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Tento não demorar muito no banho para não enrolar Andrew no lado de fora, depois de muito tentando não molhar meu braço machucado, acabo meu banho. Visto minhas roupas que na verdade é outro pijama, talvez eu consiga dormir agora que a dor melhorou um pouco. Escovo meus dentes e volto para o quarto.

Assim que saio pela porta do banheiro, eu paro. Andrew está dormindo na minha cama? Ele não deve ter dormido muito bem essa noite. Penso. Ele está tranquilo, diferente de todas as outras vezes que o vi, parece despreocupado até.

Fecho as cortinas da janela para não ir claridade em seu rosto.

Será que ele se incomodaria se eu pegasse um pedaço da cama? Que pergunta é essa!? Eu me incomodaria de dormir com ele, não deveria pensar nisso. Ah... mas ele está tão lindo. Penso, mas me xingo depois. Sou inacreditável.

Me sento encolhida em uma poltrona encostada em uma parede ao lado da cama e quando me vejo, já estou cochilando também.

.. .. ..

Acordo meio confusa, olhando para o teto limpo e o lustre em forma de meia bola. Esfrego meus olhos do sono e me sento.

-Quanto tempo eu dormi? – Pergunto sozinha.

-Pouco mais de quatro horas. – Olho para o lado e me assusto ao ver Andrew sentado ao meu lado me encarando. Mas eu não estava na poltrona?

-O que você está fazendo aqui ainda!? – pergunto mais alto do que queria.

-Eu peguei no sono, e você também, como deve ter percebido.

-Mas eu... – aponto para a poltrona e para cama, meio sem jeito.

-Estava desconfortável na poltrona e te trouxe pra cá.

-Ai que vergonha. – não sei nem o que dizer.

-A gente só dormiu, Charlotte. –ele ri.

-Eu sei... Me ver acordar toda amassada deve ser medonho- eu dou uma risada. Eu devo estar toda descabelada.

-Eu poderia me acostumar. – Ele se levanta da cama e pega o celular no criado ao lado.

-An?

-Como está o braço? – ele muda de assunto e eu o agradeço mentalmente.

É impressão minha ou Andrew Crewe acabou de dar em cima de mim?

-Não dói mais- tinha até esquecido dele.

- Você tomou café? Que pergunta idiota, claro que não. – ele responde sua própria pergunta. – vem, vamos almoçar.

-Pode ir eu vou trocar de roupa primeiro.

-Eu espero. – ele volta a se sentar na cama.

-Não precisa, além disso, vou almoçar na cozinha com os outros empregados.

-Estou te convidando para comer comigo na minha mesa.

-É melhor não, a Marta não gosta muito de mim, não vou dar motivos para mais. – Digo e ele ri.

-Marta não gosta de ninguém – ele ri. – creio que ela já tentou me matar algumas vezes, mas deve ter desistido para não perder o emprego.

-só por isso, - rimos- mas eu realmente vou almoçar com os outros, além disso tenho que recolher as roupas que lavei ontem.

-Está bem – ele suspira – já vou então.

-Muito obrigada. – agradeço

-Se tiver qualquer problema, não hesite em me chamar. Estou falando sério.

Meia Noite e Um - Completo ✔Onde as histórias ganham vida. Descobre agora