Capítulo 11

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NOTA: LEIAM COM ATENÇÃO, ESSE CAPÍTULO SERÁ ATUALIZADO EM BREVE. ENTÃO, APROVEITEM A LEITURA E ME AGUARDEM. OKAY? Beijinhos!

— Rosa... você está bem? — Helen me questiona.

— Não. — Balbucio e desmorono no chão, sendo acolhida pelos braços da minha colega.

— Rosa, o que houve? — Ela pergunta preocupada.

Encaro a minha colega com os olhos molhados e sabia que necessitava ser forte.

— Quero voltar para... casa. — Choro nos braços de Helen que não me afasta. Ela continua ali comigo até eu sentir-me cansada e ela me guia até minha cama, ficando do meu lado até eu dormir.

— Também sinto saudades de casa. — Sorriu. — Mas nós iremos conseguir dar uma vida melhor a eles. Não desista. — Ela me anima.

— Pode orar comigo? — Pego na sua mão e me sento na cama. Helen fica a minha frente e juntamos as mãos.

— Pai Querido e Eterno. Ajuda-nos nessa nova vida e nos dê forças para prosseguir. Perdoe nossos corações e concerta-nos por dentro. Sentimos saudades da nossa casa, mas creio que o Senhor nos ergue todo dia para prosseguir nessa jornada e não desistir dessa oportunidade dada por Ti. Papai, te agradecemos em nome do Senhor Jesus pelo seu amor. Abra nossos olhos para a verdade e esconda-nos do mau, guardando a gente em suas mãos. Nós te amamos pelo seu grande amor. Amém!

Me sinto mais renovada, porém, lembro de Jonathan que amanhã virá a minha procura querendo saber o porquê de ter saído tarde da noite da sua casa. Entretanto, seguro minha vontade de chorar e decido entregar nas mãos de Deus.

[...]

As meninas estão treinando a semanas para as modalidades e faz um tempinho que não as vejo. Jonathan também diminuiu suas visitas e estou sentindo saudades dele.

— Você está bem? — Thomas me questiona. Ele estava resolvendo alguns assuntos em Pacem e me fazia companhia, agora que estava solitária.

Decidi esquecer Jonathan. Não aguento mais toda essa mentira e Thomas estava ali, verdadeiro comigo. Preciso seguir um novo rumo na minha vida.

— Só pensando nas minhas amigas. — Respondo parcialmente a verdade.

Ele ignora o fato e me entrega um sorvete de massa sabor morango. O dele era flocos. Estávamos em uma das salas de descanso do Colégio e ali, tinha uma sorveteria para os alunos usufruírem. Thomas suja meu nariz.

— Poxa! — Exclamo levemente irritada e ele gargalha baixinho.

— Você está engraçada. — Zomba e eu sujo seu nariz também.

Caímos na risada. Ele me fazia sorrir.

— Como está sendo em Pacem? Soube que a rebeldes por lá. — Pergunto e vejo a expressão dele se fechar.

Há algumas semanas, havia rebeldes tentando atacar o palácio aonde se encontra a família de Thomas. Parece que eles não gostam muito do pai dele e por isso o mesmo teve que retornar ao seu reino para tentar amenizar a situação... já que Thomas é o futuro Rei de Pacem.

— Está seguro agora, mas ainda sim me preocupo. — Ele relaxa a expressão e seguro na sua mão. Nós olhamos por alguns segundos e de repente, nossos lábios roçam um no outro. — Estou apaixonado por você. — Ele murmura.

Sinto um turbilhão de sentimentos me incomodar e um deles era por causa do Thomas e Jonathan. Os dois são príncipes importantes, mas um me machucou e outro sem saber, está amenizando essa dor. Sinceramente... não sei o que fazer.

— Queria sentir o mesmo. — Digo cabisbaixa.

— Você ama o meu primo. — Ele conclui. — Sempre passa tempo com ele e apesar da sua seriedade, já vi os dois sorrindo e seus olhos brilham quando o vê. Não é o mesmo comigo. — Thomas diz com um tom magoado.

