06.

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—Anda logo, me joga nessa cama e me degusta, não me deixa assim, implorando por ti.–Digo excitada demais ao ponto de ter um orgasmo espontâneo.

Já tínhamos saído do elevador e adentrado o quarto, eu só estava de lingerie e ele lá, me beijando e me excitando, qual o problema desse cara, gay ele não é.

—Você gosta muito disso não é ?
—Do meu trabalho digamos que sim, agora disso que estamos prestes a fazer gostaria se você fizesse o trabalho completo.–Digo nervosa enquanto ele morde minha orelha calmamente e passa sua lingua de soslaio só pra me excitar.
—Sei que está implorando por mim entrando e saindo dentro de ti, mas não é o meu foco.–Ele me dá dois selinhos e sai de cima de mim abotoando sua camisa social.
—Mas o que ?–Pergunto indignada.
—Ah Gabriella, você é a dona daquilo tudo, a que é mais cabeça em pé, com certeza se envolveria fácil comigo, e não é o que quero. Pode ter certeza.–Ele calçou seus sapatos e mal me olhava. Me senti usada hipoteticamente falando.
—E o dinheiro ?–Perguntei por perguntar, não queria saber o porquê que ele pagou o dinheiro, eu só queria sair dali.
—Pra acompanhar somente. Não sou homem de pagar pouco pra mulher, os preços que vocês oferecem são tão poucos, mulheres valem mais.–Ele pegou seu celular parou na porta e me olhou.—Estou te esperando na recepção pra te deixar no bordel.
—Ah, tudo bem.–Assenti. Me levantei e comecei a me vestir, e muitas coisas já encacuvam minha mente diversas vezes. Que tipo de cara recusa uma transa, ou ele gosta muito da Marcelle ainda, ou ele tem um pau pequeno, e pra que infernos ele colocou tanta pressão ? Não, para, porque eu estou me importando ?! Eu hein, eu tenho amigas, muito dinheiro, e homens que estão cagando pra romance, é, tenho tudo que quero, não preciso me importar com o Alex.

Peguei minha bolsa e tratei de jogar todos aqueles malditos pensamentos para fora da cabeça. Peguei o elevador e saltei na recepção, quando lá cheguei vejo ele mexendo no seu celular ja a minha espera, chego próximo dele e o mesmo ao notar minha presença guarda o celular e entrelaça nossos braços indo em direção a saída, ele entrega a senha ao mesmo manobrista que sai por uns minutos e volta com seu carro, por todo este tempo permanecemos calados. Ele abre a porta e eu entro, me acomodo e passo o cinto ja nervosa, não quero papo, quero me trancar no meu quarto e dormir, somente.
Quando ele entra no carro e dar partida suspira, parece pensativo, mas não esbanja nenhuma reação há mais.

—Está com fome ? Esqueci de lhe perguntar.–Ele pergunta após parar num semáforo que tem como localização uma avenida cheia de restaurantes chiques.
—Não muito.–Sou seca e não consigo disfarçar.
—Quer comer ?–Ele insiste em uma resposta digamos que mais doce da minha parte.
—Tanto faz.–Insisto.
—Af, olha só Gabriella, tu é uma garota linda, mas acontece que eu nunca transo com garotas a não ser que eu não queira ou sinta algo que me leve a um relacionamento, a última vez que transei com uma garota de bordel me ferrei feio, e não estou apto para outra tentativa que tenho certeza que será frustante, sei que está bolada e também sei que não ira admitir, mas espero que você não se irrite comigo por conta disso, pois eu adoraria em lhe ter como acompanhante para os próximos eventos e afins.–Ele esclarece olhando nos meus olhos e eu tento não focar nos seus olhos que me deixam totalmente desconcertada e que me deixa com a maior vontade de tirar minha roupa aonde quer que estejamos.
—Olha, se você quer me levar pra comer me leva, não tenho culpa do seu passado turbulento e também não estou lhe pedindo em casamento e nem tão pouco implorando uma transa, foda-se se você me quer ou não como acompanhante, mas eu não quero, lá no bordel há outras, você poderá escolher. E então, ou você fica aqui falando e falando dessa noite ou você me leva pra comer, e comemos sem tocar uma palavra com o outro.–Sou direta e tento manter o equilíbrio, mas logo constato que estou fazendo trovejar.
—Okay. Vamos comer então..–Ele dar partida no carro e para em frente à um restaurante.

Entramos no mesmo fizemos o pedido, graças a Atila e o resto dos deuses a comida não demora, como rápido, estamos calados e apesar de aquele silêncio todo me incomodar eu quero beija-lo e quanto mais rápido eu sair dali melhor.
Assim que terminei de comer ele viu que eu não ia esbanjar ou puxar assunto em relação a noite, e então ele pagou a conta e saímos dali. Ele parou em frente ao casarão e quando eu ia sair ele me segurou pelo braço..

—Mais uma vez peço desculpas, não foi intencional, espero lhe ver novamente.–Puxo meu braço bruscamente e saio batendo a porta do carro, meu nervosismo é tanto que nem acerto abrir a infeliz da porta, e quando abro a adentro com tamanha felicidade, fecho a porta e subo pro meu quarto, nenhum sinal das meninas. Tiro minha roupa e salto, me jogo na cama com o ar ligado e uma coberta em cima de mim e meus fones de ouvidos. Como criei esse afeto por ele no primeiro encontro ? Porquê ele deduziu que eu me apegaria a ele ? Isso nunca me aconteceu, por isso será passageiro. Respiro fundo e fecho meus olhos lentamente, eu estava exausta, por isso logo estou adormecida e perdida em meu cérebro hibernado lotado de lembranças daquela noite, e que noite.. poderia rolar um botao de replay Deus ?





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A Bandida.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora