Prefácio

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Por muitos anos desejei do fundo da alma ser um compositor e cantor reconhecido, ainda desejo, mas gosto de negar, pois o caminho não é tão encantador

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Por muitos anos desejei do fundo da alma ser um compositor e cantor reconhecido, ainda desejo, mas gosto de negar, pois o caminho não é tão encantador. Tive variadas bandas e diversos shows, a maioria frustrantes em termos de público e equipamentos, mas houve grandes momentos, em que recebemos algum prestígio e reconhecimento. Vencemos prêmios de concursos regionais e nacionais, além de termos tocado em festivais de renome e em aberturas de grandes bandas. Nossas músicas, algumas, tocam discretas em rádios, supermercados, lojas, shoppings e claro na internet. Nessa minha jornada musical caminho sempre ao lado de meu talentosíssimo irmão Eduardo Sampaio, hoje um produtor musical e empresário no ramo alimentício (Geladinho Gourmet Dilato).

Continuo a escrever e compor, pois é impossível parar, mas algo que não sei explicar completamente me desestimula na carreira musical. Trata-se de uma vida árdua de constante necessidade de reconhecimento e de muitas formas ingrata. Vender-se acaba sendo mais importante do que a arte que se faz, como é em quase todas as carreiras profissionais. Quantos e quantos músicos extraordinários eu presenciei serem colocados de lado, como se não houvesse talento, como se o único valor da música e poesia fosse lucratividade monetária. As pessoas em geral se perdem na visão, no preconceito de imagens, pois tudo tem de casar com a propaganda, com o mercado. Acredito que as pessoas em geral estão vendo mais do que sentindo.

Existem fragilidades e defeitos nesses meus poemas musicais, pois transcorrem um caminho de construção artística, mas eles pedem por serem vistos. Enxergo uma súplica em toda arte, a de ser contemplada, seja ela tachada de boa ou ruim, maravilhosa ou medíocre, a arte sempre quer aparecer. O belo da arte é que graças à imensa diversidade que temos de cultura, de pensamentos, de estilos, de formação, de pessoas, por mais ridícula que seja qualquer uma pode encontrar seu público e seu valor. Não quero com isso menosprezar meus feitos artísticos, apenas deixar claro o objetivo da procura por mais contemplação que esses meus poemas que são músicas e minhas músicas que são poemas estão me suplicando.   

Nesse livro irei expor meus poemas musicais em ordem cronológica, desde os primeiros até os últimos, inclusive aqueles que surgirem no caminho, para evidenciar as transformações que o tempo faz em uma obra artística, algumas boas outras nem tanto. Trata-se de um diário de minha "fracassada" e saudosa carreira musical.   

Boa leitura!

No vídeo abaixo um pouco mais sobre mim e minha arte:

Poemas e CançõesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora