Derya chegou à vila onde há algumas semanas esteve com Teo, não havia ninguém na rua, nem mesmo crianças. Parecia deserta.
Caminhou até a casa do rapaz e bateu palmas chamando-o, mas ninguém apareceu.
— Não tem ninguém em casa. Eles não moram mais aí. — falou um garoto de uma janela semi-aberta.
— Sabe onde posso encontrá-los?
— Eles foram viver com os ciganos nas cavernas de Zelve.
Uma mulher apareceu na janela e retirou a criança fechando-a em seguida.
O medo daquelas pessoas causava-lhe curiosidade. O que será que havia acontecido? Perguntou-se. Kean havia lhe falado sobre eles, eram uma tribo que haviam chegado a Capadócia um pouco antes dos atentados começarem.
Voltou ao carro e ligou para Teo.
— Pode falar, Sargento.
— Eles não moram mais na vila, fui informada que estão com uma tribo de ciganos em Zelve, estou indo para lá.
— Não, volte para Derinkuyu. Resolverei isso depois. Preciso de você aqui.
— Sim, senhor. — concordou desligando e voltando as cavernas. Chegou quando as vitimas eram retiradas, alguns desmaiados, outros conscientes. Um cerco havia sido criado para evitar que populares e a impressa avançasse e atrapalhasse o trabalho dele. Aproximou-se de Teo que observava os feridos serem retirados.
— Não vamos ajudar?
— Não podemos, os tuneis estão cheios de fumaça tóxica. Só os bombeiros podem entrar. — lamentou. — Um ataque simples, mas bem planejado, não precisaram de muito e tiveram tempo para fazer o que era preciso.
Observaram sacos pretos sendo retirado das cavernas. Era a confirmação de que haviam vitimas fatais.
Sehir e Yaser vieram falar com eles, estavam visivelmente abalados.
— Senhor, dois dos nossos homens que faziam a segurança da caverna infelizmente faleceram. — informou Sehir. — Ao todo cinco pessoas morreram. Entraram em pânico e acabaram se perdendo do guia. Entraram em tuneis sem saída e se asfixiaram com a fumaça.
— Meu Deus! — exclamou Derya horrorizada. A fumaça preta ainda corria para fora da caverna.
— Um deles era vizinho dos meus pais, nos conhecíamos desde criança e se alistou junto comigo. — disse Kean emocionado. — Perdi mais que um companheiro, perdi um amigo.
Derya pôs-se ao lado do amigo reconfortando-o.
— Senhor, conseguimos retirar o outro grupo que estava preso em uma das saídas. Ninguém se feriu aparentemente, mas pedi que levassem todos ao hospital, podem ter inalado fumaça também.
— Bom trabalho, Tenente.
— Obrigado, Senhor.
— Agora quero que vá ao hospital e faça uma lista das vitimas que estão internadas. Precisaremos informar aos consulados o mais rápido possível para que as famílias fiquem cientes de como os parentes se encontram.
O Tenente assentiu e saiu para cumprir a ordem.
— Yaser, reúna os homens e volte ao quartel.
— Agora mesmo, Senhor.
Teo suspirou olhando o movimento.
— Gostaria de saber o que essas pessoas ganham fazendo isso, estão matando seu próprio povo. — falou Derya ainda horrorizada com as perdas.
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Amor na Capadócia - AMAZON
RomanceAPENAS CAPÍTULOS DE DEGUSTAÇÃO ✤ Sinopse: O Capitão Teo Karadeniz passou todo o ano viajando pelos quarteis da Turquia, almejava encontrar a mulher que havia lhe dado esperanças de uma nova vida. Derya Erdogan era a sua promessa de redenção, com se...