— Não quero machucar você Thomas... é porque está sendo super complicado pra mim. — Respondo tentando conter a dor no coração.

— Porque não me conta?

O encaro pensando seriamente em desabafar, mas nem para as minhas amigas contei a verdade e não será para ele que vou falar.

— Desculpa... — Respondo e vejo Thomas suspirar pesadamente. Ele estava chateado.

— Olha Rosa Branca... eu nunca mentiria em dizer que gosto de você, é a mais pura verdade e estou tentando dar certo, mas seu coração já escolheu outro e não posso atrapalhar. — Thomas se ergue da poltrona aonde estamos e com carinho, beija a minha testa. — Quando precisar... chama.

Ele parte e novamente... fico sozinha.

Saio daquele lugar e caminho pelo colégio. Perdida.

Sim, eu estava perdida, frustrada e esgotada ao ponto de querer fugir desse lugar. Não aguento mais o Jonathan, Thomas e esse colégio! Eu quero ir embora daqui o mais depressa possível. Vou pedir transferência.

— Aonde pensa que vai? — Alguém me segura pelo pulso. — A princesa realmente me irrita com esse olhar.

— Quem é você? — Fuzilo o homem que para minha surpresa. É o mesmo do ginásio!

— Você não vai escapar... entendeu? — Ele ameaça e no mesmo instante, dou lhe um golpe certeiro na barriga. Ele geme de dor e começo a correr desesperadamente em direção a mansão do Jonathan no campus do colégio.

Meu Deus! Preciso de ajuda.

Meus pés doem e o sangue ferve nas veias, os olhos escorrem lágrimas e o peito se aperta pela dor no coração. Meus pensamentos estão bagunçados e os sentimos destruídos. Chuva... as doces gotas tocam a minha pele lavando minha alma. Sinto tontura e começo a ver Jonathan bem na minha frente. Ele estava lindo com suas roupas engomadas de príncipe. Me encarava com seus azuis penetrantes, quando estava prestes a me lançar em seus braços, a minha mente lembrou da confissão e eu queria bater nele. Muito!

Pensei estar vendo coisas, mas não era alucinação, ele estava bem na minha frente com os cabelos molhados e a camisa bronca colada ao corpo, definindo seu corpo.

— Eu te odeio. — Falei. — Com toda a minha alma.

Ele não falou nada, continuou calado me provocando com seu silêncio. Quando tentou me tocar, o impedi batendo na sua mão.

— Não me toque! — Bradei. — Você só sabe mentir para mim, me provocar e ainda por cima, destruir tudo à minha volta. Eu odeio você!

Um silêncio de segundos permanece.

— E eu te amo... com todo o meu ser.

Choro e esmurro seu peito com raiva. Ele não me afasta. Canso e me deixo chorar feito uma criança nos braços dele.

— Me perdoa. — Ele suplica.

— Porque você faz isso comigo? — Digo em meio aos gemidos de dor.

— Para sua proteção.

— Eu não quero a sua proteção Jonathan! — Grito. — Eu não aguento mais... quero ir embora e nunca mais te ver. Esquecer tudo... eu...

Minhas costas estavam prensadas na árvore atrás de mim. A chuva havia piorado, mas isso não conseguiu destruir aquele momento. Meu corpo estava quente, fervendo! As mãos formigavam e eu clamava por mais... eu queria mais. Segurei seu rosto e ele puxou meu corpo pela cintura, nos colando, puxava-me mais para si enquanto enroscava seus dedos nos meus cabelos. Precisávamos de ar... eu não queria parar.

Os pulmões imploravam e nos desgrudamos.

— Você está me enlouquecendo como nenhuma mulher fez em toda a minha vida. Pelo amor de Deus! Para de ficar me questionando porque estou prestes a cometer uma loucura, Rosa Branca. Eu quero você inteira para mim, mas não posso e isso me mata! Então para... eu imploro. — Ele diz com a voz embargada e continuo calada. — Eu te amo... entenda de uma vez... eu te amo.

Bem-vindos ao Colégio White Rose (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora