Capítulo 7 - My Savior!

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- Ás vezes desabafar ajuda, filho. - A minha mãe falou e eu assenti.

- Eu sei, mas eu não vos quero estar a chatear com as minhas coisas. - Eu respondi voltando a olhar para o meu prato.

- Tu és doido! Está bem que és nosso filho, mas não precisas de ser tão doido assim. - O meu pai falou conseguindo arrancar-me um sorriso sincero.

- As tuas dúvidas e preocupações nunca nos vão chatear, filho. Nós somos teus pais e é nossa obrigação estar ao teu lado quando as coisas não correm tão bem. - Eu assenti.

- Vocês têm razão! Eu preciso de falar, senão vou ficar maluco. - Eu comentei e eles assentiram incentivando-me a contar. - Eu estou muito preocupado com a Bia. - Acabei por falar o que me tem atormentado nos últimos dias.

- Vocês voltaram a discutir? - O meu pai perguntou e olhei para ele surpreso.

- Como é que sabes que andamos a discutir? - Eu perguntei.

- Nós ouvimos uma discussão no outro dia, mas não dizemos nada. - A minha mãe comentou e eu suspirei.

- É o que mais temos feito, agora. - Eu comentei. - Eu não sei explicar mas algo muito estranho se está a passar com a Bia e ela não me quer contar o que é. - Eu expliquei.

- Estás desconfiado de alguma coisa? - O meu pai perguntou-me e eu assenti.

- Eu acho que... - Eu olhei atentamente para os meus pais e eles assentiram. - Eu acho que a Bia sofre de violência. - Eu expliquei a minha teoria e a minha mãe arregalou os olhos.

- Como assim? – Ela perguntou nervosa.

- Como vocês já devem ter reparado, a minha relação com a Bia anda um pouco tremida. O que mais temos feito agora é discutir e ela tem evitado de estar mais tempo comigo. - Eu estou a tentar explicar tudo aos meus pais. - Ao principio pensava que era eu que estava a fazer alguma coisa errada, mas não. Só de uns dias para cá é que fui perceber o que realmente se passava com ela. - Eu falei e senti um arrepio na espinha.

- Ela contou-te alguma coisa? - A minha mãe perguntou e eu neguei.

- Não, mãe e o problema é esse. Ela simplesmente não me conta mais nada. - Confessei um pouco frustrado. - Um dia vi o corpo dela cheio de hematomas. Ela disse-me que tinha caído no banheiro, mas eu não acreditei nem um pouco nessa desculpa. - Senti os meus olhos marejarem enquanto contava tudo aos meus pais.

- Meu Deus! - A minha mãe falou um pouco assustada.

- Hoje fui levá-la a casa e em todo o tempo que lá estive ela tentava de todas as maneiras que eu me fosse embora. Como se estive a esconder alguma coisa. Eu tenho a certeza que algo se passa naquela casa. - Eu expliquei.

- Estás desconfiado de quem? – O meu pai perguntou-me direto e eu olhei para ele.

- Do pai dela! – Eu admiti e os meus pais mantinham um olhar preocupado. - Só pode ser isso, pai! - Eu não tinha mais justificação nenhuma.

- Nunca imaginei que pudesse ser uma coisa dessas. Pensava que era apenas uma discussão entre vocês. - A minha mãe comentou preocupada.

- O pior é que eu tentei falar com ela até agora, mas o telemóvel está desligado! Eu sinto que aconteceu alguma coisa com ela! – Suspirei preocupado.

- Queres ir ver como é que ela está? – O meu pai perguntou-me e eu olhei logo para ele.

- Quero! Eu estava a pensar ir lá, agora. Só mesmo para ter a certeza que ela está bem! – Eu falei e o meu pai assentiu.

O Fruto do Nosso Amor 3Onde histórias criam vida. Descubra agora