Te Amo Meu Alpha - 1° Volume.

cap 43

5:00 da manhã. 

Os olheiros avistaram o comportamento do inimigo nos territórios próximos ao nosso, e os espiões confirmaram a movimentação das tropas de Draus. Acho que ele conta com um ataque surpresa, mas não é isso que vai acontecer. Creio que esperavam que Tristan fosse tentar resolver de uma forma mais amigável, mas é claro que não foi isso que aconteceu. O território dos vampiros fica afastado da alcatéia de Tristan, que felizmente não faz fronteira, contudo, já que eles não tiveram sequer respeito pela fronteira e invadiram o território inúmeras vezes, Tristan fez o mesmo e garantiu que nossos melhores espiões ficassem de olho.

A alcatéia estava uma verdadeira loucura, todos os minutos são valiosos.
Me visto rapidamente com uma calça de couro preta, uma blusa de manga da mesma cor e uma jaqueta por cima; Coloco o suporte da minha katana nas costas, e pego minha arma, a escondendo na minha cintura. Não tive muito tempo para treinar, estava contando com meus poderes e é claro, um milagre.

Quando estou terminando de colocar uma bota cano médio com um salto muito pequeno, Théo entra no quarto as pressas. Ele vestia uma calça preta com suporte onde guardava sua arma, uma bota grossa e uma blusa regata preta, mostrando as tatuagens de beta.Acho que nunca vi meu irmão tão sério. As tatuagens em seus músculos só o deixava mais imponente, de um certo ângulo, assustador.

- como se sente? - ele pergunta vindo até mim, e largando a jaqueta que estava em mãos.

- com medo, muito medo - tento controlar minha ansiedade.

- você é a mulher mais forte que eu conheço, eu acredito em você, nosso pai acredita em você, Tristan acredita em você - ele segura meu rosto com as duas mãos - os vampiros que devem temer você. Confie na sua loba, e nos seus poderes, e você será implacável!

Eu não tinha percebido que meus olhos estavam marejados, até sentir uma lágrima quente escorrer pela minha bochecha.

- eu te amo, irmão - sussurro - se cuide lá fora.

- eu também te amo - ele me abraça forte - mais do que a minha própria vida - ele fala com a voz embargada - tenho tanto medo de perder você, como perdemos a mamãe...

- mamãe está olhando por nós, Théo - seco suas lágrimas - você vai ver... quando tudo isso acabar, vamos tomar chocolate quente com marshmallows - sorrio.

Ficamos alguns segundos abraçados, até que ele me solta.

- estamos te esperando lá embaixo - ele arruma sua jaqueta - não demore.

- ok.

Assim que ele sai, toco no cordão que herdei da minha mãe. O que ela me diria se estivesse aqui?.

- esteja comigo hoje, mãe - peço baixinho.

- sempre!

No fundo da minha alma, escuto quase como um sussurro, uma voz que eu nunca tinha ouvido antes. Era ela, só podia ser ela. Deixo uma lágrima escapar, e suspiro fundo. A hora é agora.
Pego uma capa preta devido a pequena garoa que havia lá fora, e saio do quarto. Não vou mentir, estou com o coração na mão. Desço as escadas apressadamente e encontro Tristan com a mesma roupa de Théo, mas suas tatuagens eram diferentes. Aquelas eram as tatuagens de um alpha.

- eu estou pronta - ele para de mexer na arma dele, e olha para mim.

-  vai dar tudo certo - ele caminha até mim - a guerra está no seu sangue, você é uma escolhida da Lua!

- eu espero que sim...- suspiro - mas não tive tempo de treinar direito!

- apenas use o que você já sabe, e se renda aos seus instintos - ele me olha preocupado - não vou mentir que estou com medo também... mas não posso te deixar presa neste quarto...

- você jamais conseguira me conter aqui por muito tempo - dou risada - sinto essa luta me chamando... é como se minha alma me dissesse que é meu dever!.

Ele segura meu rosto com as duas mãos e toma meus lábios, me dando um beijo intenso, que paramos apenas por falta de ar.

- precisamos ir - sussurro.

- sim, precisamos... - ele olha pela janela.

- e eu preciso vomitar... - Théo fala com nojo e se vira de costas.

Apenas meu irmão sendo meu irmão!

Ele coloca sua capa também, e entrelaça nossas mãos. Antes de sairmos pela porta da frente, ele beija as costas da minha mão.

- fique perto de mim - ele pede.

Apenas balanço a cabeça positivamente e o sigo para fora da casa. Minha maior aflição era sobre essa Katana, que eu nem tive tempo o suficiente para aprender a usá-la.

(...)

Eu, Tris e Théo andávamos a frente do extenso exército que marchava atrás de nós até um campo aberto no meio da floresta, que de longe parecia vazio, mas quando passamos da barreira de invisibilidade que as bruxas fizeram para proteger contra o olhar humano, contemplamos a tropa de vampiros.
Draus já estava lá, parecia que apenas nos esperava. Tristan da o sinal para que o exército pare, e apenas nós três vamos a caminho do líder pálido, que nos olhava com pura curiosidade. Tris segura forte minha mão, e Théo mantinha um olhar matador para cima do homem que caminhava até o meio do campo com tranquilidade. Draus parecia ser um homem de talvez 30 anos, seu corpo era muito estrutural, e seus cabelos negros contrastavam com sua pele pálida e seus olhos vermelhos sangue. Ele é assustador, ainda mais porque não fazia a menor questão de esconder a cor de seus olhos, como muitos vampiros fazem.

Assim que ficamos frente a frente com ele, tiramos o capuz e o confrontamos. O dia refletia o perfeito cenário para essa guerra, estava completamente nublado, mas podíamos sentir algumas gotas de chuva baterem na nossa pele. O céu chorava por cada vida que se perderia nessa batalha.

- saudações, Supremo - ele fala com sarcasmo.

- ainda há chance de recuar, Draus - Tristan fala rígido.

- recuar? - ele ri - não acho que em algum momento pensou em recuar contra mim, tendo em vista  a quantidade de lobos que reuniu contra meu exército.

- não se preocupe, temos bruxas e alguns vampiros também. Digamos que você não têm muitos fãs - Théo rebate.

- não me preocupo com isso, Beta - ele olha para Théo com repulsa - eu também possuo muitos dos seus no meu exército, inclusive, os corpos dos espiões que vocês inocentemente mandaram para me vigiar - ele dá um sorriso vingativo.

- as mortes deles serão vingadas quando eu arrancar a sua cabeça, seu verme asqueroso. Não me admira você tentar roubar os poderes de outros seres, alguém tão vazio e mórbido como você precisa mesmo de algo que o faça se sentir vivo - Tristan fala com nojo, enquanto Draus tentava controlar sua fúria.

Ele rapidamente pega o punhal que estava em sua cintura, e antes que ele possa avançar em qualquer um de nós, eu envolvo a arma com meus poderes de água, e a trago até mim rapidamente. Esse foi com certeza um dos melhore truques que Lucy me ensinou.

- pretendia fazer algo com isso? - pergunto irônica, enquanto ele nos olhava incrédulo.

- vejo que aprendeu a dominar seus poderes, jovem luna - ele fala com desgosto.

- você não faz idéia do quanto - Théo fala sério.

- é uma pena, já que no final de tudo isso, nada vai importar mais. O poder será meu - ele vira de costas e caminha até seu exército, e nós fazemos o mesmo.

Assim que Draus dá o sinal, deu exército avança com velocidade até nós. A guerra começou.