Capitulo 3

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Penny Stivens na multimídia

"A cold in the belly, a shiver in the spine and feelings never senses ..."

[...]

-Tem certeza que está bem Kira !?

Pen me pergunta pela décima vez só hoje,e eu sempre digo a mesma coisa.

-Sim Pen,estou bem!!

A preocupação de Pen às vezes me deixa preocupada,parece que vou morrer a qualquer instante.

-Kira,filha pode vim aqui na cozinho por gentileza!?

Tia Rose e seus pedidos de ajuda,nunca pede pra Pen,diz que ela é muito desastrada e nem pro tio Roger,pois ele é muito insensível,só tia Rose mesmo.

-Claro tia Rose!

Vou em direção à cozinha e sento na mesa que a na mesma.

-Olha Kira,eu não sei como anda as coisas em sua casa,mas prevejo que não são boas,você me pareceu mais triste e machucada hoje do que em qualquer outro dia,o que aconteceu filha!?

Tia Rose e seu senso de perceber que tem algo errado logo de cara,sabia que ela iria perceber,não consigo esconder meus sentimentos muito bem e sempre é possível saber que algo está me encomodando.

-Sabe tia Rose,ontem quando cheguei em casa,vi papai na sala de estar com uma garrafa de bebida em mãos,logo achei estranho ele está em casa naquele horário,mas logo quando entrei percebi um cheiro estranho no ambiente,eu...eu acho que papai está - respiro fundo para conter as lágrimas - acho que ele está usando drogas tia!

-Meu Deus filha! - Tia Rose coloca as mãos sobre a boca,surpresa pelo que eu disse.

-Sim tia,e perguntei a ele se estava mesmo e ele disse que não interessava que dá vida dele ele mesmo cuida. - Digo limpando uma lágrima que escorreu por minha bochecha.

-Sinto muito minha filha,mas tudo irá melhorar,não esqueça que minha casa está aberta para você querida.

Tia Rose sempre quis que eu fosse morar com eles,desde que ela descobriu tudo o que papai faz comigo. Eu não fui,não consigo deixar papai,ele é minha única família,mesmo ele fazendo o que faz comigo eu não tenho coragem de denunciar ele.

-Obrigada tia Rose,agora deixa eu voltar,Pen pode está precisando de ajuda.

Deixo um beijo em sua testa e volto ao me trabalho,não posso abandonar papai do jeito que ele está,ele continua sendo meu pai acima de tudo que ele faz,posso está sendo imatura,mas eu ainda o amo muito.

Apesar de muitas vezes a dor ser maior que o amor...

-Olá bom dia,o que deseja!?

(...)

-Meu turno acabou!!!

Digo me sentado no balcão de frete ao tio Roger. Estou exausta e pensando na possibilidade de faltar hoje,falta praticamente um mês para acabar as aulas,então como quase não tenho faltas,posso fazer isso de vez enquanto.

-Vai pra aula hoje Kira !?

Pen pergunta enquanto tira o avental,que está sujo de sabão.

-Acho que não Pen,estou literalmente quebrada,vou me dar um descanso hoje.

Encosto a cabeça no balcão e ela me abraça de lado.

-Tá precisando mesmo Kira,tá super acabada.

-Nossa,valeu mesmo pela ajuda Pen.

Digo irônica e fazendo sinal de beleza com as duas mãos.

-To brincando besta!

Diz me dando um leve empurrão,e tio Roger rir da nosso brincadeira.

-Bom eu já vou indo,se não vou acabar perdendo o ônibus e o outro demora muito para passar!

Me levanto e vou na cozinha pegar minha bolsa. Coloco meu casaco que sempre levo,as noites são muito frias.

-Tchau tia Rose!

Se despeço dela com um abraço breve é um beijo na testa da mesma,que me dá um sorriso sincero e triste.

Saiu da cozinha e vou para a lanchonete em si,e me despeço do tio Roger e da Pen.

-Tome cuidado Kira.

Dou um leve abraço na Pen que retribui um um pouco mais apertado,igual abraço de urso.

-Pode deixar,e até amanhã!

Saiu da lanchonete e abraço meu próprio corpo ao sentir o vento forte que me atinge.

Vou andando distraidamente pelas ruas em direção ao ponto de ônibus,só que uma parede de músculos me faz cambalear para trás e por pouco não caio no chão.

-Tu é cega garota? Da próxima olhe por onde anda!

Diz uma voz extremamente grossa e grave,olho para a parede de músculos a minha frente e vejo um lindo homem loiro de olhos claros.

Por um momento eu me perco em seus olhos,até conseguir processar suas palavras e corar violentamente.

-É...é...M...e...me...des...culpe.

Digo muito nervosa por ter se esbarrado no rapaz,ele me olha de cima a baixo e logo passa direto sem dizer mas nenhuma palavra.

Um frio na barriga e um arrepio na espinha me atingem e fico sem entende sua ação.

Sigo o caminho ao ponto de ônibus e chego bem na hora,entro e sento na janela.

Enquanto vejo a rua passar fico pensando no rapaz com que me esbarrei hoje,é uma curiosidade me cerca.

Quem será ele?

O que ele faz?

E com essas perguntas que nunca serão respondidas,eu sigo o caminho de casa,perdida e com os pensamentos confusos...

[...]

"Um frio na barriga,um arrepio na espinha e sentimentos nunca sentidos..."

Por um esbarro!Where stories live. Discover now