Auto confiança

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Ele estava bem ali... parado me olhando, como se tivesse sido profundamente traído, ele ofegava e seu olhar estava cheio de duvida. Ele começa a caminhar em minha direção, o tempo para e eu só consigo ver aqueles olhos vermelhos fervendo de raiva, como se eu fosse a pior criminosa do mundo. 

-POR QUE NÃO VAMOS PARA UM LUGAR MAIS PRIVADO? - Antony fala exibindo um sorriso malicioso  

-HÃ?- tento decifrar o que ele quis dizer por traz disso, mas estou ocupada demais prestando atenção em Marlon que para de andar quando Antony começa a me levar para os fundos 

Caminhamos na direção oposta de Marlon, entramos em um corredor pouco iluminado e Antony me puxa para um quarto. 

-Ei, espera- tento respirar quando ele começa a me atacar novamente- que lugar é esse? 

-Ah é só lugar que eu aluguei para essa noite caso eu conseguisse levar alguém para cama, você tinha falado que eu não pegava todas, bem... você estava errada- ele fala arrogantemente me jogando contra a cama e trancando a porta. 

-E-espera eu não... 

Ele vem em minha direção e segura meus pulsos enquanto me mantem presa debaixo dele, minha vontade e de sair correndo dali e encontrar Marlon, tentar explicar tudo e ir embora daquele lugar... mas é tarde. 

Antony me beijava furiosamente, como se algo queimasse dentro dele, seus lábios escorregam para meu pescoço, eu estremeço de nojo, mas não consigo me soltar, minha visão está turva e meus membros estão dormentes,minha cabeça gira e sinto me o ser humano mais impotente de todos. 

-O que você colocou naquela bebida? - falo sentindo um enjoo repentino vir a tona 

-Nada mais que Clorofórmio

-O- oque é isso? Por que me sinto tão fria? - digo ofegante e sonolenta  

-Sãos os efeito da droga querida- você vai dormir rapidinho, não se preocupe- ele diz sorrindo- você não vai sentir nada- sinto sua mão em todo meu corpo mas ao mesmo tempo não sinto 

-Marlon- murmuro chorosa 

-"Boa noite Cinderela"

Bruscamente a porta é arrombada fazendo um barulho auto ecoar no quarto. 

-Sai de perto dela seu desgraçado! - alguém grita, ao mesmo tempo Antony é arrancado de cima de mim 

Tento me levantar mas tudo o que consigo fazer e respirar exausta. Alguém me pega rapidamente no colo e quando noto já estamos na rua fria novamente. A pessoa me coloca de pé encostada em uma camionete, quando abro os olhos um alivio me percorre ao me deparar com Marlon. 

-Marlon -suspiro

Ele não fala nada apenas me olha serio. 

-Ela deve estar dopada- ouço a voz de Saymon sair de dentro da camionete- temos que leva-las de volta- percebo que o tempo todo ele estava do meu lado. 

-Camily! - grito alto indo em direção a festa novamente.

-Valentine ela já está dentro do carro- ele diz me segurando firme- não se preocupe, ela está bem, e voce também- ele fala dando um suspiro e me abraçando forte.

Queria que tudo realmente estivesse bem. 

...

No outro dia, acordo como se tivessem amarrado uma bigorna em minha cabeça. Tudo em mim doía e eu só conseguia pensar em Marlon. Será que ele está bravo comigo? Fico lá na cama pensando em tudo isso incapaz de me levantar. Percebo que os lençóis estão sujos de tinta preta, Camily tinha razão, a tinta sai com o tempo.

Valentine apenas uma princesaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora