Capítulo 31

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Só tinha visto um cassino em minha vida. Foi quando eu ajudava um dos meus primos com esses negócios de fichas, eu era boa com números. Agora saber que iriamos em um me deixava um pouco feliz, de algum modo. Sempre gostei de ver as pessoas jogando. A coisa que eu mais gostava nos cassinos eram aquelas máquinas de jogos, eu ganhava quase cem reais de moeda. Digamos que eu tinha um passado meio 'sujo'.

Assim que o elevador desceu corremos para a porta da frente que já estava aberta, acho que deveríamos ser as últimas a entrarem. No total eram 2 ônibus, para todos os alunos. Entrei no ônibus e logo procurei pelo Josh, que estava sentado perto da janela, novamente. Sorri enquanto me aproximava do seu assento, senti algo contra meu ombro e olhei para o lado me deparando com a Ashley, que pediu desculpas e passou direto. Franzi a testa sem me questionar sobre sua atitude e sentei ao lado de Josh.

– A Ashley tem estado muito estranha. O que será que anda acontecendo com ela? – Perguntei direta ao Josh, que virou o rosto e parecia pensar com  minha pergunta.

– Acho que a Tryna fez algo para ela. Porque essas pessoas tem que ser tão complicadas? – Bufou e encostei minha cabeça em seu ombro. – E eu sei que você, a Eve e a Mel estão dando de detetives.

– O quê?! Como você sabe disso? – Agora eu realmente sabia a definição de ficar com o coração na mão. – A Eve te contou?

– Na verdade eu tinha chutado. Que história é essa? – Ele perguntou, confuso. Merda.

Bom... Eu sei que tem alguma coisa errada, a Ashley mudou e a Tryna chegou. Não tem sentido, Sweet Donkey.

– Adoro quando me chama assim. – Falou. – Mas o que você sabe até agora?

– Que a Ashley só sai do quarto para ir as aulas e para a área da piscina, e está tomando remédios mas eu ainda não sei quais. A Tryna tem agido normal, como se nada tivesse acontecido. Ou ela é uma boa atriz, ou é só uma cínica mesmo. – Falei. – Sei que não gosto da Ashley, mas dá para perceber que ela não está bem.

Ele parecia pensar.

– E se alguém mais estiver envolvido? – Ele perguntou, se ajeitando no banco de um modo agitado, como se quisesse falar algo que seria o contexto do século. – Tipo, a Tryna não sabe mexer com remédios, mas cite uma pessoa que sabe! Isso aqui está parecendo um quebra-cabeça.

– Pera... – Me engasguei com q saliva. – Não tem como ser o primo dela. Ele não a suporta!

– Pode ser. Mas quem pagaria a faculdade de medicina para ele? – Ergueu a sobrancelha. – É meio que compreensível. Mas por que a Tryna quer fazer mal à Ashley? Elas mal se conheciam.

– Talvez ela seja uma vadia má! – Falei, carregando todo o meu sotaque. Ele deu uma risadinha e se recompôs. – Olha eu vi que em Pretty Little Liars, todo mundo pensou que a Alison poderia estar morta. Mas ela não está! Então as possibilidades são infinitas...

– Você assiste Pretty Little Liars? – Questionou, mas balançou a cabeça em seguida como forma que iria voltar ao assunto. – Certo, mhm, a gente precisa falar com as meninas.

– "A gente"? – Fiz uma feição irônica o encarando.

– É, a gente. Não vou deixar vocês fazerem isso sozinhas. – Ele soou como óbvio. Levantei as mãos como forma de redenção e meu celular vibrou automaticamente.

– Então, sherlock squad?! – Dei vários pulinhos no banco.

– Nah, a gente não chega nem perto da ampulheta dele. – Fiz uma cara de birra quando ele falou, logo em seguida ele riu e aproximou seu rosto do meu colando nossos lábios. – Mas... A gente forma um bom grupo.

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