Capítulo 15

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Quando o ônibus parou, eu estava escrevendo algumas coisas e ouvindo música. Só percebi que parou quando Matt começou a gritar para pararem de brigar, então foi aí, que tirei o fone para ver o que estava acontecendo. Antes, olhei para fora do ônibus e vi um gramado maravilhoso e parecia recém molhado, então percebi que havia chovido o tempo todo que eu estava à escrever, o céu estava escuro mas tinha algumas nuvens à espreita, eu simplesmente amava a chuva. Aquele lugar dava um ar de cena de filme, todo maravilhado em cores digamos que, meio dark, como a Mel falara. Voltei à olhar para todos no local e o motorista estava quase dormindo, o pessoal estava discutindo e tinha apenas uma brecha de luz naquele lugar.

– Pessoal, parem de brigar. – Eu falei, enquanto deixava a minhas coisas em cima do meu assento. Eve estava encolhida no canto de seu assento, e as meninas estavam gritando muito alto, os meninos apenas reviravam os olhos.

– Eu já falei, eu não quero ela aqui! – Mel gritou enquanto apontava seu indicador, no peito de Tommy, o acusando de algo em questão. – Se não eu acabo com a raça dela! Eu não estou brincando!

– E eu te ajudo! – Sarah falou, mais alto ainda.

– Mas ela é meio que do terreno vizinh-

– E daí? Ninguém é obrigado a ter aquela idiota aqui. – Sarah disse cruzando os braços. Eu estava apenas calada, tentando achar alguma explicação naquilo.

– A avó dele faz algumas reuniões, e bom, eles já são amigos dela à muito tempo. Então, com certeza irão chama-la. – Josh disse calmamente.

– Não sabia que sua avó abrigava monstros. – Mel disse retirando sua mala, e indo para fora do ônibus. Sarah o lançou um olhar mortal e perguntou algo para Eve, que assentiu e em seguida foi em direção ao seu assento.

– Deixa que eu te ajudo Sar-

– Não, obrigada. – Sarah disse arrastando sua mala, dando um sorriso falso e passando por mim também, indo para fora do ônibus.

– Vocês vão me explicar alguma coisa? – Eu perguntei, cruzando os braços agora.

– A Ashley é a dona do outro terreno. – Eve disse com a voz rouca, provavelmente estava gripada.

– Espero que não aconteça uma tragédia. – Carter suspirou, vindo em minha direção me ajudando a carregar as malas. Eu agradeci e o ônibus foi esvaziando conforme íamos saindo. Josh foi por último, porque estava acertando as coisas com o motorista. Eu estava parada encostada em uma árvore pequena, que se encontrava à frente do ônibus, olhei para Josh e apenas fiquei encarando suas costas enquanto ele falava com o homem que nos trouxe até aqui. Josh se assustou quando se virou, e me viu o encarando, eu comecei a rir na hora.

– Você me assustou. – Ele disse pondo a mão no coração. Eu me desencostei da árvore e me aproximei dele.

– Não era minha intenção. – Falei parando de rir, e o olhando diretamente. Ok, isso já estava à ficar estranho.

– É... Vamos entrar? – Ele clareou a garganta, eu engoli em seco e assenti dando um pequeno sorriso. Quando me virei, fiquei maravilhada, a cabana – como dizia Matt – era simplesmente rústica. A frente tinha uma pequena escada, com apoio dos lados, umas flores e um pequeno jardim um pouco longe delas, e dois balanços ao lado do longo percurso da madeira, a porta tinha um sino à frente e acima era quase quatro janelas brancas, mas ainda rústicas. Era incrível.

Quando abrimos a porta, deparamos com uma sala iluminada, tinha uma lareira enorme no centro, quatro sofás fofos com um desenho de urso, e no centro uma mesa enorme com algumas coisas em cima. A sala era linda, eu realmente fiquei maravilhada. Quando demos por perceber, estávamos na cozinha, a avó do Matt nos saudou, e eu poderia dizer que ela era uma pessoa incrível também, super engraçada e gentil. Ela nos contou algumas histórias sobre o Matt, que ficou super envergonhado, e sobre a receita secreta de seu bolo de chocolate. E disse que qualquer hora, poderíamos por em prática. Todas as meninas concordaram e a avó anunciou que o seu marido já estava chegando.

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