1. ➹ primeira temp

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Acordo com um sobressalto.

Meus olhos se arregalam e minha respiração está entrecortada. Assustada, me sento e olho ao meu redor.

Tudo está escuro, mas sinto que, seja onde raios eu estou, isso está indo me levando para cima, sem parar em nenhum momento.

Onde eu estou?

Tento saber como fui parar ali ou onde estava, mas percebo que não me lembro de nada. Nem do meu próprio nome.

Isso só me assusta ainda mais. Eu precisava sair dali naquele instante.

Após alguns momentos, meus olhos se acostumam com a escuridão. Olho em minha volta e vejo que estou numa espécie de compartimento. Junto comigo estão coisas que acredito serem suprimentos.

Eu me levanto, tateando o lugar a minha frente, até que sinto uma grade em volta de mim. Desesperada, começo a gritar, torcendo que alguém ouvisse meus berros.

– Socorro! – eu grito, dando socos contra a grade. Sinto minhas mãos machucarem, sangue escorrendo das feridas, mas continuo clamando por ajuda – Socorro!

Não obtenho nenhuma resposta, somente o som dos meus gritos ecoando, como se estivessem zombando de mim.

Eu me encolho em um dos cantos da caixa, segurando meus joelhos contra meu peito, que tremiam. Sinto lágrimas caírem do meu rosto, o medo e o desespero tomando conta de mim.

Por favor, alguém me ajude... – eu sussurro, mesmo sabendo que ninguém vai me ouvir. 

Minutos se passam. Talvez horas. Parece que estou ali há uma eternidade. E o elevador continuava a subir incessantemente.

Quando estou praticamente cansada de esperar, a espécie de elevador para com um rangido e, após alguns segundos, tenho que levar minha mãos aos olhos, protegendo-os, por causa da luz do sol que invade a caixa.

Escuto várias vozes desconhecidas, que parecem ser de garotos, fazendo questionamentos a todo instante. Penso em me esconder em um dos cantos da caixa, mas sei que não adiantaria de nada fazer isso. Eles me encontrariam de qualquer jeito.

– Uma menina?

O barulho continua, até que um garoto, loiro e que parece ser uma espécie de líder, grita:

– Calem-se!

E ele deve ser importante mesmo, porque todos ficam mudos no mesmo instante. Ele pula dentro da caixa e olha para mim de uma forma estranha, como se nunca tivesse visto uma garota em sua vida. Amedrontada, eu recuo para trás, temendo que ele fizesse algo comigo.

– Calma, não precisa ter medo de nada – ele diz, e de algum jeito, sua voz me acalma – Você está bem? – ele pergunta, de forma gentil e cuidadosa.

Saindo do transe, eu respondo:

– Acho que sim... Onde eu estou?

Ele espera alguns segundos, como se estivesse tentando responder essa pergunta à si mesmo, e responde: 

– Bem-vinda à Clareira, trolho. Ou melhor, Trolha.

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Oi, tudo bem? Se você continuou a ler minha incrível história até aq, obrigada 💁
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Obg e até o próximo cap! 💕

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