Catastrophe

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- Ele... Ele vinha? Talvez tenha desistido, seus pais não estavam em casa... Devem ter saído para algum lugar, sei lá... - Digo refletindo sobre o acidente.

- Bom... Pode ser, mas... É um pouco estranho você saber de tudo... Estão... Sabe... - ele gesticula um beijo com as mãos.

- Sem chance! Ele é meu "irmão", nos conhecemos desde sempre. Bom, e aí? - falo olhando para dentro um pouco.

- Ah, desculpe! É mesmo, quer uma bebida? Tem uma especial nossa, você tem que tomar! - Ele sorri. Seu sorriso é lindo, daqueles que deixa qualquer um apaixonado em um instante, porém, não aconteceu comigo. Sem soltar minha mão entramos em uma cozinho não muito grande que estava cheia como o resto da casa. Pessoas se beijando, bebendo, fumando e cantando é o cenário da casa, alguns se esbarram em outros, alguns quase se engolem enquanto se beijam, outros parecem estar fazendo uma competição de bebidas. Enquanto olho tudo ao redor, Lissy mantém sua mão presa na minha. Logo recebo um copo vermelho com um líquido quase rosa. - Sério, não tem nenhuma droga, é de cereja. Você vai gostar, todo mundo gosta! - ele está falando alto por causa da música. Não é uma boa ideia se embebedar hoje, Kimberly. Alguma coisa dentro de minha cabeça me avisa, mas decido ignorar. Dou de ombros e bebo tudo rápidamente.

- É bom mesmo! - eu digo impressionada.

- Tem mais, quer? - Ele pergunta.

- Adoraria! - digo e ele pega mais um copo. Dois. Três. Quatro. Depois, pego uma cerveja. Lissy está comigo, não me deixa sozinha. Sua casa é enorme, parece não ter fim. Ele começa a chegar mais perto de mim, estamos dançando, e estamos muito próximos, realmente próximos. Nossas respirações se misturam e sua mão vem parar no meu queixo, levantando-o para beijá-lo. Ele posiciona suas mãos em minha cintura e eu em sua nuca, percorrendo seu cabelo agora. Estávamos nos beijando, não parávamos, eu bêbada, ele um pouco também, não tenho hora para voltar, preciso me distrair. Seria esta a maneira certa para fazer? Não sei, mas magicamente estamos na parede no topo da escada. Ele está na minha frente, eu pressionada contra a parede e nossos corpos se empurrando juntos, sua mão antes em minha cintura pressionada desliza para minha bunda. Andamos um pouco até chegar em uma porta. Seu quarto. Eu não posso.

- Eu... eu não posso, desculpa... - ele olha pra mim confuso.

- Mas que porra que... Hãn? - ele pergunta retoricamente. Balanço a cabeça negativamente, ele joga as mãos para o ar e eu desço as escadas. Sou virgem ainda e não vou perder a minha virgindade em uma festinha como essa, não sou qualquer puta e nem assisti aulas sobre educação sexual para nada. A festa continua e logo vejo Lissy com uma garota loira, que por acaso fazia aula de bateria comigo. Seu nome é Theodora, sim é estranho, porém até onde a conheci ela não era atacada assim, mas uma santa. Decido ir embora, porém não para casa. Nossa Kimberly, dirigindo embriagada? Sim. Depois de algumas voltas vejo uma outra festa, duas, três, quatro... Até que decido entrar, afinal, não ia fazer diferença beber mais.

- Oiii! E aí, gatinha ? - um garoto muito, muito bêbado de cabelos cacheados e pele morena passa e bate na minha bunda. Nossa, todo mundo hoje quer pegar na minha bunda, isso eu notei.

- Ei, desculpa ele é que tá muito bêbado, entra aí e se joga! JOSHUA, VEM AQUI VAGABUNDO! - o garoto diz e sai correndo. Entro e faço o que ele mandou, pego um outro copo vermelho, dessa vez era cerveja, as pessoas quase que imitavam a outra festa, porém algumas corriam para o quarto quase se comendo. Iniciaram um beijo triplo á minha frente e de um passo para trás já que eles se empurravam a ponto de cair, com isso me esbarro e alguém atrás de mim.

- Desculpa! - digo para um garoto que se vira. Ele é bem alto e está agarrado com um garoto um pouco maior que ele, este tinha cachos e olhos verdes diferente do outro com cabelos lisos e olhos azuis.

WoodsWhere stories live. Discover now