro-me para ver quem foi o insolente.

_Ah, mas só podia ser você. Sério cara? Vai fazer isso de não me deixar ver a Dani novamente?

Por que eu sempre esqueço o nome desses pirralhos doentes?

_Jamily, eu sei que você não é a mesma que costumava ser, mas elas sabem o que estão fazendo e você?

_O Will tem razão, Mily._Diz a loirinha._Você foi criada com a gente, não com elas. Se for pode se machucar!

SABE DE NADA INOCENTE.

_Não me importo, eu vou!_Sei mais que todos vocês juntos.


POV: DANIELLE SNOW.

_Estou esperando.

_Já disse que é falsa!

_Não importa, eu a quero._Volto a insistir, mas dessa vez não pareço tão firme._Não faça eu ter que pegá-la de vo...

  Primeiro sinto um formigamento na parte superior do joelho, mas a cada segundo esse formigamento triplica e uma dor aguda a substitui. A dor é suportável, pois não atravessou nenhum osso, e quando isso não acontece dizemos que foi um tiro de raspão, mas isso não deixa de ser um tiro, uma bala e muito menos não deixa de doer. Pressiono a mão em cima do ferimento e algo pegajoso escorre nos meus dedos: sangue. Sei melhor que qualquer pessoa a textura e o estado de sangues, era minha especialidade. Era nossa especialidade. Isso é a coisa mais estranha, sabe, sentir-me machucada, ferida, é como um alívio. Talvez eu seja uma masoquista por gostar de como dói, mas prefiro acreditar que gosto da justiça. Sinto que a cada corte, cicatriz, ferimento as pessoas que nós fizemos tanto mal, as famílias desamparadas e os amigos dos entes próximos ficam em paz, e minha consciência mais limpa, leve...mais livre.

_Você não devia ter feito isso._Digo sem expressão. Esse é o momento em que esqueço que sou humana, mas ligo para humanidade. 

_Eu acabei de atirar em você, como ainda pode estar de pé?_Temo que os olhos desse ser humano saia para fora.

_Você mentiu e os mentirosos merecem...

_Por favor, eu apenas estava com medo.

_Devia ter entregado-me a arma._Aponto uma das armas para ele.

_Eu imploro...eu falo a verdade!

_A verdade?_Sei por ser uma própria que um mentiroso nunca sabe se o que fala é realmente verdade.

_Nós...

_Nós nada, Amauri. Não nos mete nas suas merdas.

_Tudo bem, eu nunca gostei do grupo da classe A. Eles querem ser superior a tudo e a todos, são ricos, inteligentes e populares._Faz uma pequena pausa._Eu queria dar uma lição neles a um bom tempo e hoje eles conseguiram tirar-me completamente do sério, mas eu não ia fazer nada com eles até...que quando eu estava saindo da escola uns caras policiais apareceram e perguntaram se eu conhecia ou já havia visto Danielle Snow e Elena Potter por aqui.

A Guarda-CostasWhere stories live. Discover now