-Ah...- Solto uma risada da minha tolice.

-Esta tudo bem por ai? –Ele pergunta casualmente.

-Sim, e com você?

-Também, estou meio atrasado, só queria saber como você está. Até mais tarde, Charlotte.

-Até. –Digo e desligo o telefone. Preciso me apressar...

... ... ...

- Como sua mãe é? – Pergunto para Andrew que está dirigindo o carro.

- Ela é como as outras mães, eu acho. Vai gostar dela. – Não estou preocupado com isso, estou preocupada com ela gostar de mim.

- Creio que sim. – Viramos o carro por uma rua estreita e de repente estamos em uma estrada de chão.

- Onde ela mora? –Pergunto confusa.

- Digamos que ela não gosta muito da cidade grande.

Depois de mais dez minutos em uma estrada de chão chegamos a uma charmosa fazenda com muros enormes e cobertos por plantas.

Andrew toca o interfone e nos anuncia, o portão se abre e nós entramos.

-Qual é desse lance da sua família com plantas e lagos? –Pergunto enquanto admiro o local. Ele solta uma risada.

-Minha mãe, aquele jardim lá em casa era dela quando ela morava lá.

-Tinha a impressão que não era seu. – rio.

- Andrew, Charlotte! – A mãe de Andrew abre a porta da casa sorrindo enquanto vem em nossa direção. Primeiro me dando um abraço e depois em seu filho.

O que mais me surpreendeu nela, foram suas roupas, ela estava com uma blusa e uma saia bem simples, a blusa tinha até um pequeno remendo com uma linha diferente da cor original do tecido. Ela não é como eu pensava. Nem de longe.

-Estou surpresa que ainda saiba o caminho para chegar na minha casa, filho.

-Mãe, sabe que não tenho muito tempo.

-Tudo bem, já acostumei. E Isobel, onde está? –Ela pergunta enquanto nos guia para dentro da casa até uma sala que parece ter saído de um livro da Jane Austen.

-Ela está tendo aula agora até as seis e meia lá em casa. Até o final desse ano ainda vou deixa-la tendo aulas em casa.

-Você é protetor demais, deve deixa-la mais solta. Escola vai fazer muito bem a ela.

-Eu sei, mas ela é muito fechada, tenho medo de que ela não se de bem com as outras crianças.

-Não saberá se não tentar.

-É ano que vou matricular ela.

-Que bom. E você, Charlotte? Como vai?

- Muito bem, e a senhora? –Pergunto tentando não falar nada errado.

- Muitíssimo bem. Fiquei feliz ao saber que estavam namorando. Parabéns. – Ela diz amigavelmente enquanto me observa de cima a baixo.

-Obrigada, senhora Crewe. –Sorrio.

-Só Elisa, por favor. –Ela me repreende. Ela não para de me observar e fico mais nervosa ainda com isso. –Andrew, meu bem, a minha documentação que pediu está no escritório da casa perto o jardim de trás. Vá lá buscar antes que eu me esqueça.

-Ah ia te pedir isso. Vamos lá, Charlotte. –ele levanta e eu o sigo.

-Não, Charlotte, fique comigo, vamos preparar algo para comer na cozinha. – Olho para os dois confusa.

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