Um CEO Apaixonado (COMPLETO)

Alysson desiste de Luchino

"água!"... Disse mais uma vez.

Ela sorriu e vi que secava as lágrimas, fechei os olhos e senti um algodão molhado ser passado na minha boca, "Chupe se tiver força, no momento é assim que pode tomar água!", disse ela com a voz embargada, "Eu sei que você está muito fraca, mas eu preciso te dar uma bronca!... Como pode esconder a gravidez de nos sua louca!", ela beija várias vezes minha testa, "Sua irmã está uma fera com você... Ficou aqui duas semanas comigo esperando você acordar, mas ela precisou voltar!".

Eu a olhei novamente, queria saber se meu bebê estava bem, "Bebê!". Disse e fechei os olhos e fui tomada pela exaustão e dormi sem escutar se meu filho estava bem.

Acordei de madrugada, estava virada para a janela, com muito esforço desci a mão até minha barriga, uma faixa grossa estava colada desde a base dos meus seios até próximo ao meu ventre, estremeci com o tamanho do estrago no meu corpo, mas a bolinha estava lá e eu podia sentir que existia vida dentro de mim e tinha que protegê-lo a todo custo, o trauma era grande e não queria nunca mais voltar a viver com Luchino por mais que eu o amasse, minha vida estaria sempre em perigo, chorei e muito relembrando o desespero de estar nas garras de Amber, de sentir a facada e a ardência da lamina ao ser passada em minha mão que ainda tinha faixa, passei a madrugada inteira acordada olhando para o tempo lá fora, ao amanhecer eu dormi. Acordei sendo virada para o outro lado da cama, Titia e Brad estavam lá, sorriam contentes, tia Lucinda estava abraçada a Brad e ele nela, eu sorri mais animada, o cansaço já não era tão grande, mas a pele da barriga era a que mais me incomodava.

"Oi gata!", disse ele puxando a cadeira e se sentando a minha frente, me deu um beijo na boca e acariciou meus cabelos, "Não se preocupe!... Eu vou cuidar de você de agora em diante!... Vamos ser uma família se concordar!?".

Não respondi, não sabia do que falava, respirei fundo, mas não tirei os olhos do meu amigo que eu tanto amava e sentia falta, queria enche-lo de perguntas e saber como estava sendo sua vida em São Francisco e Los Angeles, mas me limitava a sorrir e agradeci com os olhos, titia passava o lencinho molhado na minha boca, era refrescante demais.

De madrugada acordei recebendo vários beijos, eu abri os olhos e lá estava Luchino com seus olhos sofridos, tinha envelhecido anos, estremeci ao vê-lo ali, era a ultima pessoa que queria estar, respirei fundo, meus olhos devem ter me denunciado, seus olhos se encheram de lágrimas e os meus também e choramos olhando um para o outro, me beijou e acariciou meus cabelos, "como está o nosso bebê!?".

"Acabou!", disse em um sussurro dolorido, e voltei a chorar compulsivamente sabendo que aquilo era o nosso fim, não teria mais como viver com aquele homem, eu o queria longe de mim e de meu filho, e repeti, "Acabou tudo!... Não existe mais nada... Acabou!", eu não o olhava, apenas chorava e apertava sua mão com força, o esforço que fazia, doía a minha barriga.

"Tudo bem!... A gente tenta de novo!", ele beija minha testa, "Por favor?... não me deixe!?... Não desista de mim!?".

"Acabou Tudo!... Vá embora... Me deixe de uma vez por todas!", disse entre soluços, soltei sua mão e recolhi, "Vai!".

Ele apertou meus cabelos demonstrando desespero, "Por que está fazendo isso comigo?... Eu amo você e quero cuidar de você!?".

Entrei em desespero, "mas nunca vou estar segura!... Não existe isso entre nós!... Onde você estava esse tempo todo?... Minha tia não disse nada sobre você!... Ela nem sabe que você existe Luchino!", tentei acalmar o choro, mas pela falta de sua resposta só piorou as coisas, "Aposto que estava cuidando de Amber!?".

"Você mandou que eu sumisse com ela e não deixasse que a prendesse!", ele funga, sua voz era um sussurro, "Eu a levei para Marrocos e a internei!... Ela está completamente louca e voltou a usar drogas!", ele passou a mão em meus cabelos, "Por favor?!... Eu amo você!... Vamos continuar com nossos projetos juntos!?".