Capítulo 20: Princesa da Noite

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Já era o dia do baile, Marinette estava no seu quarto aplicando mais alguns detalhes em seu vestido.
— Que tal? — Mostrou a roupa para a kwami, agora mais brilhante e entre outros detalhes.
— Está lindo, Marinette!
— Agora só falta a máscara. — Começou a vasculhar uma sacola de papelão que estava no chão, onde estava os materiais para reajustar a vestimenta da festa e deveria estar os para criar a máscara. — Ai meu Deus, eu esqueci completamente da máscara!
— Não esquenta, ainda dá tempo de você comprar o que for preciso e fazer. Afinal, o baile é só a noite.
— Tem razão, Tikki. — Abriu a bolsinha para que a pequena entrasse e saiu correndo para ir achar o que precisava o mais rápido possível.

— Chegamos. — A garota abriu a porta e entrou no quarto, se jogando na cadeira e deixando uma nova sacola ao seu lado no chão. — O sol tinha que ficar tão quente bem na hora que eu saio?
A garota ía começar a preparar o assessório quando olhou para a cima da escrivaninha e se surpreendeu ao reparar em um buquê de flores, mais especificamente rosas vermelhas, já imaginava de quem era.
— Adrien... — Cheirou o buquê, percebendo uma pequena carta nele.

"Bom dia My Lady, sonhou comigo essa noite? Imagino que sim.
Bem, espero que tenha gostado das flores, suas preferidas, não é mesmo?
Ainda pretendo ver seus olhos azuis antes do baile.
Uma recordação do sonho de ontem, em que um gatinho e uma joaninha estavam felizes.
De seu amado gato preto, câmbio desligo."

Dentro do mesmo envelope, havia uma foto tirada pelos dois no dia anterior, abraçados por trás e sempre sorridentes.
— Vocês realmente gostaram de ontem. — A kwami palpitou.
— Foi como um sonho, ou melhor que um. — Sorriu com seus pensamentos, colocando a fotografia em um porta retrato horizontal que tinha guardado em algum lugar, era um quadro especial, havia ganhado já fazia um bom tempo porém nunca usou. Deixou em cima da mesa e se voltou novamente para sua avermelhada. — Mesmo depois de toda aquela descoberta, parece que me livrei de algo que me prendia, acho que estou mais feliz.
— Ele te faz feliz. — Elas riram, isso valia para os dois lados da moeda.
Depois de conversarem, focaram em fazer o que eram para fazer minutos ou até uma hora atrás. Já era de tarde, um pouco depois da hora do almoço. Depois de terminarem, ficariam um bom tempo sem nada para fazer, ou era para ser assim.
Enquanto fazia alguns detalhes no objeto quase pronto com linha e agulha, ouviu um barulho ao longe, sendo que levou um susto tão grande que acabou espetando o dedo na agulha.
— Ai! Por que eu tenho a sorte de sempre me espetar com essa mesma agulha? — Colocou o dedo na boca.
— O que foi esse barulho?
— Não me fala que é um akuma, Tikki. — Olhou pela janela, não havia nada, apenas um prédio virado de cabeça para baixo, espera, isso era para estar ali?
— É um akuma.
— Parece que vamos ter um trabalho extra para fazer. — Se levantou da cadeira, preparada para a transformação, porém uma coisa faltava, sua kwami havia sumido. — Tikki?
Um relâmpago surgiu no céu e na luz que refletiu no quarto da moça apareceu uma pessoa conhecida, um rosto familiar que assustou a dona dali.
— Procurando isso? — Abriu uma caixinha onde a pequena estava deitada dentro.
— Volpina?!
— A própria! — Riu. — Então era você o tempo todo! Eu confiei em você, Marinette! E você me acerta pelas costas! Eu deveria ter percebido os sinais, percebido... Tudo! — A raposa fazia gestos com as mãos enquanto falava, ainda inconformada com seu raciocínio lento diante da situação.
— O que você fez com ela? — Observava seu ser místico, que sempre a ajudava e agora havia sido raptada pela sua segunda maior inimiga depois da Chloé, que não tinha comparação neste caso.
— Se você não me entregar suas preciosas jóias, eu jogo ela pela janela. Vamos acabar logo com isso.
— Você não faria isso! Deve ser mais uma de suas ilusões! — Jogou uma caneta na mão da vilã onde estava a caixa, porém nada aconteceu, não era uma de suas mentiras. — Como?!
— Você achou que eu era boba?! —Deu mais risadas maléficas. — Já que é assim, de um último adeus para sua mascote!
A akumatizada se preparou para lançar, porém mais um relâmpago se destacou nas nuvens escuras e um trovão assustou a portadora do miraculous da joaninha, fazendo-a acordar de seu sono profundo, era tudo um sonho, ou no caso um pesadelo.
— O que aconteceu? — A pequenina apareceu em sua frente, bocejando cansada.
— Por quantas horas eu dormi? — A menina coçou os olhos e pegou seu celular para conferir a hora. — Já são quatro horas! E eu nem terminei a máscara ainda. — Observou o que tinha feito, provavelmente enquanto fazia acabou caindo no sono. — Mas acho que tudo isso me deu uma ideia! — Começou a fazer detalhes com linha no projeto, tipo o que havia visto em sua mente, apesar de difícil de lembrar igual deveria ser.
Depois que acabou, foi para o banho relaxar o estresse e a ansiedade, queria esquecer aquele pensamento ruim e se concentrar na que seria a melhor noite da vida dela.

A Vingança dos AkumasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora