Eles iam no barco em direção ao castelo. Lúcia sentia a brisa do mar e isso lhe trazia belas lembranças.
- Que saudades que eu tinha. - disse para Edmundo.
- Eu também estava morrendo de saudades de tudo isso. - respondeu ele.
- Até eu senti saudades. - admitiu Eustáquio.
- E eu que nunca estive aqui, morria de vontade de conhecer Nárnia. - disse Jill.
- Todos nós estávamos com saudades. Muitas saudades. - disse Pedro, e olhou para Susana. Ela apenas olhou para o castelo e assumiu um ar melacólico outra vez.
"Daqui a pouco conhecerei a rainha de Caspian. A garota que roubou ele de mim.", pensava ela. Até agora, Caspian não havia contado a eles que Lilliandil havia morrido, ou melhor, voltado a ser estrela. Para entendermos melhor, irei explicar: quando uma estrela "morre" no mundo de Nárnia, o que morre é sua forma humana, aquela que não brilha tanto quanto a forma de estrela, mas a sua forma como estrela não morre, dura para sempre, se descansar de tempos em tempos. Mas essa estrela não pode mais viver entre os da terra.
O barco já estava quase chegando ao porto de Cair Paravel. Caspian não desgrudava os olhos de Susana, que sentia sua pele ficar quente com o olhar dele. "Por que ela está me ignorando? Eu estava quase louco atrás dela, e ela mal olhou na minha cara!", pensava Caspian.
Chegando ao porto, desembarcaram e foram para o castelo. Dois centauros abriram os portões, e eles entraram.- Salve, Majestade! - disse um deles - Visitantes?
- Seus reis e rainhas da Era de Ouro! - respondeu Caspian.
- Grande Rei! - curvaram-se - Majestades!
- Salve, Aslam! - respondeu Pedro.
Eles entraram e na mesma hora se sentiram em casa. Afinal, estavam em casa.
- Eu preciso de um banho. - disse Susana - E roupas.
- O que tenho agora são as roupas da minha falecida esposa. - disse Caspian, assustando a todos - Algo deve servir em vocês.
Todos estavam de olhos arregalados, perplexos.
- Fa-faleci-cida? - perguntou Lúcia, sem saber o que pensar.
- Lilliandil morreu?! - perguntou Edmundo, perplexo.
- Sim. A mais de duas semanas, uma serpente mágica a matou. - disse ele, sentindo tristeza ao lembrar.
- Sentimos muito. - falou Pedro, consternado.
- Eu sinto mais, Grande Rei. - disse Caspian, engolindo a vontade de chorar com aquelas lembranças trágicas.
- Que pena. - sussurrou Eustáquio, com olhos marejados.
- Mas ela está brilhando no céu com sua forma de estrela. Isso significa que eu não a perdi por completo, sempre que sentir falta dela, só preciso olhar para cima. Ela é a estrela mais azul ao leste. - falou Caspian, ignorando o olhar triste de Susana - Fomos muito felizes juntos. Mas agora vamos lá para cima, no andar dos aposentos. Nós, cavalheiros, vamos para meu quarto, lá emprestarei roupas para vocês. As damas vão para o aposento da rainha, onde mandei colocar todos os pertences de Lilliandil, usem o que quiserem.
Todos foram tomar banho e se arrumar para o almoço. As roupas de Caspian cairam como uma luva para os meninos.
- Eustáquio apesar de mais novo, está do nosso tamanho. Cresceu muito rápido. - disse Edmundo, rindo - Também, depois que o convenci a se exercitar e praticar luta.
- Me bater muito também nas lutas. - resmungou Eustáquio, fazendo seus primos rirem.
Eles se vestiram, estavam como verdadeiros reis. Agora limpos, cheirosos e penteados.
- Aqui estão seus pertences, Grande Rei. - disse Caspian, entregando a Pedro o escudo com a figura do Leão Vermelho de Nárnia, e a espada dele, que ele ganhou antes de se tornar o Magnífico.
Entregou também a coroa de Pedro, e pronto, à frente deles surgiu o Grande Rei Pedro de Nárnia, o Magnífico, imponente e temido.
- Aqui a sua coroa, seu escudo e sua espada, rei Edmundo. - e entregou as coisas a Edmundo.
Ele colocou o escudo preso às costas e a espada presa na cintura, e a coroa na cabeça. E surgiu o rei Edmundo de Nárnia, o Justo, valente e sedutor.
- Aqui Eustáquio, isso é pra você. - e entregou a ele uma espada e um punhal, além de um aro de ouro que ele pôs na cabeça.
Eustáquio ficou um verdadeiro príncipe. Estava muito bonito e tinha uma expressão de coragem no rosto. Caspian também pegou as coisas dele, e o que já era bonito, ficou mais ainda.
- Vamos. - disse ele - Esperamos as damas lá embaixo.
- Daqui que as meninas se arrumem... - disse Edmundo - Até que Lúcia é rápida, mas Susana, haja paciência.
- É verdade. - riu Pedro.
- Jill é rápida, vai ser a primeira a terminar. - disse Eustáquio.
Eles foram para a sala dos tronos, onde estavam Caça-Trufas, Trupkin e Drinian à espera deles.
- Majestades! Alteza! - fizeram uma reverência quando eles entraram.
- Nosso Caro Amiguinho! - disse Pedro, indo cumprimentar Trupkin.
- É N.C.A, Pedro. - corrigiu Edmundo, rindo.
- Vossas Majestades ainda lembram disso. - disse o anão, sorrindo.
Enquanto todos se cumprimentavam ainda, apareceram Lúcia e Jill.
- N.C.A! - gritou Lúcia, correndo até o anão e o abraçando.
- Como Vossa Majestade cresceu! - disse ele.
- Estou mais velha. - sorriu ela - Caça-Trufas! - disse, indo cumprimentar o texugo.
- Vossa Majestade está muito bonita. - disse Caça-Trufas.
- Obrigada. Esta é Jill, nova amiga de Nárnia.
- Prazer em conhecê-los. - disse Jill.
- O prazer é nosso. - disse Trupkin, beijando-lhe a mão.
- Onde está, Susana? - perguntou Eustáquio.
- Eu disse que aquela lá demorava. - falou Edmundo.
- Quando saimos ela tinha acabado de tomar banho. - disse Jill, rolaando os olhos.
- Ainda! - admirou-se Pedro - Melhor alguém ir chamá-la.
- Eu vou... - disse Lúcia, que foi interrompida por Caspian.
- Deixe que eu chamo. Eu preciso falar com a irmã de vocês.
- Claro. - concordou Pedro, balançando a cabeça com um sorrisinho.
E Caspian saiu, um tanto quanto nervoso.
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Livro 1 As Crônicas De Nárnia - Aslam Os Uniu
FanfictionPrimeiramente, vou deixar bem claro uma coisa: PLÁGIO É CRIME, CARALHO! Aos ladrões do Wattpad, seres amorais que vivem de copiar os outros, entendam, não é porque é uma fanfic, que você pode plagiar e escapar da Lei! Segue a sinopse: Coisas estranh...