Capítulo 27

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Pov. Adrien

O sol parece uma bola alaranjada e furiosa, lutando contra uma pilha enorme de nuvens roxas. O vento roça as copas das palmeiras com um assobio de mau agouro. O ar está quente e úmido, mas o vento é de um frio cortante. Cada passo. Cada pensamento. Cada respiração. Tudo é suspeito.

Mesmo estando de olhos abertos, não sinto minhas pálpebras, que a este ponto, já devem estar dormentes. O cheiro de terra úmida preenche minhas narinas. O chão duro e gélido começa fazer um ruído ensurdecedor.

Um misto de alegria e tristeza invade meu coração. Sinto que estou me afogando nos meus sentimentos. Levanto do chão quase sem ar, vejo uma silhueta se aproximar. Seu rosto está coberto por um véu preto.

"Adrien..." sussurra meu nome.

Uma dor absurda invade meu peito. Percebo que a pessoa a minha frente arrancou meu coração e está o apertando com muita força.  Tento falar, mas as palavras não saem. Perante meus olhos, vejo meu coração virar areia.

Caio no chão, não sentindo mais as pernas. Minha energia vital está sendo arrancada de mim como um adesivo. Com um pouco de consciência que me resta, observo a pessoa abaixar-se perto do meu ouvido.

"Você falhou comigo. Não te amo mais, você não é ninguém. Não merece aquele coração. Por isso ele foi arrancado do seu peito." ao terminar de falar, a pessoa misteriosa começa lentamente a tirar o véu do rosto, mostrando ser Marinette. Entro em estado de choque.

Por que?

O que foi que eu fiz?

Por qual motivo você está assim?

As perguntas rodam em minha cabeça como um gira gira descontrolado.

"Adrien....Adrien.....Adrien...." Marinette sussurra dando passos para trás.

"ADRIEN!" grita finalmente desaparecendo.

Acordo assustado. Olho para os lados, vejo que Marinette está em pé me chamando.

- O que foi? Está tudo bem? – pergunta preocupada.

- Sim, eu estou. Só tive um sonho ruim.

- Você tá suado? – a mesma põe a mão sobre minha testa molhada pelo suor.

- Acho que sim...

- O.K., depois conversamos. Vem, pega sua mala de mão no porta-bagagem, nós já pousamos. – assenti com a cabeça.

Depois que saímos do avião, andamos direto para lanchonete do aeroporto, pois Nino estava com fome.

- Ainda bem que chagamos, já não aguentava mais ficar naquele avião! – comenta Alya.

- Que horas nós vamos para o hotel? – pergunta Marinette.

- Agora são 1h12 da madrugada. Provavelmente o táxi vai chegar aqui às 2h30, pois leva uma hora daqui até o hotel. Ou talvez ele nos esqueça aqui... – Nino começa a rir a cara que Alya faz.

- Obrigado. Essa é a coisa mais esperançosa que já ouvi... – Alya revira os olhos.

 – Alya revira os olhos

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