2.3 - Bondage

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Eu deveria ter ido direto para casa.

Já tinha ligado para Sven e demitido a garota, ele deveria resolver o resto.

Mas uma parte de mim queria ir até o hotel e... descobrir.

Abri a porta da suíte presidencial em saber ao certo o que iria encontrar.

Encontrei um quarto vazio.

- Yaya? - arrisquei, ao chegar a mesa do jantar. O quarto parecia igualmente vazio.

O ar escapou de meus pulmões. Alívio? Não, acho que "frustração" definiria melhor.

Bem, eu sempre podia contratá-la de novo se me arrependesse, não era?

Não, não pode.

Algo me diz que Yasmine não me daria o privilégio de ser considerado para sua cama nunca mais.

- Ainda está usando sua coleira?

Virei-me sobressaltado. Ela saía do banheiro usando uma saia leve de pregas e uma blusa de botões enfiada por dentro do cós.

- Ainda está aqui? - surpreso.

- E onde eu estaria? - ergueu uma sobrancelha inquisitiva.

Não recebeu a mensagem?

- Yaya, eu liguei para Delvak. - ela se aproximou, brincando com minha gravata, seu nariz raspou em meu lábio inferior e eu soube que estava fodido.

Não ia conseguir demitir o caralho da mulher.

Não ali.

Não agora.

Ou a demitira através de Delvak, ou morreria pagando aquele quarto de hotel e o seu cache. Não conseguiria lhe dizer "não" pessoalmente.

Folgou o nó da minha gravata, levando o pano ao meu rosto.

- Ainda consegue me sentir aqui?

Agarrei sua cintura, prendendo nossas virilhas.

- O que você acha?

- Acho que se comportou bem. - decidiu com um sorriso maligno - Acho que usou sua coleira o dia todo, como mandei.

Eu não estava me esfregando nela intencionalmente, mas minha virilha adquiriu vida própria quando o sangue começou a fluir para baixo.

- E sabe o que eu faço quando meu garoto se comporta?

Ela provocava meu tórax com a ponta da gravata. Roçando tecido no tecido, de modo que eu não sentia sua pirraça nas terminações nervosas mas sim na imaginação.

Suas mãos se abaixaram entre nós, buscando meu braço ao redor da sua cintura, trançando a gravata em um novo nó, dessa vez, ao redor de um dos meus punhos.

Enrolou a gravata na mão e me conduziu atrás de si, puxando-me pelo punho, como um animal adestrado.

Eu estava duro antes de cruzar a porta do quarto.

- Que tipo de recompensa? - exigi.

- Não te dei intimidade para falar comigo desse jeito. Fique nu e deite na cama.

Lambi minha boca, com fome.

- Não quer tirar para mim? - arrisquei, desatacando os botões da camisa.

- Não. Eu quero assistir.

- Por que não quer participar? - insisti.

Ela torceu o nariz, dando sinais de irritação.

[Degustação] MalíciaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora